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— Dizia me amar e em poucos meses se entregou a outro, mas não pense que irei permitir que outro crie minha filha!

— Filha que você negou quando descobriu que estava em meu ventre! — perdeu a compostura e o empurrou. — Ela é minha filha e Victoriano será melhor pai que você! — despejou em sua cara gritando.

Vicente a pegou pelo braço e a encarou com raiva de suas palavras, mas ao mesmo tempo sentia saudades e sem pensar muito grudou seus lábios nos dela... Inês no mesmo momento o empurrou para longe e limpou os lábios o encarando com fúria, queria esbofeteá-lo, mas se controlou por um momento.

— Nunca mais ouse me beijar! — gritou cuspindo para o lado.

Vicente se sentiu ofendido por vê-la cuspir e se aproximou novamente, não iria permitir que ela fizesse aquilo em sua frente quando no passado o que mais gostava era de seus beijos, mas ela o afastou com uma bofetada que a muito queria dar-lhe por ser um covarde e ele segurou o rosto a encarando.

— Não me faça te mostrar o meu pior lado! — apontou o dedo para ele com o rosto vermelho. — Eu não te quero e esse seu papinho de que agora quer ser pai ainda não me convenceu e por isso não ouse se aproximar dela ou sua próxima conversa será com meu noivo! — foi firme.

— Eu sou o pai dela e você não pode me proibir de se aproximar ou acaso quer que eu entre na justiça e mostre ao juiz o fim de mundo em que vive?! — ameaçou.

Inês sentiu a veia de seu pescoço pulsar e ela avançou sobre ele novamente o enchendo de tapa enquanto gritava o pouco homem que era e ele apenas se defendeu.

— Maldito! Covarde! Você não vai conseguir nada com suas ameaças e juiz nenhum no mundo vai acreditar num homem como você que me abandonou grávida! — gritava enquanto descontava toda sua fúria sobre ele. — Eu te ódio! — se afastou cansada e as lágrimas rolaram por suas bochechas.

— Faça o que quiser comigo, mas homem nenhum vai criar a minha filha!

— Pois entre na justiça e mostre o quanto quer ser pai porque eu farei o mesmo pra impedir que veja a minha filha! — respirava afoita. — Você pode até conseguir algumas horinhas com ela, mas farei da sua vida um inferno!

— Suas palavras não me assuntam e eu não irei descansar enquanto não as tiver comigo!

Inês riu limpando o rosto.

— Você me perdeu quando me abandou e jamais voltarei a estar com um homem como você que nada me acrescenta na vida a não ser decepção!

— Eu vou provar a você que estou arrependido...

— De nada me serve o seu arrependimento! — o cortou. — Volte pela mesma estrada que veio e me deixe em paz porque minha filha não precisa de um pai covarde que somente vai magoá-la a qualquer momento! — dito essas palavras, ela começou a empurrar o carrinho de Amora que dormia tranquila e alheia a briga dos dois.

— Eu não irei desistir Inês!

Inês o ignorou solenemente porque se ele de fato estivesse arrependido e quisesse estar com a filha, ele teria focado somente em Amora dentro do carrinho e não em beijá-la como se fossem um casal que não se viam a tempos e que o amor ainda existia. Bufou com toda força e só parou quando adentrou sua clinica, Dulce ficou de pé ao vê-la tão nervosa e se aproximou querendo entender sua fúria.

— Por que está assim tão nervosa?

Inês foi direto ao bebedouro e encheu um copo d'água e o tomou todinho sob os olhares de Dulce que queria entender o jeito dela.

— Inês...

— Aquele idiota teve a coragem de me beijar! — limpou mais uma vez a boca.

— O que? — berrou.

Día De Sorte - Ineriano ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora