Assim que a policial soltou Carol no pátio ela nem olhou para direção nenhuma, simplesmente decidiu migrar para sua cela e se sentar em sua cama. Ela queria pensar, precisava disso, por tal razão tirou os sapatos e se encostou no canto da cama, apoiando sua cabeça na parede e suas costas no beliche. A garota puxou sua coberta e enfiou a mão embaixo do travesseiro, tirando uma foto de Bárbara com ela de lá.
Ela abraçou as próprias pernas e suspirou tristemente, encarando a foto que Milena havia lhe dado, que para a sua surpresa não havia sido a que elas olhavam para câmera, senão a que havia tirado instantaneamente, onde Bárbara fitava bobamente o enorme sorriso que Carol tinha em seu rosto, tendo seus braços enlaçados ao redor da maior. Pela forma como ela fitava Bárbara, podia se dizer facilmente que estava apaixonada.
— E agora, meu amor? – Ela sussurrou, dando um beijo na foto antes de se deitar e fechar os olhos, enterrando a imagem em seu peito fortemente.
Ela estava aliviada porque sairia, entretanto, deixar Bárbara não fazia seu coração ficar calmo, muito pelo contrário, ele estava quase sangrando. Não se arrependia de ter se apaixonado por Bárbara, porém as coisas se complicariam a partir do momento onde saísse dali. Sem perceber um choro baixinho se fez presente por ela mesma. Ela havia levado a coberta até sua cabeça e mal notou quanto tempo havia se passado daquela forma.
— Loirinha? – A voz carregada de preocupação de Bárbara soou no ambiente e Carol descobriu a cabeça rapidamente, se virando quase que instantaneamente para sua namorada.
— Amor... – Carol proferiu, estendendo os braços para era em um convite silencioso para a maior se aconchegar em seu corpo. Bárbara sequer pensou, apenas migrou até a cama de Carol e se instalou em seu abraço.
— O que houve? – Bárbara perguntou e Carol negou com a cabeça, enterrando o rosto em seu pescoço antes de começar a chorar copiosamente.
— A minha... irmã... – Carol disse e parou, fazendo o desespero de Bárbara aguçar.
— O que houve com ela? Ela está bem? – Indagou e Carol assentiu com a cabeça, respirando fundo para ver se conseguia parar de chorar.
— Ela pagou alguém para sumir com uma das provas da minha inocência. – Ela enfim disse.
— E não duvido nada que... tenha ofertado uma boa dose de dinheiro ao meu antigo advogado para perder o caso. – Bárbara se calou por algum tempo até processar a informação.
— Você, hm, tem certeza? – Bárbara perguntou e Carol assentiu, completamente devastada.
— Céus, Carol, eu sinto muito. Como você soube?
— A minha advogada descobriu. – Ela falou, sentindo seu corpo se acalmar ao sentir a carícia mansa de Bárbara em seus cabelos.
— As pessoas às vezes são filhas da puta no mundo, só basta descobrir o motivo. – Bárbara falou e Carol ergueu o rosto, a fitando com os olhos vermelhos e o rosto umedecido. Bárbara não resistiu em levar uma mão até seu rosto e enxugar delicadamente a região antes de depositar um beijo na testa de Carol.
— Não gosto de te ver mal. Isso me destrói. – Falou, fechando os olhos e engolindo pesadamente.
— Por favor... Por favor, diz que vai me deixar te visitar quando eu sair daqui. – Carol sussurrou em uma súplica desesperada.
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Presa Por Acaso | Babitan
Fanfiction| + O que você faria se, por um golpe do destino, você fosse presa mesmo sendo inocente? Carolina Voltan Marzin não se assustou tanto quando foi mandada ao julgamento, afinal sua familia tinha a conta bancária transbordando dinheiro o suficiente pra...