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AK narrando...
GL pediu a ambulância que a levassem para um Hospital particular e em seguida nos avisou para aonde ela iria, antes mesmo dela chegar já estávamos lá, ela estava acordada mas não mos viu, Liz passou toda a documentação dela e preencheu uma ficha lá.
Ficamos aguardando por uma hora mais ou menos.

Médico: Parentes de Grazi Almeida?
AK: Estamos aqui.
Médico: Você deve ser o marido. Prazer Gabriel.
AK: Akino, como ela está?
Médico: Ela está bem, vai se recuperar rápido não teve nada muito sério além de escuriações pelo corpo e alguns pequenos cortes e dores por conta da batida. Mas eu sinto muito pelo bebê, fizemos o máximo para salvá-lo mas não conseguimos.

Fiquei ali parado, meu filho como assim? Porque meu Deus, eu sei que sou uma péssima pessoa que não mereço seu perdão e o seu amor, mas ele era um ser inocente. JF, vem e me abraça o mesmo já estava chorando assim como Liz e Bruna.

JF: Meus pêsames mano.
Liz: Como pode isso ter acontecido?
Bruna: Fica calma amiga.
Liz: Eu não consigo.

E Liz começa a chorar mais ainda, abraço ela e peço desculpas, ela fica sem entender mas me abraça de volta.

Enfermeira: Parentes de Grazi Almeida?
Liz: Sim.
Enfermeira: Ela já está no quarto podem entrar, mas não façam muito barulho.
Bruna: OK.
Enfermeira: Sei que estão abalados com tudo isso, mas precisam ser fortes por ela.

Fomos atrás da enfermeira que nos levou até o quarto da Grazi que estava ali em um sono tranquilo, cheia de aparelho e com soro na veia.  
Cheguei perto dela, pois percebi que ela estava querendo acordar. Minha mulher tão linda, forte e agora está ai deitada em uma cama tão vulnerável e tudo isso por minha culpa.
Não consegui ficar ali vendo a Grazi naquele estado, apenas me sentei na cama ao lado dela, dei um beijo e pedi desculpas e sai dali.
Subi na minha moto, as lágrimas desciam, passei aonde teve o acidente o carro dela ainda estava lá.
Segui meu caminho e fui direto para a boca. Ali eu sentei, fiz umas duas carreiras de pó e cherei, olhei para o teto e lembrei de tudo que aconteceu fiz mais outra e cheirei novamente. Estava já a dois meses sem usar drogas e agora tô aqui novamente.

Ligação On.
Liz: Irmão cadê você? Ela precisa de você.
AK: Não consigo ver ela ai nessa situação.
Liz: Não faça besteira.
AK: Me deixa em paz.
Liz: Você é mesmo um otario, egoísta você não está aqui pra ver a situação que ela se encontra, ela não fala nada apenas chora, se está difícil para você também está para ela.
AK: Liz? Cuida dela pra mim. (Abaixo minha cabeça e as lágrimas rolam).
Liz: Cuido sim, mas ela precisa de você.
Ligação Off.

Eu sei que ela precisa, mas não dá eu não consigo. Sou durão para lutar com meus inimigos, matar qualquer filho da puta, mas ver quem eu amo ali sofrendo não.

Amada pelo Traficante.Onde histórias criam vida. Descubra agora