Elisabeth suspirou profundamente enquanto se olhava no espelho do banheiro no restaurante que estavam, gotas de água escorriam pelo seu rosto, e a sensação do liquido gelado contra a pele tinha conseguido trazer, mesmo que por alguns segundo, uma sensação de alívio. Ela estava tensa, Campbell e Frank tinham saido à algumas horas para conseguir o máximo de informações possiveis com a vizinhança, e sabia que quando eles voltassem uma decisão precisaria ser tomada.
Michael tinha saido a pouco mais de uma hora, e nesse instante provavelmente já deveria estar prestes a saltar do prédio para as águas escuras da baia, e desde então Becker estava definitivamente no comando. Não gostava da idéia, mas aceitava porque sabia que era necessário. Na falta de Michael, ninguém do distrito se achou capaz para comandar, e deixar que Benn liderasse as duas equipes era uma burrice que poderia trazer consequências.
Secou o rosto na barra da camisa preta, tomou mais um longo fôlego e finalmente se decidiu desempenhar o papel que tinha sido temporariamente eleita. Preferia não estar nessa situação, mas também não ficaria chorando e se achando incapaz de guiar aquela equipe. Entrou no modo sério de agente, e saiu do banheiro com a cabeça erguida, se surpreendendo com a presença dos dois membros da equipe que faltavam.-Estavamos esperando você. -diz Campbell.
Ela movimentou a cabeça, como se estivesse agradecendo e fez a pergunta que interessava:
-O que conseguiram?
-As coisas pioraram por aqui. -inicia Frank.
-As gangues foram tomadas, parece que houve uma briga entra elas e os prisioneiros, e agora quem lidera é um homem ainda mais maluco do que o antigo. -diz Campbell.
-Encontramos uma familia, e parece que o visinho delas era policial e foi tirado de casa à força. Ele era pai solteiro, e as filhas estão sob o cuidado dos visinhos. -fala Franklin.
-A comida está escassa. Os ladrões se acham simplesmente no direito de entrar na casa das pessoas e pegar o que eles quiserem. -continua o outro.
-E um morador de rua disse que ouviu alguns membros da gangue dizer que vão executar o restante dos policiais da cidade na praça em frente a delegacias no final da tarde.
-Nós fomos até lá dar um olhada. A delegacia está aberta pra qualquer um entrar, e presenciar a cena dos policiais sendo humilhados. -diz Campbell.
-Reconheceram o novo lider do album de prisioneiros?-indaga Benn.
-Eram muitos...praticamente impossível saber exatamente quem é ele. -lamenta Frank.
-Precisamos para-los...-diz Moore.
-Algum plano capitão? -indaga Rick.
-Podemos planejar um ataque, se a delegacia está mesmo aberta pra todos, não vai ser tão dificil. -diz Benn.
-Acha uma boa idéia entrar num lugar cheio de criminosos, atacar a "casa" deles e resgatar os policiais? -branda Allan. -Não pensaram que isso pode dar errado? Não podemos simplesmente fugir! E estamos numa cidade isolada! Quanto tempo você acha que eles vão demorar pra encontrar todos nós?
-Estamos em menor número...-concorda Campbell.
-Então o plano é deixar eles lá? -reclama Moore.
-Um resgate, ou qualquer outra coisa seria perigoso demais. -diz Allan.
-Não vai dizer nada, Becker? -indaga Benn.
As duas equipes pararam a conversa para prestar atenção na mulher, que até agora somente acompanhava a discussão com olhos atentos. Ela bufou audivelmente, encarou Allan, como se com aquele olhar os dois pudessem se comunicar.
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Agent Becker 2
RandomElisabeth, uma moça independente numa época totalmente machista...bom, essa parte todo mundo conhece, não é? Depois de pedir demissão do emprego que passou tanto tempo tentando preservar, Elisabeth se vê livre para traçar novos rumos à sua vida...