47

636 69 159
                                    

— Então dessa vez vai ser uma Acerola? — Dulce falou já gargalhando.

Ela sempre soltava suas perolas quando não deveria e Inês a olhou e sem conseguir conter o riso, gargalhou com ela.

— Você está grávida, mãe?

Inês estava emocionada, era a primeira vez que ele a chamava de mãe e seu coração explodiu de felicidade, desde que o conheceu o cuidava como se de fato tivesse saído de sua barriga e agora colhia os frutos de seu amor por ele. Alejandro era cauteloso e desde a conversa com o pai não criou coragem de dizer o que realmente queria e ali estava ele olhando pra ela que tinha os olhos cheios de lágrimas.

— Você me chamou de mãe?!

— Sim! — sorriu. — Você é minha mãe.

Inês o puxou para seus braços e o encheu de beijos sem se importar com todos os olhares que estavam neles, Alejandro a abraçou forte e olhou para o pai que sorria orgulhoso dele. Tanta coisa havia mudado desde que ela entrara em suas vidas que ele precisava da segurança de que ela não iria embora e agora tinha certeza.

— Você não tem noção do quanto está me fazendo feliz, meu amor. — o olhou e acariciou seu rosto.

— Eu que estou feliz de saber que vou ter um irmão.

Ela se recompôs limpando o rosto e negou com a cabeça a informação.

— Calma! Não é porque estou com vontade de comer uma fruta que estou gravida. — olhou para todos que olhavam para os dois. — Eu só quero comer minha fruta e vocês já estão demorando em trazer pra mim. — olhou para Victoriano.

— Vamos todos ao mercado e assim passeamos um pouco! O dia está lindo para ficar em casa. — Matias sugeriu.

Todos concordaram e saíram de casa, passearam pelo mercado e compraram duas caixinhas de acerola para Inês, chocolate para as crianças e Dulce, Matias e Victoriano resolveram pegar algumas cervejas já que ficariam na praça para Alejandro brincar um pouco. Inês fazia cara feia quando colocava algumas acerolas na boca e Victoriano gargalhava quando via.

— Pare de rir de mim! — o advertiu. — algumas estão azedas, mas eu gosto.

— Eu estou vendo! — ria.

Caminharam até a praça e sentaram, Alejandro encontrou uns amigos da escola e foi brincar de bola enquanto os mais velhos, conversaram e riam de Amora se sujando toda com o chocolate.

— Matou a vontade minha filha? — perguntou quando a viu guardar metade do segundo pode de acerola.

Ela o olhou sorrindo.

— Sim! Estava uma delícia de azeda. — começou a rir e eles a acompanharam. — Minhas lombrigas agradecem. — acariciou a barriga.

Era tão maravilhoso constatar o quanto ela era feliz ali, ver sua neta sendo bem cuidada por um homem de bem e faria qualquer coisa para protegê-la quando chegasse a faltar. Foi inevitável não pensar em sua ex-esposa e no quanto ela perdia por suas escolhas, queria que ela e Inês se acertassem e pudessem dividir esses momentos, mas não seria assim e sua menina já deixara bem claro que não a queria por perto.

— Dulce, vamos ao banheiro comigo?

— Vai com Victoriano e eu fico aqui cuidando dos meus netos. — adorava provocar a amiga.

Matias gargalhou na mesma hora.

— Você abusa garota! — a olhou com uma cara bem feia.

— Eu te amo! — mandou beijo.

— Eu vou com você amor. — ficou de pé e deixou Amora no colo do avô.

Eles saíram juntos de mãos dadas e Dulce olhou para Matias bem seria.

Día De Sorte - Ineriano ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora