— Será que algum dia vai conseguir me perdoar de verdade? — falou antes que ela fosse de uma vez.
Inês apenas virou o rosto e a olhou, não responderia aquela pergunta, mas não para magoá-la e sim por não saber se conseguiria perdoá-la ou se já o fizera. Ela saiu da casa e encontrou seus dois amores que abriram os braços simultaneamente para segurá-la naquele momento, riram e ela se aproximou os abraçando juntos.
— Filha, se quiser o papai cuida dela. — queria ela tranquila.
— Também podemos deixar duas empregadas com ela, a casa é toda equipada e assim a veremos o menos possível. — não queria ser indelicado. — A sua decisão é a que conta, amor.
Inês não sabia o que queria, precisava pensa, mas não naquele momento, os soltou e deu um pequeno sorriso.
— Vamos para casa que não quero pensar muito nisso agora. — suspirou e beijou os dois.
Eles concordaram e resolveram não dizer mais nada, caminharam juntos até a casa e ao entrarem, encontraram Dulce balançando uma Amora resmungona. Se olharam e Inês foi até ela pegando a filha, sentou e deitou a pequena em seus braços lhe servindo o seio. Tudo estava estranhamente quieto, principalmente a amiga e isso não era um bom sinal já que ela nunca ficava sem dizer nada.
— Não vai dizer nada?
Dulce respirou fundo, não queria ser inconveniente e nem magoá-la por algum que não valia a pena, no seu ponto de vista.
— O que quer que diga?
— Não sei! — deu de ombros. — Mas ficar quieta também não está ajudando.
— Então é melhor eu ir embora, eu estou muito brava para dizer algo agora. — respirou fundo.
Inês de imediato sentiu os olhos arderem com as lágrimas.
— Dulce, você é minha melhor amiga. — a voz saiu embargada.
— E aquela mulher é a sua mãe. — apontou para o nada. — Não da para mim, Inês.
— E o que queria que eu fizesse? — piscou e foi o suficiente para seu rosto molhar.
— Exatamente o que está fazendo, por isso me deixa tão brava, ela deveria cuidar de você, estar ao seu lado, mas ao contrário disso vive apoiando as besteiras daquele cara e eu não consigo ter empatia por ela. — travou o maxilar para não chorar. — E quando as coisas apertam, ela vem como se não tivesse feito nada.
— Acho melhor vocês conversarem em outro momento. — Matias se manifestou.
— Me desculpe, Inês. — se aproximou e beijou seus cabelos.
— Por favor, não vá embora assim. — segurou sua mão. — Vamos conversar.
Dulce deixou as lágrimas molharem seu rosto e sentou para ficar na altura de seus olhos.
— Eu não quero brigar com você por causa daquela senhora.
— Me entenda!
— Eu entendo e por esse motivo preciso acalmar os meus nervos ou irei até onde ela está e a arranco daqui pelos cabelos. — apertou sua mão. — Amanhã conversamos pode ser?
Inês concordou, sabia ser melhor mesmo deixá-la se acalmar. Nunca a viu daquele jeito, sempre a viu sorrindo, brava sim, mas não ao extremo. Dulce se despediu e foi embora ao lado de Matias, Lia mal havia chegado e já causava um mau momento para todos. Victoriano se aproximou de seu amor e a puxou para seus braços, foi cuidadoso para não acordar a filha, beijou seus cabelos e a confortou.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Día De Sorte - Ineriano ♡
RomanceTudo começou no dia em que te conheci e desde então minha vida mudou. Um dia um tanto inusitado, mas o meu dia de sorte!♡ Uma história de Inês e Victoriano pra acalentar seus corações. ♡