Capítulo 43

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Carol se via absolutamente anestesiada e rendida ao poder da risada genuína de Bárbara. Ela definitivamente adorava aquele som e saber que ele havia sido causado graças a ela apenas a fazia se sentir ainda mais abençoada. Sua ficha ainda não havia caído de que estava solta, tanto ela como Bárbara.

— E então... – Ela começou.

— Que tal deixarmos os bichinhos aí, afinal já os alimentamos muito... – Ela fez uma breve pausa para rir.

— E irmos nós duas comer, hm?

— Parece uma boa ideia. – Bárbara replicou ao ouvir seu estômago roncar.

— Ótimo, porque estou faminta e você também deve estar. – Carol disse, estendendo a mão no ar apenas para sentir Bárbara entrelaçar seus dedos antes de começarem a caminhar.

— Você já resolveu algo com sua irmã? – Bárbara indagou e Carol deixou o ar se esvair de seus pulmões, negando.

— Não, e ainda precisava resolver algo para a minha mãe hoje, mas quando descobri que você podia ser solta quis resolver isso logo. – Bárbara assentiu.

— Obrigada por ter inteirado o dinheiro da minha fiança. – Bárbara pediu, fazendo Carol lhe fitar culpada.

— Eu vou devolver o que completou, só preciso que espere eu arranjar algum trabalho. – A menor mordeu seu lábio inferior e abriu a porta de seu carro, vendo Bárbara dar a volta no veículo e entrar nele.

— Precisamos conversar sobre isso. – Carol disse assim que entrou no carro e fechou a porta, se virando para Bárbara.

— Eu paguei sua fiança completa. – Disse de uma vez. Bárbara iria dizer algo, porém Carol foi mais rápida.

— Milena vai se casar e achei justo ela desfrutar com Thaiga, sabe? Então falei para ela usar o dinheiro para isso.

— Certo. – Bárbara disse piscando um pouco embaraçada.

— Eu devolveria a ela o dinheiro, então o que daria a ela eu te dou.

— Não quero de volta esse dinheiro. – Carol disse e Bárbara a fitou seriamente.

— Por favor, não vamos nos tornar aquele casal clichê onde a rica e a pobre se desentendem porque uma quer ajudar e a outra não deixa. – Carol pediu, se inclinando para depositar um beijo nos lábios de Bárbara.

— É porque sou eu no papel da pobre. Não é tão simples quanto parece. – Bárbara disse e Carol riu baixinho, assentindo.

— Eu sei, mas, amor, eu te amo e você me ama. Você acabou de sair da cadeia e ainda não trabalha, não quero que fique pensando em me devolver um dinheiro que usei em meu benefício também.

— Em seu benefício? – Bárbara indagou e Carol assentiu.

— É claro. Eu não vou precisar ficar indo te visitar na prisão toda semana. Posso te ver sempre que der saudade. – Ela disse e Bárbara sorriu timidamente.

— Certo, é só ir no endereço onde eu estiver. – Bárbara deduziu e Carol mordeu o lábio inferior, fazendo Bárbara arquear uma sombrancelha por sua expressão.

Presa Por Acaso | BabitanOnde histórias criam vida. Descubra agora