Carol sentia seu corpo inteiro exausto assim que desceu do elevador com todas aquelas bolsas na mão em plena dez e meia da noite. Bárbara havia insistido para comprar aos poucos, porém Carol estava maravilhada com o fato de poder comprar várias roupas para Bárbara devido ao preço baixo, afinal Bárbara insistia em devolver todo o dinheiro.
Ela deixou as sacolas no chão apenas para enfiar a chave na porta e a abrir, voltando a pegar as sacolas. Entrou em seu apartamento e soltou as bolsas no chão novamente, dando espaço para Bárbara entrar. De repente ela percebeu que havia se mudado havia poucos dias e enrubesceu.
— Desculpe as caixas amontoadas no quarto que você vai ficar. – Pediu enquanto fechava a porta.
— É que me mudei esses dias e ainda não arrumei as coisas no lugar e não quis incomodar a Maria com isso.
— Maria? – Bárbara indagou.
— A senhora que contrato para limpar aqui. Ela vem todos os dias de manhã. – Explicou e Bárbara assentiu.
— De qualquer forma desculpe pelas caixas.
— Amor, não se desculpe. Esta é a sua casa e caso você não lembre eu estava presa. Passei os últimos três anos em um cubículo ligeiramente maior que o elevador desse lugar. – Bárbara disse rindo e Carol se aproximou dela, enlaçando os braços ao redor de seu corpo.
— De qualquer forma eu não deveria me desculpar mesmo. – Carol disse rindo.
— Acabei de lembrar que ofereci minha cama para você dormir comigo e você não quis, sua chata. – Ela falou deixando um bico enfeitar seu rosto.
— Você merece as caixas. – Bárbara riu graciosamente, enlaçando os braços ao redor do pescoço de Carol.
— Não quero me acostumar aqui e dormir com você vai me deixar subconscientemente preguiçosa e adaptada à sua casa e preciso arrumar um serviço urgentemente agora. – Falou.
— Não tem nada a ver. Eu dormia com você naquela cela e jamais me acostumaria a ela. – Carol falou e Bárbara riu, deixando um beijo estalado no rosto de sua namorada.
— Não discuta sobre a minha decisão.
— Não vou. – Carol avisou.
— Até porque estou exausta. Você me fez andar pelo shopping inteiro. Eu nunca comprei roupa em shoppings, são mesmo baratas. – Bárbara riu alto ao ouvir aquilo.
— Amor, o preço em shoppings é um absurdo. – Bárbara falou.
— É que você é teimosa, então entramos em um acordo de comprar lá mesmo, mas vou sofrer para te devolver tudo. – Falou e Carol entortou a sobrancelha.
— Quanto uma camisa deveria valer para você considerá-la barata? – Ela indagou.
— Só preciso reajustar meus parâmetros.
– Bárbara deu um leve tapa no braço de Carol antes de voltar a abraçá-la.
— Bem... bem menos do que você acha, com certeza. – Brincou e Carol franziu os olhos.
— Ah! – Exclamou. — Esqueci de mencionar, amanhã cedo precisarei ir trabalhar e de tarde resolver algo sobre a, hm, internação da minha mãe. – a Bárbara assentiu já completamente ciente da situação, Carol havia lhe explicado tudo enquanto comiam.
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Presa Por Acaso | Babitan
Fiksi Penggemar| + O que você faria se, por um golpe do destino, você fosse presa mesmo sendo inocente? Carolina Voltan Marzin não se assustou tanto quando foi mandada ao julgamento, afinal sua familia tinha a conta bancária transbordando dinheiro o suficiente pra...