Capítulo 41

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Tainá tinha seus pequenos olhos semicerrados enquanto ria alto de Carol. Elas se tornaram bem próximas desde que Carol havia saído da prisão e ela já se sentia em total zona de conforto ao lado da garota.

— Não ria. – Carol disse arfante.

— Eu não sabia que você era boa desse jeito.

— Eu sou a melhor do país. Deveria suspeitar e, bem, você ser rica ajudou bastante na soltura imediata dela. – Tainá disse rindo, fazendo Carol bufar.

— Pare de rir. Eu tive que ir correndo à uma loja para comprar algumas roupas para ela usar hoje. Se eu soubesse que seria tão rápido...

— Está reclamando? – Tainá indagou e Carol piscou, negando rapidamente.

— Não, só estou nervosa. Ela ainda está brava comigo porque acha que a deixei, você precisa ver ela brava. – Carol disse, de repente se calando ao notar algo:

A figura de Milena apareceu no final do corredor com ninguém mais, ninguém menos que Bárbara. Ela conversava algo com Milena animadamente enquanto se aproximavam e Carol podia jurar que havia perdido o ar ao vê-la finalmente. Seu coração errou uma batida quando os olhos castanhos se ergueram e a enxergaram ali, parada feito uma idiota admirando sua garota se aproximar.

Foi inevitável o sorriso de Carol se abrir enquanto sua pulsação acelerava e seu cérebro lhe mostrava o quanto havia sentido saudade daquela mulher, suas mãos começaram a suar e suas pernas quase perderam a força. Sua vontade era se atirar nos braços daquela garota, porém Bárbara permaneceu séria, lhe fitando de forma neutra. Milena abriu a grade e Bárbara deu um passo à frente, estranhando um pouco a claridade daquela região.

— O que faz aqui? – Bárbara indagou friamente e Carol deu um passo à frente.

— Milena te avisou?

— Senti sua falta. – Carol disse sorrindo, dando mais um passo à frente, vendo Bárbara enrijecer o maxilar.

— Pois eu não. – Ela disse e Carol riu baixinho.

— Não ria de mim e não pense que só porque me deixou eu ficaria chorando pelos cantos.

— Sabe que seu escudo não funciona comigo, Passos. – Carol disse ainda sorrindo, ficando frente a frente com Bárbara. A pele clara em contraste com o cabelo escuro e os olhos castanhos fizeram Carol suspirar. Havia sentido tanta saudade dela, daquela voz.

— Não é escudo. – Bárbara falou, afastando a mão que Carol usaria para acariciar seu rosto.

— Só não pense que você pode ir quando achar conveniente e voltar quando der vontade. Comigo não. – Bárbara afirmou.

— Você está mesmo irritada. – Carol disse, umedecendo os lábios.

— Miih, te espero na sua casa. Vou a pé. Eu realmente não quero ficar perdendo meu tempo aqui. – Bárbara falou ignorando Carol, porém sentiu seu corpo ser puxado para frente, se chocando contra o da garota.

— O que pensa que está faz... – Sua voz foi calada pelos lábios de Carol se pressionando contra os seus demoradamente.

Ela iria protestar, porém não tinha forças para aquilo, não quando Carol fazia o que ela tanto sentira saudade.

— Como pôde achar que eu te deixaria, amor? – Carol sussurrou após separar as bocas, tocando sua testa na de Bárbara antes de suspirar.

Presa Por Acaso | BabitanOnde histórias criam vida. Descubra agora