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— Obrigada! — num impulso o abraçou forte pelo pescoço.

Victoriano demorou alguns segundos para retribuir, mas o fez com gosto a acariciando nas costas e pode sentir o perfume maravilhoso de seus cabelos. Inês tinha os olhos fechados com um pequeno sorriso e também pode sentir o leve perfume que certamente ele havia passado de manhã ao sair para o trabalho e assim se perderam por um longo tempo naquele abraço até que ouviram.

— O que significa isso Inês?

Eles se soltaram de imediato com Inês ficando de pé por reconhecer aquela voz, era sua mãe, não, não podia ser verdade que ela estava ali que a tinha encontrado e mais atrás viu quem nunca deveria encontrá-la, olhou novamente para sua mãe sentindo decepção por ela não ter respeitado sua decisão e pior ainda por chegar junto com ele. Victoriano nada entendeu, mas pela cara que Inês tinha, ele deduziu que não deveria sair de seu lado e nem pretendia somente em perceber o modo como ela movia as mãos nervosamente com aquelas pessoas.

— O que estão fazendo aqui? — trincou os dentes. — Como me encontraram?

Era uma pergunta meio óbvia, mas o que ela não podia acreditar era que seus pais estivessem ali com aquele mau caráter de Vicente.

— Sabe perfeitamente o que estamos fazendo aqui, filha! — Lia olhou para o carrinho e Inês se colocou na frente num instinto de proteger. — Me deixe ver a minha neta!

— Eu disse que não os queria aqui e muito menos com esse homem! — apenas o apontou com a cabeça por sentir o corpo todo tremer de raiva.

Vicente então deu uns quantos passos e parou em sua frente a olhando por inteira, sorriu por um momento e olhou para Victoriano que ainda estava sentado, mas ao ser medido daquele modo ficou de pé ao lado dela. Quem ele pensava que era para olhá-lo daquela forma? Via-se, ou melhor, se sentia o cheiro de cafajeste de longe e esse tipo de homem Victoriano conhecia muito bem.

— Inês, querida precisamos conversar! — voltou seus olhos a ela. — Sozinhos!

— Não tenho nada pra falar com você e não me chame de querida! — se alterou um pouco mais por ele chamá-la daquele modo.

— Essa menina é minha filha e por esse motivo temos sim muito que falar!

Inês sentiu seu sangue ferver e no mesmo momento o empurrou para longe dela e um tapa foi certeiro em sua face, não o queria perto de sua filha e faria tudo que estivesse em suas mãos para que ele ficasse o mais longe possível. Victoriano a segurou pela cintura porque sabia que ela não podia passar nervoso daquele jeito, fazia apenas um mês que ela tinha dado a luz e não deixaria que nada lhe acontecesse por conta daquelas pessoas.

— Sua filha morreu no momento em que me abandonou! — gritou. — Você não é nada dela!

— Você sabe que sim! — falava com calma. — Vamos conversar longe de estranhos! — era uma clara indireta para que Victoriano se retirasse.

O peito de Inês subia e descia com as palavras dele e gritando falou.

— Não é! Ele é o pai da minha filha! — apontou para Victoriano e ele arregalou os olhos.

— Inês... — tentou falar.

— Só vamos embora daqui, por favor! — o cortou implorando.

Victoriano que até então a segurava em seus braços a soltou confirmando com a cabeça que sairiam sim dali se era isso que ela queria, olhou aquelas pessoas por alguns segundos e logo prestou atenção no que ela fazia. Inês virou, soltou a filha do carrinho e a pegou nos braços a tapando com a manta e Victoriano chamou o filho que veio de imediato.

Día De Sorte - Ineriano ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora