Capítulo 46

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   Justine estava tendo mais um daqueles dias cansativos que os professores insistiam em chamar de: semana avaliativa. Ela mal tinha conseguido estudar direito, porque muita coisa preocupava a sua mente naqueles dias, primeiro Richard fica cego, depois Elisabeth se enterrou no trabalho, e por último a pior notícias de todas: Nicolette era a mais nova aluna da instituição. Pelo o que ouviu, a francesa foi influenciada pela euforia de Gabrilly em estar estudando ali, e descidiu tentar. "Tentar", essa foi a palavra que Justine escutou sair dos lábios dela, e se não estivesse fichada naquele colégio teria   saltado sob o pescoço magrelo da menina com toda a sua indignação.
  
-Quem é aquele ali? -indaga Nicolette, com aquele sotaque que tanto irritava Justine.

      A morena finalmente ergueu a cabeça dos livros, procurando na mesma direção que o resto dos seus amigos.

-Leopoldo Barion. -responde Peter.

-Provavelmente vocês poderiam ser almas gêmeas. -ironiza Tine, que recebeu um olhar de repreensão vindo de Gabrielly.

-Ele é legal? -Indaga Nick.

-O pior sujeito de todos. -responde Lari.

-A pura definição de péssima pessoa. -sussurra Justine.

       Leopoldo passou ao lado deles e sorriu com presunção ao escutar o último comentário, porque obviamente sabia à quem se referiam.

-Não desconte suas frustações em mim, Becker. -provocou.

-Frustação? -riu. -Ver a sua cara de bunda logo de manhã é muito mais do que uma frustação.

-É isso, ou o seu ego sendo esmagado depois da nossa última vitória?

-Vocês estavam em maior número, e isso obviamente é uma vantagem num jogo de vôlei em que deveria existir 6 jogadores em cada lado. É matemática.

-Continua sendo uma vitória. -deu de ombros

-Estamos empatados.

-Por enquanto.

-Por que não fecha essa boca e senta logo no seu lugar? -revirou os olhos.

-Senhorita Becker!

     Justine levou um susto quando viu a figura esguia da professora parada à sua direita.

-Vocês dois já não encontraram problemas demais? -cruzou os braços.-Você deveria estar sentado, jovem Barion. E você, senhorita Becker, deveria tratar as pessoas com mais respeito, ainda mais um colega de classe.

-Respeito? Ah, por favor! Ele sabe que seria pura falsidade!

       A mulher estava prestes a falar, mas foi interrompida por batidas secas na porta. Justine franziu a testa ao encarar o homem fardado parado na porta.

-Senhora...? -ele chamou.

-Senhora Vanis. -responde séria.-Posso ajuda-lo, cavalheiro...?

-General Austen. -se apresenta.

      A postura da mulher mudou totalmente.

-Ah, sim! Claro! O senhor deve ser o pai da senhorita Austen, não é?

-Inteligente ela. -debocha Justine.

    Gabrielly riu.

-Sim. E tenho autorização para retira-la e...

-Ah! Claro! Nicolette minha querida, poder ir! -sorriu amável.

-Alguém trocou aquela mulher e eu não vi? -sussurra Larissa.

Agent Becker 2Onde histórias criam vida. Descubra agora