Capítulo 38

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— Aonde estamos indo ? – Carol perguntou, porém a policial revirou os olhos e bufou.

A menor achou melhor ficar quieta, se lembrando do que Milena havia lhe aconselhado. Ela estranhou o caminho da sala de visitas não ter sido o que tomaram, porém nada disse, obedeceu calada, seguindo a policial. o fato de não ter sido algemada também lhe chamou a atenção, no entanto, quando viu uma sala bem mais clara e Tainá do outro lado da grade suspirou aliviada.

A policial abriu-lhe a grade e ela saiu, vendo Tainá sorrir para ela e estender algumas roupas em sua direção.

— A sala de visitas mudou? – Carol perguntou confusa, abaixando a vista para o que Tainá estava lhe entregando. Tainá riu alegremente e negou com a cabeça.

— Não, sua boba, você foi solta. – Tainá disse animadamente, fazendo Carol abrir a boca e um enorme sorriso seguir o gesto.

— O quê? – Ela perguntou, vendo Tainá assentir. A garota pulou súbitamente no pescoço de Tainá em um abraço impulsivo, porém logo se afastou.

— Desculpe. -- Ela disse rindo.

— Está tudo bem. – Tainá respondeu gentilmente com o sorriso ainda esboçado em seu rosto.

— Eu trouxe algumas roupas suas, desde que você me deu as chaves de seu apartamento para isso. Vista-as, com certeza terá imprensa lá fora, eles vivem me seguindo agora que sabem que sou eu a responsável pelo seu caso. – Tainá disse e Carol assentiu.

— Só preciso resolver uma coisa antes. – Ela disse antes de se afastar um pouco de Tainá para colar o rosto na grade.

— Hey! – Carol gritou para a policial que a levou. — Preciso buscar minhas coisas pessoais.

— A sua advogada disse que não precisava. Agora que saiu não pode voltar, precisa vir no dia de visitas.

— Como assim? – Carol indagou surpresa. — Tainá?

— Uh, foi você que disse que não iria querer suas coisas daqui quando saísse. – Tainá disse meio confusa, como se tivesse feito algo de errado.

— Não quero mesmo, só preciso voltar lá. Pode me ajudar com isso?

— Infelizmente não. Eu sou a sua advogada. Para visitar alguém eu precisaria pedir o caso. – Tainá disse apenada.

— Droga! – Carol resmungou baixinho.

— Vem cá. – A garota chamou a policial, que fez cara de poucos amigos, porém se aproximou da grade.

— Pode me fazer um favor?

— Não estou aqui para isso. – Ela disse seriamente e Carol baixou o tom de voz, se lembrando que aquela era uma das garotas que Alex comprava, ou seja, ela gostava de dinheiro.

— Te dou dois mil dólares se mandar um bilhete para uma pessoa. – Carol disse baixinho, não deixando nem Tainá escutar.

— E no dia de visitas voltarei e darei mais dois mil se o recado tiver sido realmente dado. – A policial arregalou os olhos pela quantidade de dinheiro envolvida e assentiu com a cabeça, fazendo Carol sorrir.

Presa Por Acaso | BabitanOnde histórias criam vida. Descubra agora