Capítulo 12

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- Está manhã você vem um pouco mais cedo e fica durante duas horas, certo? - Doutora Rose falou e Carol assentiu, vendo a mulher sorrir gentilmente. - Você não parece ser uma má pessoa.

- Sempre tentei andar na linha, pelo menos. - Carol disse sorrindo.

- Mas acabou comentendo um deslize, não é? - A mulher insinuou e Carol suspirou.

- Se eu disser que estou aqui injustamente você não acreditaria, não é? - Carol perguntou e a doutora abriu a porta.

- Eu poderia tentar acreditar.

- Já é um começo. - Carol disse. - Nos vemos amanhã. - Ela falou vendo a mulher estender a mão para ela antes de ela seguir para a cela. Estava na hora do banho.

- Demorou. Bárbara disse de uma forma não acusatória. - Muitos clientes? - Bárbara perguntou curiosamente assim que a menor entrou na cela para pegar sua roupa íntima.

- Não muito. Ela estava me explicando como funciona tudo. - Carol informou. - Sentiu a minha falta? - As orbes Castanhas fitaram Carol antes da maior rir.

- Sonha mais um pouco. - Bárbara disse e Carol riu, saindo da cela com Bárbara em seu encalço.

- Vai tomar banho comigo? - Carol perguntou e Bárbara arqueou um sobrancelha.

- Irei tomar banho, não com você - Replicou friamente.

- Então porque me esperou? - Carol perguntou sorrindo vitoriosa e Bárbara sentiu seu rosto esquentar.

- Não te esperei, foi uma coincidência. - Bárbara falou e Carol suspirou, segurando o riso.

- Obrigada. - A menor disse e Bárbara a fitou confusa. - Por estar cuidando de mim, sabe? Alex está por aí a solta.

- Não estou cuidando de você, Carol! - Bárbara disse friamente.

- Tudo bem. - Carol disse, abrindo a porta do banheiro após passar por uma guarda. - Diz... Por que está aqui? - Carol perguntou, deixando sua peça íntima em um canto e levando uma mão até a bainha da peça superior de seu uniforme laranja, a atirando.

Bárbara enrubesceu pela primeira vez diante de Carol ao ver os seios perfeitamente modelados. Seus olhos se desviaram para um ponto fixo na parede e Carol riu baixinho ao notar a reação da maior.

- Não vou te falar porque estou aqui. - Bárbara disse secamente e Carol riu.

- Eu imaginei mesmo, mas não custava nada tentar, hm? - Carol pergutou vendo Bárbara tirar sua roupa também. A menor nem se quer percebeu seu olhar carregado de volúpia para os seios de Bárbara. Sua vista se prendeu vários segundos ali, até morder seu lábio inferior e erguer a mirada.

As orbes castanhas a fitavam enquanto um sorriso malicioso enfeitava seu rosto. Carol arqueou uma sombrancelha e abriu um sorriso sugestivo, causando um suspiro em Bárbara, que abriu o chuveiro e entrou debaixo dele.

- Então... - Carol começou, removendo o restante de sua roupa antes de abrir o outro chuveiro. - O que foi isso? - Perguntou, enfiando a cabeça embaixo da água.

- Isso foi você fitando meus seios. - Bárbara disse naturalmente e Carol riu.

- Estou me referindo ao seu flerte. - Carol disse e Bárbara arqueou a sobrancelha, piscando nervosamente.

- Eu não flertei. - Bárbara afirmou.

- Seu sorriso malicioso indicou o quê? - Carol perguntou, começando a se ensaboar.

- Que agora eu sei que você sabe que eu sou linda. - Bárbara disse e Carol semicerrou os olhos, atirando água nela.

- Você é idiota. - Carol disse, colocando um bico em seus lábios.

- Uma idiota que você queria muito pegar. - Bárbara falou sorrindo vitoriosa.

- Só porque olhei para seus seios você acha isso? - Carol perguntou e Bárbara assentiu. - Pois saiba que eu adoro seios, não importa o tamanho, então digamos que eu ache os seus seios bonitos, não necessariamente você.

- Não me acha bonita? - Bárbara perguntou e Carol meneou a cabeça.

- Não te interessa. - Replicou, se virando de costas para Bárbara como uma adolescente pirraçando, o que levou a maior a deixar seus olhos pecorrerem o traseiro desnudo de Carol.

- Você que flertou comigo. - Bárbara disse e Carol permaneceu de costas, se lavando. - O que foi aquela sobrancelha arqueada?

- Estava vendo se compartilhavamos uma ideia, mas já sei que não. - Carol disse, fazendo a curiosidade de Bárbara aguçar.

- Que ideia? - A maior perguntou, limpando a garganta.

- O que você acha? - Carol perguntou, se virando para ela antes de arquear uma sobrancelha. Bárbara sentiu seu coração bater freneticamente contra seu peito, porém em seu exterior sua expressão era indecifrável.

- Acho que deveríamos tomar banho. - Falou por fim. - Já já acaba o tempo. Carol a fitou fixamente nos olhos antes de assentir.

- Ninguém nunca te visita? - Carol perguntou curiosamente, tentando mudar de assunto. A porta do banheiro se abriu apenas por duas detentas que encerraram seus banhos nos chuveiros mais distantes dali.

- Parece que estamos quites. - Bárbara disse friamente e Carol assentiu.

- Minha irmã ficou com a guarda provisória de minha sobrinha e não pode me visitar por agora, está uma correria enorme pra ela. - Carol explicou.

- Tem uma sobrinha?

- Sim. - Carol respondeu, abrindo o maior dos sorrisos ao se lembrar do rostinho da garota. - Ela completará três anos em pouco menos de duas semanas. - Falou, passando shampoo em seus cabelos. - Se eu soubesse que eles ficavam com nossos pertences eu teria deixado meu colar preferido com ela. Ela o adorava porque tem um formato de coração.

- Colar preferido por alguma razão? - Bárbara perguntou e Carol assentiu.

- Ganhei do meu pai para um dia ocupá-lo com a foto do amor da minha vida. - Carol disse rindo. - Mas como eu esperava, o coração ainda continua vazio.

- De qual corações estamos falando? - Bárbara perguntou rindo.

- Dos dois. - A menor respondeu e Bárbara assentiu.

- Sinto muito por seu pai, à propósito. - Bárbara falou e Carol virou seu rosto bruscamente para fitá-la.

- Como sabe que meu pai morreu? - Carol perguntou e Bárbara empalideceu.

- Você... Você disse, oras.

- Não, eu não disse. - Carol disse seriamente.

- Disse sim.

- Bárbara, eu tenho plena certeza de que eu não falei. Odeio falar que ele morreu; não comento disso com ninguém. - Carol disse e Bárbara exalou o ar de seus pulmões, fazendo Carol estreitar os olhos irritada. - Você andou pesquisando a minha vida?

Bárbara engoliu em seco. Carol havia lhe colocado em um beco sem saída.

Mais um capítulo para vocês, amanhã ou depois eu volto porque tenho que estudar mt ainda hoje. Espero que estejam gostando. :)

Presa Por Acaso | BabitanOnde histórias criam vida. Descubra agora