Tainá tinha seus pequenos olhos semicerrados enquanto ria alto de Carol. Elas se tornaram bem próximas desde que Carol havia saído da prisão e ela já se sentia em total zona de conforto ao lado da garota.
— Não ria. – Carol disse arfante.
— Eu não sabia que você era boa desse jeito.
— Eu sou a melhor do país. Deveria suspeitar e, bem, você ser rica ajudou bastante na soltura imediata dela. – Tainá disse rindo, fazendo Carol bufar.
— Pare de rir. Eu tive que ir correndo à uma loja para comprar algumas roupas para ela usar hoje. Se eu soubesse que seria tão rápido...
— Está reclamando? – Tainá indagou e Carol piscou, negando rapidamente.
— Não, só estou nervosa. Ela ainda está brava comigo porque acha que a deixei, você precisa ver ela brava. – Carol disse, de repente se calando ao notar algo:
A figura de Milena apareceu no final do corredor com ninguém mais, ninguém menos que Bárbara. Ela conversava algo com Milena animadamente enquanto se aproximavam e Carol podia jurar que havia perdido o ar ao vê-la finalmente. Seu coração errou uma batida quando os olhos castanhos se ergueram e a enxergaram ali, parada feito uma idiota admirando sua garota se aproximar.
Foi inevitável o sorriso de Carol se abrir enquanto sua pulsação acelerava e seu cérebro lhe mostrava o quanto havia sentido saudade daquela mulher, suas mãos começaram a suar e suas pernas quase perderam a força. Sua vontade era se atirar nos braços daquela garota, porém Bárbara permaneceu séria, lhe fitando de forma neutra. Milena abriu a grade e Bárbara deu um passo à frente, estranhando um pouco a claridade daquela região.
— O que faz aqui? – Bárbara indagou friamente e Carol deu um passo à frente.
— Milena te avisou?
— Senti sua falta. – Carol disse sorrindo, dando mais um passo à frente, vendo Bárbara enrijecer o maxilar.
— Pois eu não. – Ela disse e Carol riu baixinho.
— Não ria de mim e não pense que só porque me deixou eu ficaria chorando pelos cantos.
— Sabe que seu escudo não funciona comigo, Passos. – Carol disse ainda sorrindo, ficando frente a frente com Bárbara. A pele clara em contraste com o cabelo escuro e os olhos castanhos fizeram Carol suspirar. Havia sentido tanta saudade dela, daquela voz.
— Não é escudo. – Bárbara falou, afastando a mão que Carol usaria para acariciar seu rosto.
— Só não pense que você pode ir quando achar conveniente e voltar quando der vontade. Comigo não. – Bárbara afirmou.
— Você está mesmo irritada. – Carol disse, umedecendo os lábios.
— Miih, te espero na sua casa. Vou a pé. Eu realmente não quero ficar perdendo meu tempo aqui. – Bárbara falou ignorando Carol, porém sentiu seu corpo ser puxado para frente, se chocando contra o da garota.
— O que pensa que está faz... – Sua voz foi calada pelos lábios de Carol se pressionando contra os seus demoradamente.
Ela iria protestar, porém não tinha forças para aquilo, não quando Carol fazia o que ela tanto sentira saudade.
— Como pôde achar que eu te deixaria, amor? – Carol sussurrou após separar as bocas, tocando sua testa na de Bárbara antes de suspirar.
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Presa Por Acaso | Babitan
Fanfiction| + O que você faria se, por um golpe do destino, você fosse presa mesmo sendo inocente? Carolina Voltan Marzin não se assustou tanto quando foi mandada ao julgamento, afinal sua familia tinha a conta bancária transbordando dinheiro o suficiente pra...