Elisabeth bateu na porta de madeira com certa força, torcendo pra que Allan não tivesse mudado de endereço desde a última vez que os dois tinham se visto. O cientista era tão cheio da grana, que tinha mania de migrar de uma casa à outra porque simplesmente já estava cansado da decoração. Mas o principal motivo sempre vinha do estilo de vida dele, festa e experiências malucas que explodem não são bem vistas pelos vizinhos, e na maioria das vezes ele era obrigado à se mudar. Ou isso, ou a prisão.
Ela cruzou os braços abaixo do peito e mudou o peso do corpo para a perna direita, impaciente pela demora. Essa era pelo menos a quarta vez que Lizzie batia naquela porta e ninguém atendia, e estava quase virando as costas para sair dali quando ouviu o som da porta ser destrancada do outro lado. Não sabia como, mas algo dentro dela dizia que Allan sabia quem era e já tinha ouvido desde o primeiro toque. O rosto do cientista apareceu pela fresta da porta, espiando a forma que Elisabeth rodava os olhos.-Posso ajuda-la, senhorita?
-Abre logo essa porta, Matte. -resmunga.
-Passa meses sem dar notícias, e agora quer entrar na minha casa? -indaga, abrindo a porta. -E se você estivesse com problemas?
-Se estivesse, você saberia.
-Você já fez isso antes, e nós conversamos sobre essa mania de sumir sem dar notícias.
-E o que eu disse?
-Você disse que não faria de novo.
-Disse que "tentaria". -corrijo. -Tentei, mas não consegui.
-E diz isso na maior cara de pau?
Ela revirou os olhos.
-Para de drama Allan, você neme está magoado.
-Austen, respeita o meu drama. -ele desfez a carranca como se nunca tivesse dito nada e deu passagem. -Quer um cafezinho?
-Quente?
-Óbvio!
O cientista caminhou até a garrafa térmica de café, num formato estranho que ele mesmo tinha projetado, e serviu uma xícara para a amiga.
-E então? Vai me dizer o motivo da visita? Imagino que o meu rostinho bonito não tenha sido a sua única inspiração pra ressurgir do buraco que negro que estava se escondendo.
-Carnegie. -murmura, indo direto ao assunto. -Você trabalha para a OSCU, o que tem à me dizer sobre ela?
-Bom...até onde sei, Peterson só conseguiu rastrear os movimentos dela até a Itália. Depois disso perdeu os rastros dela. -ele bebeu um pouco do próprio café. -E então, eles acharam melhor concentrar os esforços em destruir as bases secrestas da Maré, aquelas que a gente descobriu e esqueceram totalmente da russa irritante.
-Itália? -enrrugou a testa.
-Na minha opinião ela nunca saiu do país.
-Por que diz isso?
-Ah, porque conversei com ela. -responde, comos e aquilo fosse a coisa mais óbvia do mundo.
-Espera ai, você e a Carnegie conversaram? Vocês dois? Duas pessoas que se odeiam? E por que não disse isso pra mim?! Pra OSCU? Você é maluco?!
-Ei! Uma pergunta de cada vez! -murmura. -Pra começar, já tinha saído da OSCU e você nem atendia as minhas chamadas. Depois, ela só passou alguns dias aqui porque...
-Hospedou ela? A mesma mulher que tentou nos matar?
-Ela colocou uma arma na minha cabeça, esperava que fizesse o que? Sou novo demais pra morrer! Além disso, não foi nenhum sacrifício ver ela andando de camisola pela casa. -sorriu malicioso. -Pena que ela é chata demais...
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Agent Becker 2
RandomElisabeth, uma moça independente numa época totalmente machista...bom, essa parte todo mundo conhece, não é? Depois de pedir demissão do emprego que passou tanto tempo tentando preservar, Elisabeth se vê livre para traçar novos rumos à sua vida...