— Hey... – A voz fina de maellen tirou Carol de seus desvaneios. — Posso me sentar? – A garota perguntou gentilmente e Carol assentiu.
— Obrigada por ont...
— Shiiiiu... – Maellen susurrou, olhando em volta. — Não cite jamais, nunca, em hipótese alguma, que fui eu que comecei aquilo.
— Tudo bem, mas... obrigada. – Carol disse gentilmente e Maellen assentiu sorrindo.
— Como você está? – Ela perguntou apontando para o curativo na testa de Caro e a mais nova iria responder, mas viu o momento onde Bárbara passou com sua bandeija de comida nas mãos e desacelerou o passo, como se quisesse saber daquela informação.
Carol se calou, esperando ela passar e se surpreendeu quando a garota se sentou na mesa ao lado da dela. Seus olhos verdes se encontraram com os castanhos e nenhuma das duas se atreveu a desviar o olhar, até maellen rir baixinho, soltando uma espécie de ronco junto, oque chamou atenção de Carol.
— Estou bem, doeu para um inferno ontem, mas já estou melhor. – Carol disse e Maellen assentiu.
— Essa noite ela sai da detenção, oque fará? Aquela barulheira da noite passada não poderá se repetir, seria suspeito. – Maellen disse apenada e Carol sorriu-lhe fraco.
— Não sei, na verdade. Ter outro lado da testa estourado até eu desacordar? – Brincou sorrindo fraco.
— Não diga isso. – Maellen disso tristemente e Carol suspirou.
— Se for pra ser violentada eu prefiro que eu esteja desacordada do que ter a repugnante imagem da quela mulher em cima de mim. – Carol disse firmemente. — Não vou deixar que ela toque em mim.
— Ah, eu vou gritar, mas você não toca em mim. – A voz de Scarlett assutou Carol. A garota jogou sua bandeja sobre mesa e sorrriu. — Caramba, mulher. Eu virei a sua fã. Ninguém nunca desafiou a Alex antes.
— Obrigada, hm, eu acho. – Carol disse confusa.
— Não fomos apresentadas, sou a Scar e você é a minha mais nova amiga. Você não tem opções, se não aceitar eu esmago o seu crânio. Disse, fazendo Carol arregalar os olhos. A rodada alta e escandalosa de Scar chamou atenção de várias pessoas. — Eu estou brincando.
— Oh. – Carol disse ainda em estado de choque. — Eu me chamo Carol. – Ela disse, mas a figura de uma loira alta, com o maior dos sorrisos estampado em seu rosto, chamou atenção de Carol.
Unicamente porque ela sorria para Bárbara. Será que...
— Você se deu mal pegando a mesma sala que ela. Aquele mulher é perigosa. – Carol suspirou, vendo Bárbara se levantar com a loira e saírem.
— Eu percebi.
— Nem a Passos enfrentava ela, elas se evitam. – Scar disse, começando a comer sua maçã. — Todos sabem que a Passos ganharia ali, inclusive ambas, mas elas não se bicam, é como se fugissem de confusão. – Carol estranhou aquilo.
— Elas... Costumam travar guerras inesquecíveis de olhares, hm? Para mostrar quem manda. – Carol disse e Maellen riu baixinho, soltando outro ronco.
— Não. Elas se quer se olham, nenhuma invade o território da outra. Bárbara praticamente expulsara Alex com o olhar no dia anterior no banheiro, pensou Carol ainda mais confusa.
Passaram o restante do tempo conversando e definitivamente Maellen tinha razão, Scar era um amor de pessoa.
Mais tarde naquele mesmo dia, Carol se dirigia até o pátio no intervalo para tomarem sol, porém sentiu seu corpo sendo puxado para trás e alguém tampar sua boca. Sua primeira reação foi se espernear, mas foi em vão.
— Calma aí que ninguém quer te machucar, é só uma conversa. – Carol ouviu alguém dizer, no entanto não conhecia aquela voz.
Deixou-se ser arrastada até o corredor das celas quando viu que não tinha mais forças para lutar. Quando seu corpo foi jogado dentro de um das celas, seus olhos se arregalaram em surpresa. Bárbara Passos estava deitada na cama de cima a olhando intensamente.
— Ela é magrela, mas tem força.– A loira que Carol podia intentificar ser a garota que sentara com Bárbara no horário da refeição, disse.
— Deixe-nos a sós, Thaiga. – Bárbara disse e a loira assentiu, saindo da cela e ficando de vigia do lado de fora da mesma para ninguém incomodar, enquanto segurava a ponta do lençol que tampava a visão para dentro da quela cela.
— O que... O que quer? – Carol perguntou. A verdade era que ela se atrevia a encarar Bárbara enquanto estava longe, mas perto daquele jeito sentia-se intimidade.
Aquele castanho perfurante a desconcertava completamente. Será que era por ela encarar que estava ali? Deveria ter a policial Esquierdo quando teve a chance.
— Você vai dizer a todos desse maldito lugar que você está comigo, que agora é minha mulher. Entendido? – A voz rouca soou firme, causando involuntariamente arrepios no corpo de Carol.
— Não sou sua mulher. Apanhei ontem de outra pessoa por ter esse mesmo pensamento e você pode mandar sua capacho entrar aqui agora mesmo e me arrebentar, mas você não vai tocar em mim. – Disse firmemente, nem sabendo de onde havia saído tanta coragem. Seu coração batia descompensado em seu peito, claro, acabra de se opor a algo que a líder absoluta de tudo pediu.
Ela, certamente, não duraria até o fim dos dois meses. Seus pensamentos foram cortados quando ela viu a figura em sua frente pular da cama de cima do chão e se aproximar dela, que, sem perceber, deu dois passos para trás.
Suas costas tocaram a parede e seus olhos e ficaram a garota mais alta em sua frente, a centímetros de distância dela agora. Prendeu a respiração ante aquela aproximação.
— Eu acho que eu não fui clara o suficiente. Você vai dizer a todos, inclusive às suas amiguinhas, que agora é minha mulher. – Falou roucamente. – E em mulher de Bárbara Passos, ninguém, preste atenção, ninguém toca. – Carol piscou confusa quando a outra se afastou.
— Você não vai ter nad...
— Já pode dar o fora. – Bárbara disse friamente e Carol franziu o cenho. Bárbara disse que era era ela dizer...
Espere! Estaria, Bárbara Passos, oferecendo proteção gratuita? Não teve tempo de perguntar, porque o toque para o banho soou, fazendo-a sair dali com o enorme ponto de interrogação na cabeça.
(...)
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Presa Por Acaso | Babitan
Fanfiction| + O que você faria se, por um golpe do destino, você fosse presa mesmo sendo inocente? Carolina Voltan Marzin não se assustou tanto quando foi mandada ao julgamento, afinal sua familia tinha a conta bancária transbordando dinheiro o suficiente pra...