Día De Sorte - Ineriano ♡

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— Então pode reservar meu lugar pras próximas semanas! — segurava a mão dela, enquanto olhava em seus olhos.

— Combinado! — piscou os dois olhos e para ele foi a visão mais linda.

Inês que entrou em seu consultório após abaixar o som voltava naquele momento e seus olhos foram diretamente ao pai que mirava Dulce de um modo que ela sentiu seu estômago gelar. Era algo que ela não sabia como explicar, mas estava ali no olhar de seu pai e ela se aproximou. Dulce olhou para Inês sorrindo e a abraçou gostosamente como sempre fazia ao tê-la por perto.

— Semana que vem temos que escolher a melhor música para fazer um dueto! — brincou e a soltou.

— E por quê? — passava o olhar de um para o outro.

— Ora! Seu pai vem nos ajudar na faxina enquanto assiste ao show! — ria largamente.

— Esse não foi o combinado! — negou com a cabeça rindo.

— Achou mesmo que só estaria aqui para olhar? — negou com a cabeça. — Nem pensar!

Ele gargalhou com a cara que ela fazia e negou com a cabeça tentando se controlar, Inês os observava, mas também ria do jeitinho dela.

— Papai, aqui está a chave da minha casa! — estendeu-lhe que as pegou. — Acredito que vai precisar ir ao supermercado e comprar algumas coisas!

— Isso quer dizer que eu não preciso mais odiar seu pai? — olhou para a amiga lhe recordando o dia em que ela estava brigada com o pai.

Inês gargalhou ao recordar o quanto estava brava com o pai e o jeito como falou com ela.

— Não precisa! — arrumou os cabelos para trás. — Se bem que nunca o odiou de verdade! — deu de ombros.

— Não sabem como meu coração está aliviado em não ser odiado por vocês duas! — zombou levando a mão ao peito e elas riram. — A conversa está boa, mas preciso ir e deixar que terminem com o show! — piscou de leve.

Elas riram e depois de uma breve despedida, Inês começou a ajudar Dulce para poderem abrir logo a clínica. Depois de tudo limpo Inês já atendia seu primeiro "paciente", Dulce entrou em sua sala e os olhos se encontraram por um momento.

— Veio me contar como foi o jantar?

Dulce aproveitou estar somente as duas ali e se sentou em uma das cadeiras para contar, respirou fundo antes de começar a falar.

— Foi horrível!

No mesmo instante Inês parou o que fazia para olhá-la.

— Como assim?

Dulce buscou ar e novamente ficou de pé indo até à porta, olhou se não tinha ninguém e naquela mesma posição falou.

— Doeu tanto no começo que...

— Você transou mesmo com ele? — abriu e fechou a boca, após interrompê-la.

Dulce se virou para ela, mexeu nos cabelos nervosamente os bagunçando. Queria contar desde que a viu, mas tinham algumas coisas que resolver e logo chegou um animalzinho para ela cuidar.

— Era isso que eu tinha que fazer ou não? — olhou para o chão envergonhada.

Inês de imediato parou o que fazia e fechou o cachorrinho em sua casinha, tirou as luvas e foi até sua amiga a fazendo olhá-la nos olhos.

— Me conte isso direito?!

Dulce respirou fundo, por mais que contasse tudo para ela, naquele momento estava com vergonha e se sentia uma verdadeira bobona.