— Com você eu posso ser verdadeiro e essa história com Vicente não me cheira nada bem! — negou com a cabeça.
— O que está pensando? — sentiu algo tão ruim ao ouvi-lo e seus pensamentos afloraram.
— Acho que possa estar acontecendo algo entre eles!
Inês negou-se a acreditar naquelas palavras e de imediato ficou de pé negando com a cabeça, sua mãe não poderia ser esse lixo todo que se pintava desde que a reencontrou. Era doloroso de mais imaginar que a mãe estivesse tendo algo com o pai de sua filha e isso lhe doeu mais do que ela pode explicar em palavras ou gestos, sua vontade foi sair correndo sem olhar para trás.
Matias respirou profundamente e ficou de pé, não queria a filha sofrendo, mas somente isso justificava ela estar ao lado dele tão cegamente e contra eles que eram a sua família. Ele a abraçou de lado sabendo que não era necessário dizer nada e ela se deixou chorar deitando a cabeça em seu peito.
— Me desculpe, filha! — beijou seus cabelos. — Eu não deveria ter disso isso!
— Só disse a verdade, pai! — se afastou limpando o rosto. — Eu vou levar Amora para dentro!
— Filha, não foge! — segurou seu braço. — Me deixe estar ao seu lado?!
— Papai o senhor pode ficar a vontade aqui, mas me dê apenas alguns minutos para digerir suas palavras!
Ele concordou e se arrependeu de ter contado suas suspeitas, mas ela precisava saber e estar preparada se caso fosse mesmo verdade. Mas como estar preparada para algo tão sujo como aquilo? Não teria perdão se eles estivessem se deitando em suas costas, era uma traição dolorosa até de se imaginar e ela subiu com Amora para o quarto e ali se fechou em seus pensamentos.
Doeu mais do que ela poderia imaginar e ela caminhou até a cama deixando a filha no meio dela, sentou e a admirou, não se arrependia de tê-la, mas se arrependia da escolha de seu pai. Séria possível que Vicente poderia magoá-la mais ainda? E sua mãe seria o monstro que se pintava? Tanta coisa Inês imaginou e o choro veio forte com ela deitando na cama, não conseguia se mexer e muito menos fazer companhia ao pai.
Matias caminhou por aquelas terras e admirou o quanto ali era bonito, Victoriano administrava muito bem todo aquele lugar e isso o fez ter a certeza de que era por ali que queria viver ao lado de sua filha. Victoriano saiu do estábulo ao lado de Diana e seus olhos procuraram por Inês assim que o viu sozinho por ali, se despediu de Diana e caminhou até ele.
— Algum problema? — quando se tratava de Inês estava sempre em alerta.
Ele respirou fundo olhando para o lado por um momento e depois o olhou.
— Eu só contei algo a ela que desconfio e ela ficou triste. — passou a mão no rosto. — Ela foi para o quarto e eu não quero ser inconveniente, então a deixei pensar um pouco. — deu um sorriso sem graça.
— É grave assim?
— Bastante. Mas não quero repetir!
— Não precisa dizer que se não quiser! — foi compreensivo. — Vamos para casa e o senhor a espera lá dentro.
Matias concordou e eles foram para a casa no mesmo momento em que Alejandro chegava todo feliz, pulou do carro e correu até o pai pedindo colo que Victoriano deu com gosto. Alejandro estava tão feliz de ter o pai assim ao seu lado que o agarrou forte o enchendo de beijos por todos os lados.
— Eu estou tão feliz papai! — o olhou e foi colocado no chão.
— E eu posso saber o motivo de tanta felicidade? — sorriu.
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Día De Sorte - Ineriano ♡
RomanceTudo começou no dia em que te conheci e desde então minha vida mudou. Um dia um tanto inusitado, mas o meu dia de sorte!♡ Uma história de Inês e Victoriano pra acalentar seus corações. ♡