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— Repete comigo: Papai! — e movia as mãozinhas até a barriguinha dela e ela gargalhava. — Papai! — ria junto com ela todo bobo.

Era a cena mais maravilhosa para os olhos de Inês e ela sorriu mais apaixonada ainda por ele, para uma mãe ver seu filho ser amado é como adoçar sua própria boca com mel e ele com Amora era tão perfeitamente lindo que ela tinha mais certeza de ter se apaixonado pelo homem certo. Ficou ali por mais alguns segundos os vendo brincar e Alejandro se fez presente, ajoelhou perto deles e beijou Amora, depois o pai que sorriu o enchendo de beijos e enfim buscou por sua mulher que sorria feito boba.

— Nem parece aquele homem bruto que um dia eu conheci! — foi zombeteira.

Ele se levantou de imediato e foi até ela a puxando para seus braços.

— Eu posso te mostrar o bruto lá em cima! — beijou seu pescoço depois de morder sua orelha.

Inês sentiu as pernas bambas e o abraçou mais ainda pelo pescoço, desfrutava de suas carícias e o sentiu apertar sua cintura.

— Golpe baixo! — sussurrou e se afastou um pouco para olhar em seus olhos. — Covardia para quem não pode arrancar a roupa nesse momento!

Victoriano soltou uma gargalhada e a beijou todo apaixonado na boca e ela o correspondeu da mesma maneira, mas logo o soltou por seus filhos estarem ali como espectadores. Ela o soltou sem querer e foi até o sofá pegando Amora nos braços, cheirou, beijou e a pequena de imediato buscou o peito para mamar.

— Só me vê como alimento garota! — riu ficando de pé.

Victoriano sentou-se no sofá ao lado do filho enquanto a viu subir para se limpar e depois dar o seio a pequena, Victoriano olhou para o filho que estava silencioso e o trouxe mais para seus braços, beijou seus cabelos e ele se agarrou mais nele. Depois de Inês o pai era tão presente que ele não queria que ela fosse embora nunca mais de suas vidas, o olhou por um momento e logo voltou a olhar para qualquer canto daquela sala.

— Quer me contar algo? — conhecia muito bem o filho que tinha.

Alejandro suspirou e o abraçou mais, estava com medo do pai brigar por Inês ter se metido em uma briga sua.

— Filho...

— Pai! — o cortou e sentou melhor para olhá-lo e se certificar que Inês não voltava também. — Um garoto me empurrou lá na praça...

— E te machucou? — de imediato buscou por algum machucado em seus braços.

— Não! — puxou os braços. — Inês me defendeu... — abaixou o olhar.

— Filho, me conta direito essa história? — o fez olhá-lo. — O que aconteceu e por que está com medo de me contar?

— Porque não quero que brigue comigo. — suspirou.

— Eu não vou brigar! — garantiu, por mais que a relação entre eles fosse melhor, ainda assim tinham algumas limitações nas conversas. — Confia em mim! — segurou sua mão.

— O garoto me empurrou e eu cai, eu levantei para dar uma surra nele, mas a Inês chegou e me defendeu... — os olhos estavam firmes nos do pai. — Ela quase brigou por minha causa e a mulher era grandona pai.

O maior medo dele era que o pai brigasse com ele por envolver Inês em uma briga sua, brigar por ele não ter se defendido sozinho como deveria ser. Ficaram se olhando por longos segundos e isso o deixou ainda mais preocupado com sua reação, levantou sem conseguir se manter sentado e andou pela sala.

— Pai, eu não tive como evitar que ela me defendesse... — justificou com medo. — Ela me defendeu mesmo sabendo que poderia acontecer algo com ela! — seguia falando por não obter resposta dele. — Fala alguma coisa! — quase gritou.

Día De Sorte - Ineriano ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora