Elisabeth subiu pelas escadas de saida de incêndio ao lado de uns dos prédios mais próximos da praça, e quebrou a janela de vidro a sua direita, para o caso de precisar usa-la como uma via de escape das balas. Ainda sob o ferro enferrujado, retirou umas das armas que a equipe do Distrito tinha escondido por ali e usou o binóculos para enxergar o que acontecia. Como tinha pensado: dois grupos lutando um contra o outro pelo direito de liderar.
Escutou sons de passos dentro do apartamento, e por ouvir a pessoa se pronunciar antes que pudesse virar, não saiu da posição em que estava:-Algum plano? -indaga Richard.
-Você deveria ter mantido eles controlados.
-Era impossível, e você sabe muito bem disso. O problema foi a demora de vocês em falar com os policiais. -diz. -Então me diga: algum plano?
-Os policiais estão à caminho.
-E eles provavelmente vão demorar.
-É...eu sei...-bufou. -Precisamos conter isso antes que tome proporções piores...você não deveria está lá em baixo?
-O que poderia fazer lá? Levar um tiro?
Ela maneou a cabeça, concordando com o rapaz.
-Ameaça-los não vai ser tão fácil...-raciocina.
-Então vamos dar a solução. -propõe Richard.
-Encontraram alguma saída?
-Não...mas podemos inventar uma!
-É, e então quando todo mundo descobrir, estamos mortos.
-Entendi...péssima idéia...-bufa.-Tem um plano melhor?
Ela franziu a testa pensativa, e sentou nas placas de ferro que sustentavam as escadas.
-Vamos deixar o circo pegar fogo. -deu de ombros.
Richard riu, sem a acreditar.
-Está falando sério?
-Pareço estar brincando?
Retirou um pacote pequeno de biscoito que tinha guardado no bolso da jaqueta e ergueu uma sobrancelha na direção do agente.
-Os policiais vão demorar demais pra chegar. Eles são dois grupos e nós estamos em menor número...é questão de lógica! Não vamos conseguir parar essa briga...-levou um biscoito até a boca e mastigou. -Quando sobrar um grupo, será mais fácil evitar a tomada de poder.
-E como pretende fazer isso?
-Ainda não sei...-suspirou, relaxada. -Quer me ajudar à pensar?
Richard saiu do prédio pelo espaço onde antes havia uma janela, e se juntou à Elisabeth naquele chão metálico. Os dois encararam a cena grotesca da troca de tiros entre os criminosos, e começaram a disfrutar do pacote. Naquele lugar já estava dificil achar o básico da alimentação humana, quem dirá um biscoito?
-Nós deveriamos evitar essa guerra. -murmura, preocupado.
-Não existe uma forma de fazer isso...mas estamos aqui para pensar...
O coração dele estava apertado.
-Existem coisas que não estão ao nosso alcançe. -continua Lizzie.
-Como deixar todo mundo morrer?
-É uma guerra que eles mesmos decidiram travar.
-E nós deveríamos evitar.
-Volto à repetir: algum plano? Por que se tiver, não duvide que tentarei coloca-lo em prática!
-Você queria usar os policiais como distração, não é? -questionou, como se tivesse acabado de ter uma brilhante ideia.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Agent Becker 2
RandomElisabeth, uma moça independente numa época totalmente machista...bom, essa parte todo mundo conhece, não é? Depois de pedir demissão do emprego que passou tanto tempo tentando preservar, Elisabeth se vê livre para traçar novos rumos à sua vida...