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— Não vou permitir que ela me ofenda e muito menos você! — rosnou.

— E eu não vou permitir que chegue se quer perto da nossa filha outra vez e por isso te levarei de volta pra casa! — abriu caminho para ela entrar no carro. — Te levarei de volta pra nossa casa e entrarei com o pedido de divorcio!

Lia parou em sua frente com os olhos arregalados.

— O que?

Não era possível que estivesse ouvindo isso dele, negou com a cabeça passando a mão no cabelo e ele seguia serio a olhando nos olhos.

— Repete porque eu não entendi! — foi rude.

—É isso mesmo que ouviu, lia! — retrucou. — Eu não posso mais viver com uma mulher que prioriza outro homem ao invés de sua família! — ela ia falar e ele não permitiu. — Você me ligou dizendo que estava vindo até aqui sozinha, eu sabia que não poderia vir boa coisa, mas mesmo assim cheguei aqui com você e você conseguiu decepcionar ainda mais nossa filha e eu não quero mais estar ao seu lado! — virou dando as costas para ela e entrou no carro que tinha pegado emprestado com Dulce.

Lia respirou profundamente para não chorar e foi para o carro, entrou e ele deu partida saindo dali. Quando chegaram a cidade, ele a deixou na porta do hotel e saiu para entregar o carro, ao chegar desceu e entrou na clinica.

— Que rápido trouxe de volta! — sorriu largando o que fazia.

Ele suspirou deixando a chave no balcão.

— Se fosse por mim não teria ido! — passou a mão no cabelo o bagunçando. — Agora minha filha está me odiando.

Dulce rapidamente saiu de trás do balcão e parou frente a ele.

— O que aconteceu?

— Eu não consigo mais reconhecer a mulher com quem me casei! — caminhou e sentou no banco e ela foi junto sentando a seu lado. — Lia chegou ao estremo de bater em Inês...

— Aquela velha desgraçada! — ficou de pé no mesmo momento, mas logo se arrependeu do que disse. — Perdão!

Ele teve que rir do jeito dela.

— Não se preocupe que no momento estou pensando o mesmo que você! — a seguiu com o olhar e ela sentou a seu lado novamente.

— Minha amiga deve estar arrasada!

— Está! Mais afortunadamente ela tem Victoriano ao lado dela.

— Então ela está em boas mãos! — sorriu e segurou uma de suas mãos. — Quem não está bem é você!

— Não estou, mas irei ficar! — levou sua outra mão a deixando sobre a dela. — Cuide de Inês enquanto não volto e, por favor, diga a ela que eu a amo muito! — beijou a mão dela e logo ficou de pé para ir.

Dulce o viu caminhar, ficou de pé o chamando e ele virou novamente para ela, ela foi até ele e o abraçou forte por sentir que era isso o que ele precisava naquele momento.

— Vai ficar tudo bem! — acarinhou suas costas em conforto.

Foi impossível não sentir o cheiro dela e ele a apertou por um momento se sentindo reconfortado e logo a soltou.

— Obrigada! — acariciou o rosto dela com ternura e se foi.

Dulce suspirou e voltou a seu trabalho, não ligaria para Inês naquele momento por saber que ela não atenderia.

***

DEPOIS...

Victoriano entrou no quarto e com calma se aproximou da cama para saber como seu amor estava, Inês o olhou e deu um meio sorriso toda arrependida pelo modo como havia reagido a mãe.

Día De Sorte - Ineriano ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora