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— Eu vou levá-la para o quarto porque esse assunto não vai dar boa coisa! — negou com a cabeça e se apressou em subir.

Dulce subiu e ele riu alto por fim, amava aquele jeito dela e sem pensar muito subiu atrás dela. Ela queria ficar presa ali naquele quarto para não vê-lo mais, mas tinha medo de acordar Amora e saiu de fininho, fechou a porta e quando olhou para frente ali estava ele a esperando.

— Agora não tem para onde fugir!

Dulce cruzou os braços e fez um pequeno biquinho como se não tivesse medo do que viria pela frente, mas a verdade era que estava morrendo de medo de que ele quisesse algo mais e ela não conseguisse por sua recém-experiência frustrada. Ele a olhava como se fosse de fato devorá-la, mas não passava de pura provocação porque nunca faria nada que ela não quisesse, deu uns quantos passos até ela e ela esperou.

— Por que pensa que eu quero fugir? — o olhou bem nos olhos.

Ele riu e levou sua mão até o braço dela.

— Porque sua cara não nega! — brincou. — Sua pele está gelada e se pudesse, teria ficado aí trancada com minha neta! — fez sinal com a cabeça.

— Você é um presunçoso! — tirou sua mão de perto dela e deu os primeiros passos para se afastar dele.

Matias a deixou passar por ele, riu e a puxou pela cintura fazendo com que seus corpos se juntassem, ele cheirou seus cabelos que estavam presos em um rabo de cavalo e seus lábios logo sentiram a pele de seu pescoço. Dulce quase se desmanchou em seus braços e sua mão foi até a dele, tremia e a sensação era tão boa que um suspiro de satisfação saiu de sua boca mais alto do que ela imaginou.

— Agora começou a esquentar!

— Matias...

— Eu não consigo mais resistir a vontade de estar perto de você! — a virou e tocou seu rosto. — Me deixe te beijar mais uma vez?

Dulce engoliu a saliva para molhar a garganta seca e sem tirar os olhos dos dele se aproximou um pouco mais de seu corpo, acariciou seu rosto com uma mão e sorriu. Sorriu porque também queria o mesmo que ele queria entender a atração que os unia e o trouxe para o beijo.

— Me beije!

Matias juntou seus lábios nos dela e a beijou com saudade, virou seu corpo a deixando encostada na parede. Dulce ficou na pontinha dos pés e o abraçou pelo pescoço, com toda certeza era o melhor beijo que já provara e se pudesse ficaria ali para sempre, mas sabia que as coisas eram mais complicadas do que imaginava e seus lábios se soltaram dos dele.

— O que fez comigo em? — desceu os lábios por seu pescoço.

— Eu não fiz nada! — sussurrou sentindo a pele arrepiar. — Mais é tão bom!

Ele a olhou e sorriu beijando novamente seus lábios, ela o correspondeu até que ouviu barulhos e o empurrou para longe o fazendo rir.

— Vamos com calma! — respirou fundo levando a mão aos lábios.

— Então aceita jantar comigo? — sorriu e a segurou pela mão.

— Se prometer se comportar! — deu um meio sorriso.

— Eu prometo! — piscou.

Ela apenas concordou com a cabeça e eles desceram as escadas juntos, foram para o lado de fora da casa e se sentaram num banco para conversar. Eram amigos e naquele momento conseguiram deixar o clima leve. Inês e Victoriano chegaram uma hora depois que eles se sentaram naquele banco e ela subiu direto para ficar com a filha, Dulce e Matias buscaram saber o que aconteceu e ao saberem de tudo, ela subiu para ficar com a amiga.

Día De Sorte - Ineriano ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora