Justine estava tendo mais um daqueles dias cansativos que os professores insistiam em chamar de: semana avaliativa. Ela mal tinha conseguido estudar direito, porque muita coisa preocupava a sua mente naqueles dias, primeiro Richard fica cego, depois Elisabeth se enterrou no trabalho, e por último a pior notícias de todas: Nicolette era a mais nova aluna da instituição. Pelo o que ouviu, a francesa foi influenciada pela euforia de Gabrilly em estar estudando ali, e descidiu tentar. "Tentar", essa foi a palavra que Justine escutou sair dos lábios dela, e se não estivesse fichada naquele colégio teria saltado sob o pescoço magrelo da menina com toda a sua indignação.
-Quem é aquele ali? -indaga Nicolette, com aquele sotaque que tanto irritava Justine.A morena finalmente ergueu a cabeça dos livros, procurando na mesma direção que o resto dos seus amigos.
-Leopoldo Barion. -responde Peter.
-Provavelmente vocês poderiam ser almas gêmeas. -ironiza Tine, que recebeu um olhar de repreensão vindo de Gabrielly.
-Ele é legal? -Indaga Nick.
-O pior sujeito de todos. -responde Lari.
-A pura definição de péssima pessoa. -sussurra Justine.
Leopoldo passou ao lado deles e sorriu com presunção ao escutar o último comentário, porque obviamente sabia à quem se referiam.
-Não desconte suas frustações em mim, Becker. -provocou.
-Frustação? -riu. -Ver a sua cara de bunda logo de manhã é muito mais do que uma frustação.
-É isso, ou o seu ego sendo esmagado depois da nossa última vitória?
-Vocês estavam em maior número, e isso obviamente é uma vantagem num jogo de vôlei em que deveria existir 6 jogadores em cada lado. É matemática.
-Continua sendo uma vitória. -deu de ombros
-Estamos empatados.
-Por enquanto.
-Por que não fecha essa boca e senta logo no seu lugar? -revirou os olhos.
-Senhorita Becker!
Justine levou um susto quando viu a figura esguia da professora parada à sua direita.
-Vocês dois já não encontraram problemas demais? -cruzou os braços.-Você deveria estar sentado, jovem Barion. E você, senhorita Becker, deveria tratar as pessoas com mais respeito, ainda mais um colega de classe.
-Respeito? Ah, por favor! Ele sabe que seria pura falsidade!
A mulher estava prestes a falar, mas foi interrompida por batidas secas na porta. Justine franziu a testa ao encarar o homem fardado parado na porta.
-Senhora...? -ele chamou.
-Senhora Vanis. -responde séria.-Posso ajuda-lo, cavalheiro...?
-General Austen. -se apresenta.
A postura da mulher mudou totalmente.
-Ah, sim! Claro! O senhor deve ser o pai da senhorita Austen, não é?
-Inteligente ela. -debocha Justine.
Gabrielly riu.
-Sim. E tenho autorização para retira-la e...
-Ah! Claro! Nicolette minha querida, poder ir! -sorriu amável.
-Alguém trocou aquela mulher e eu não vi? -sussurra Larissa.
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Agent Becker 2
RandomElisabeth, uma moça independente numa época totalmente machista...bom, essa parte todo mundo conhece, não é? Depois de pedir demissão do emprego que passou tanto tempo tentando preservar, Elisabeth se vê livre para traçar novos rumos à sua vida...