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— Papai, vamos à praça um pouco?

— Eu ainda tenho muito que fazer meu filho!

— É só um pouco pai! — implorou e ele concordou.

Caminharam até a praça e assim que Alejandro saiu correndo atrás do cachorro, Victoriano encontrou com os olhos a bela Inês contemplando as crianças brincarem enquanto acariciava sua barriga. Ele caminhou como se não a tivesse visto e sentou num banco que estava um pouco afastado do dela, Alejandro não perdeu tempo e assim que a viu foi a seu encontro com o cachorro nos braços.

— Obrigada por salvar meu cachorro! — nem a cumprimentou e já foi logo agradecendo.

— Não precisa me agradecer e eu fico feliz que conseguiu ficar com ele! — sorriu toda linda para ele.

Alejandro sentou ao lado dela por estar cansado de correr e colocou o cachorro entre eles.

— Ele não queria, mas eu o convenci com a promessa de cuidar muito bem dele! — acariciou seu pelo. — A senhora está bem? A sua secretária disse pro meu pai que não iria trabalhar por estar com dor.

O coração dela se encheu mais uma vez de alegria e os olhos se encheram de lágrimas por ver como ele sendo ainda uma criança, estava preocupado com ela. Inês estava naquela cidade sozinha há tantos meses, só contando com o apoio de estranhos que viraram sua família e uma saudade tomou conta de seu coração com ela sentindo falta de sua mãe.

— Não se preocupe que logo eu estarei bem, eu estou no final da gravidez e tenho que ficar quietinha o máximo que puder. — limpou o cantinho do olho.

— Quando ela nascer, a senhora me deixa conhecer? Eu sempre quis uma irmãzinha, mas depois que minha mãe foi para o céu... — deu uma pequena pausa. — O meu pai nunca deixa falar dessas coisas!

Inês se compadeceu e segurou sua mão com carinho.

— Eu tenho certeza que lá do céu a sua mãezinha está cuidando de você e muito orgulhosa do garoto lindo que se tornou. — sorriram juntos. — Quando Amora nascer, eu peço para que te avisem e você vai até a minha casa conhecê-la, fechado? — estendeu a mão para selar o acordo.

Alejandro ficou de pé e segurou a mão dela com um grande sorriso e sem pensar duas vezes a abraçou, Inês sorriu o segurando em seus braços e ao olhar para o lado ali estava ele com o olhar totalmente focado nos dois e ela o soltou o mandando ir brincar com seu cachorrinho. Inês o viu ir e ficou de pé indo até Victoriano, o sorriso já não existia em seu rosto e ela parou frente a ele.

— Boa tarde, senhora! — não saiu de sua posição.

— Boa tarde, senhor! — retribuiu do mesmo modo. — Seu filho está muito feliz por ficar com o cachorro.

— Não me agrada muito, mas ele sabe como me convencer! — respirou fundo cruzando os braços.

— Acredito não ser uma tarefa muito fácil já que se nota o quanto é grosso e antissocial! — riu irônica.

— Que bela avaliação sobre mim! — ficou de pé e se não fosse a barriga tinham ficado colado um no outro. — Pena que eu não me importo! — se afastou para ir atrás do filho.

— Grosso! — esbravejou e caminhou para o lado contrário do dele e foi para casa.

Victoriano chamou o filho e eles foram para o carro, tinha muito que fazer ainda naquele resto de dia e ficar ali por mais tempo o atrasaria.

***

Os dias foram passando, a gravidez avançando e sempre que os dois se encontravam tocavam farpas que muitas vezes o fazia rir e ela bufar de raiva indo embora. Os negócios prosperaram e Caio a ajudava no que podia e assim Inês ainda dava uma de cupido para sua amiga que era completamente apaixonada, mas não tinha coragem de se declarar.

Día De Sorte - Ineriano ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora