Lembrando que a fanfic é uma adaptação se você já leu sem spoiler!!!
(...)
Presídio feminino do estado de Kansas.
Seu corpo foi lançado com força para a frente, fazendo-a quase cair antes de conseguir se equilibrar. Seus olhos verdes percorreram a extensão de todo o pátio, analisando meticulosamente todas as garotas do local. Carol pode perceber que andavam em bandos. E que ela aparentemente era a carne nova no pedaço, pois todos os olhares estavam focados nela.
Enormes cercas elétricas eram coladas com paredes quilométricas. Havia câmeras de seguranças por todos os lados e os uniformes laranjas se destacavam entre os marrons e brancos.
Policiais femininas rondavam por ali, prestava atenção em toda e qualquer aproximação estranha que poderia ser uma possível briga.Carol não deixou de notar que, em algum momento, todos abaixaram a cabeça quando uma morena de pele extremamente clara passava por elas.
Curiosa como costumava ser, Carol jamais abaixou o olhar, vendo a Morena subir em uma mini-arquibancada, feita de ferro e madeira, e se sentar.A Morena pecorreu o olhar pelo perímetro, contudo, ele parou em Carol. A expressão solene entregava que ela não queria que a olhasse, mas algo na garota a prendia.
— Carol? Estou te chamando! – O grito da policial fez Carol pular de susto.
— Desculpe, eu não te ouvi. – Pediu, vendo a morena, de roupa azul escuro, lhe fitar seriamente.
— Eu não costumo dar avisos para as presidiárias novatas, mas vi que ficará um bom tempo aqui, então sugiro que não a encare. Ela não gosta. – A policial falou e Carol assentiu. Dando uma última olhada para a garota antes de ler o nome no crachá da policial.
— Em que posso ajudar senhorita Esquierdo? – Carol perguntou e a policial apoiou sua mão direita sobre a arma em sua cintura.
— Tem visita para você, me acompanhe. – Ela disse, prendendo as mãos de Carol em suas costas e a levando dali.
— Visita? Sabe quem é? – Carol Indagou.
— Não sou sua escrava, detenta. Da próxima vez descubra por si só.
– Milena disse friamente. — Nem todas as policiais aturam essas perguntas. Algumas são realmente más, então procure não falar com elas. – A policial alertou. — Enfim, é sua advogada e sua irmã.— Obrigada pelo conselho. – Carol disse. Caminharam o resto do caminho em profundo silencio e, quando finalmente chegaram, a advogada fez questão de deixar que soltasse Carol das algemas, e assegurasse que ela não era perigosa.
— Por onde esteve? – Carol perguntou assim que a policial a soltou e se afastou. Sua irmã correu para seus braços a abraçou fortemente.
— Eu realmente quis tirar férias do mundo. A assistente social de Sophia que conseguiu me contatar através de um amigo. – Falou, se separando do abraço.
— Sophia ficará com você? – Carol perguntou e Eduarda suspirou, assentindo. Sophia era filha de seu irmão mais novo, ele havia tido ela muito novo, porém a mãe da criança morreu na mesa de parto, logo após o nascimento da menina, desde então Carol que ajudava a cuidar da criança, junto com Miriam.
— Sim, não pude acreditar que mamãe fez isso. – Eduarda disse paralisada, prendendo o choro. — Ela nunca havia feito nada de mais do que nos agredir, mas isso há muito tempo. Nós deveriamos ter...
— Hey... – Carol disse, segurando a sua mão e a olhou de relance para a advogada, que mantinha a cabeça baixa esperando o momento íntimo acabar. — Não dá mais para mudarmos isso, é melhor não nos machucarmos dessa forma. – A mais nova assentiu cabisbaixa. — Como você está?
— Como eu estou? – A irmã dela perguntou incrédula. — Você é que foi presa injustamente, não eu. Como você está? – Carol suspirou.
— É, mais você também perdeu um irmão.
— Você não precisa ser tão empática o tempo inteiro, Carol. Eu estou me virando aqui fora e eu vou te tirar daqui. – Eduarda disse com determinação. Essa é a nossa advogada, Tainá Costa, perdão não lhes apresentar antes. – A mulher estendeu a mão para Carol e apertou de modo formal.
— Temos boas e más noticias para você, senhorita. – A advogada Costá anunciou. Carol analisou que ela vestia um conjunto social cinza, com uma blusinha branca por baixo. Sua saia batia um pouco abaixo do joelho e sua expressão era solene.
— Diga qualquer uma primeiro. pior do que eu estou, só morrendo. – Carol disse dando se ombros.
— Certo. A boa é que ainda ainda nessa semana juntaremos provas suficiente para te tirar daqui. – Tainá disse, apoiando as duas mãos sobre a mesa de alumínio. — E a má é que, embora sejam família rica, a juiza decretou a próxima audiência somente em seis meses. – Os olhos de carol se esbugalharam.
— O quê? - Exclamou atônita. — Vou ter que ficar seis malditos meses aqui?
— Infelizmente o julgamento já foi finalizado e para reabrir o processo a fila é enorme, é fim de ano, temos poucos juízes nesse estado, teremos que esperar. Não posso oferecer dinheiro, seria suborno. – Carol levou as duas mãos até seu rosto e menou a cabeça, aflita demais para processar a informação.
— Virá me visitar com frequência? – Carol indagou a irmã.
— Vou dar meu melhor, com isso das papeladas da Sophia e meu trabalho, você sabe... – Sua frase morreu, contudo, Carol assentiu.
— Se não conseguir vir em menos de três semanas, pode me fazer um favor? – Sua irmã assentiu. — Compre um unicórnio enorme de plástico para a nossa sobrinha. É o que ela me pediu de aniversário. – Carol disse tristemente. — E diga que foi presente da tia Carol.
— Tudo bem, agora precisamos ir, mas se cuida, maninha. – Eduarda disse, dando um rápido abraço em carol. — E se mantenha fora do alcance das garotas daí, são perigosas. Não diga a ninguém que você é rica e tudo ficará bem. – Carol assentiu e se despediram.
Quando a policial lhe colocou no pátio novamente, a primeira coisa que Carol notou foi o par de olhos Castanhos sobre sí, e, instantaneamente, o aviso da policial Esquierdo soou em sua mente: "Não a encare, ela não gosta."
Se não gosta então porque fica encarando também? Pensou carol, mas desviou os olhos mesmo assim, afinal, não queria brigas, muito menos em seu primeiro dia ali.
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Presa Por Acaso | Babitan
Фанфик| + O que você faria se, por um golpe do destino, você fosse presa mesmo sendo inocente? Carolina Voltan Marzin não se assustou tanto quando foi mandada ao julgamento, afinal sua familia tinha a conta bancária transbordando dinheiro o suficiente pra...