Justine concordou com a cabeça, e saltou pela janela. Naquela situação onde os tiros aumentavam cada vez mais, não havia muito tempo para raciocinar sobre o quão alta seria a queda, por isso ela só aceitou o fato e saltou sem pensar.
Ela guardou a arma na cintura, e se aproximou da janela. Os três estavam lá embaixo olhando e esperando a última deles saltar. Elisabeth olhou para a floresta, depois para a quantidade de soldados mafiosos que havia no salão e supôs que poderiam ter ainda mais no de baixo. Coisa que Carnegie conseguia fácil dar conta, mas o problema ficaria maior se aqueles que estavam ali em cima decidisse percegui-los pela floresta. A francesa xingou mentalmente e lançou um olhar significativo na direção crimonosa, que nesse momento já sabia exatamente o que outra iria fazer e estava procurando uma forma de voltar. Carnegie negou com a cabeça, tentando dizer que aquilo era uma péssima idéia, mas bufou quando viu Becker apontar na direção dos dois jovens. Ela estava ali para proteger a filha de Black Rose, tinha ordens para trazê-la em segurança e agora estava num empace: fugir e tirar aqueles jovens do perigo ou voltar por Becker e com certeza arriscar a vida dos dois.
As duas conversaram tanto pelo olhar que pareceu uma eternidade, quando só tinham alguns segundos. Rostova encarou as duas esferas azuis, decididas e suplicantes, e bufou.-Vamos. -murmura, puxando os dois pela mão.
-Não! Pula! -grita Justine. -Espera! Ela tem que pular! Não! Por favor!
-Me ajuda com ela. -diz Carnegie.
Barion forçou Justine a começar a andar, praticamente arrantando a menina pelo gramado verde, enquanto ela lutava em voltar para a mansão e soltava gritos irritados por estar sendo obrigada à ir.
-Me solta! -resmunga.
Eles já tinham entrado na floresta, e Carnegie atirava nos poucos homens que viram o trio fugir por ali.
-Nós precisamos sair daqui! -murmura Carnegie.
-Ela está lá!
-Foi escolha dela.
-Não vou ir sem e...
-Ela me pediu pra tirar vocês daqui. -murmura, séria. -Então vou tirar! Ou você vêm de bom grado, ou atiro na sua perna e o rapaz aí te carrega!
A mulher tinha o coração acelerado como nunca tinha sentido antes, obviamente já havia estado em situações de perigo antes, mas essa era a primeira vez que desobedecia uma ordem direta de Black Rose. Tanto que não conseguia prever qual seria a reação de Reyza quando soubesse que ela tinha ficado para atrás.
Na mansão, Elisabeth só saiu de trás do pilar quando viu e teve a certeza de que eles tinham conseguido entrar na floresta. Agora o serviço dela era ganhar, pra que Carnegie levasse eles o mais longe possível.
Colocou as mãos atrás da cabeça em sinal de rendição e torceu pra que nenhum deles decidisse mata-la ali mesmo. Os homens já tinham parado de atirar, mas por receio de que aquela parada repentina fosse alguma espécie de truque, só sairam do lugar quando viram a mulher se render.-Elisabeth! -murmura Kyan, entrando na sala como um rei.
Era óbvio que aquele imbecil estaria ali, pronto para mata-la assim que fosse possível, e por isso Lizzie não levou nenhuma surpresa quando o japonês adentrou o local com as mãos no bolso do terno como se fosse dono do local, mas logo atrás dele ums figura já conhecida veio caminhando com passos lentos, provavelmente observando a bagunça feita.
-Desarmada, e na frente de muitas armas. -riu. -Acho que as suas vidas acabaram...-Vai me matar? Como um covarde?
-Um covarde não calcula tanto como fiz. Planejei, compra-la no leilão e depois resolver as nossas questões, mas você se adiantou e poupou o meu bolso. Agora...de uma forma ou outra você morre...e não acredito que ninguém aqui me puniria por isso... -sorriu presunçoso.
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Agent Becker 2
RandomElisabeth, uma moça independente numa época totalmente machista...bom, essa parte todo mundo conhece, não é? Depois de pedir demissão do emprego que passou tanto tempo tentando preservar, Elisabeth se vê livre para traçar novos rumos à sua vida...