Capítulo 56 - Último Capítulo

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Enfim... chegamos ao fim de presa por acaso, gente. Não teremos epílogo, então aproveitem o último capítulo.

Os olhos castanhos olhavam atentamente para os pares de brincos de rubi e safira que a garota segurava entre seus dedos. Aquela joia desde sempre fora o que Thaiga dizia sonhar para usar no dia de seu casamento, entretanto, a demasiada fortuna que valia impedia a loira de realizar tal desejo.

— Bárbara? – A voz fina de Carol chamou sua atenção, fazendo-a desviar seus olhos das peças, unicamente para ver um lindo sorriso enfeitar o rosto do amor de sua vida. Carol estava absurdamente linda em seu vestido cor bordô, o que fazia vários pescoços se virarem em sua direção e olharem-na minuciosamente.

— Sim, amor? – A maior indagou, colocando uma pitada extra de ênfase na última palavra ao ver que havia um cavalheiro na loja, que estava nitidamente flertando com sua namorada. Não fora algo intencional, portanto ela não se sentiu culpada. Carol era mesmo seu amor, qual o problema, então?

— Você que as conhece melhor do que eu... – A menor começou, fitando envergonhada Bárbara pela pergunta que faria.

— Acha que elas se incomodariam em ganhar, além das alianças, passagens para qualquer lugar do mundo de presente? – Bárbara arqueou uma sobrancelha ao ouvir aquilo.

— Eu gostaria de presenteá-las com as passagens da lua de mel.

— Elas definitivamente não ligariam. – A maior confessou rindo.

— Digo, quem ligaria, Carol? Qualquer pessoa aceitaria, sério. – Confessou, ainda tendo seus cotovelos apoiados levemente na vitrine em sua frente.

— Jura? – A menor perguntou, se aproximando da maior mansamente com um belo sorriso em seu rosto.

— Juro. – Bárbara disse em um tom calmo ao ver sua garota tão próxima de si. Ela sentiu seu estômago se revolver quando sentiu os lábios de Carol esbarrarem nos seus vagarosa e delicadamente em um casto beijo.

— Já pegou as alianças? – A menor indagou ao separar os lábios. Elas, como madrinhas, haviam ficado de passar na joalheria para buscar as peças encomendadas no dia do casamento e lá estavam elas, já prontas para o casamento, algumas horas antes apenas.

— A atendente foi buscar. – Bárbara confessou, sentindo Carol apoiar o queixo em seu ombro enquanto se aconchegava em seu corpo por trás.

— E o que a namorada mais linda do mundo fazia enquanto isso, hm? – Carol perguntou.

— Só olhando algumas coisas para passar o tempo. – Disse, vendo a mulher, que vestia camisa social branca e uma calça cinza se aproximar sorridente.

— Aqui está, senhoritas. – A mulher disse, abrindo a caixinha vermelha aveludada para mostrar as duas alianças cintilarem em um pedido silencioso para serem compradas. Carol havia dito para Milena escolher qual quisesse que ela fazia questão de pagar e a morena, timidamente, escolheu uma peça boa, porém não tão cara. Não queria explorar.

Bárbara, analisando tamanho sorriso da atendente, chegou a conclusão de que aquele sorriso não era inteiramente pelo protocolo, senão porque, além da mulher ter demonstrado quando chegaram que tinha interesse nela, a comissão que ganharia por vender aquelas alianças faria qualquer pessoa sorrir amplamente.

— Mais alguma coisa? Eu poderia lhes mostrar mais algumas gemas que temos...

— Não, obrigada. – Carol disse seriamente ao ver a forma como a mulher encarava sua namorada.

Presa Por Acaso | BabitanOnde histórias criam vida. Descubra agora