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— Só posso estar ficando louca! — foi para o meio da cama e deitou agarrando um dos travesseiros. — Preciso pensar no que fazer com Vicente aqui! — falou para si mesmo.

Inês tinha muito que pensar e ali ficou com seus pensamentos e lágrimas até que adormeceu. Victoriano ficou o tempo todo ao lado do filho e com Amora nos braços até que ela começou a chupar os dedinhos e resmungar querendo mama, tentou a chupeta para deixar Inês descansar mais um pouco, mas parecia não surtir resultados e ela resmungava ainda mais.

— Ela quer mama pai! — Alejandro estava jogado no outro sofá quase dormindo.

— Eu vou levá-la pra Inês e você vai tomar banho! — falou sério com ele. — E não adianta resmungar nada ou já sabe o que te acontece!

Alejandro levantou suspirando e subiu para seu quarto se arrastando, Victoriano foi até a cozinha antes de subir e a empregada terminava de arrumar a bandeja que ele havia pedido para ela fazer. Eles subiram juntos e ao estarem dentro do quarto, ela deixou a bandeja na pequena mesa e se retirou.

Victoriano sentou na cama e Amora deu um pequeno gritinho e ele a segurou de pé afastada de seu corpo.

— Calma gulosa que já vou chamar sua mãe. — a viu fazer bico e sorriu a trazendo para perto de seu rosto e a cheirou todo carinho, mas ela virou o rostinho achando que era o peito. — Já vi que vai ser igual sua mãe.

Ele olhou para o lado e Inês estava com os olhos abertos os observando juntos.

— Ela quer mama! — tinha levado um pequeno susto por vê-la acordada e ficou todo sério.

— A vaca não funcionou? — sentou na cama bocejando.

Ele riu de leve.

— Ela não gostou da ideia! — piscou ficando de pé e entregando a pequena para ela. — Eu pedi para fazerem o pão de queijo que você gosta! — caminhou até a bandeja e a trouxe deixando ao lado dela.

— Não precisava se incomodar! — ajeitou a filha no peito que estava incomodada por não conseguir mamar direito. — Com calma minha filha!

Victoriano as olhava tão fixamente que seus olhos passearam pelos movimentos dela e os seios fartos era o que mais chamava atenção e ele olhou para o outro lado ficando de pé. Inês o olhou depois de pegar um pãozinho e respirou fundo porque tinha que dar alguma explicação a ele e também pedir para ficar ali até resolver seus problemas com o pai de Amora.

— Victoriano... — ele virou com calma e a olhou nos olhos. — Senta aqui!

Ele voltou até a cama e sentou tentando manter os olhos no rosto dela.

— Se quiser tem mais lá na cozinha, eu pedi pra fazer bastante por que sei o quanto gosta!

— Obrigada por tudo que está fazendo por mim! — sorriu de leve. — Eu sei que preciso te contar algumas coisas para que entenda o que está acontecendo.

— Não me deve satisfação de nada! — negou com a cabeça. — Eu pedi que Clarisse trouxesse roupa pra você e algumas coisas para Amora porque na bolsa que trouxe só tinha uma fralda e ela já usou!

Era impossível não admirar o homem que estava em sua frente, tão diferente do homem que conheceu em sua clínica no primeiro dia, sorriu de leve se recordando os momentos que estiveram juntos e o modo como ele sempre estava cuidando dela mesmo não merecendo por ser teimosa. Os olhos um no outro trazia uma intensidade a mais para o momento, mas nunca admitiriam o real sentimento que começava a aflorar em seus corações, não era momento ainda para eles que tinham um longo caminho pela frente.

Día De Sorte - Ineriano ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora