Capítulo 44

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Carol sentia seu corpo inteiro exausto assim que desceu do elevador com todas aquelas bolsas na mão em plena dez e meia da noite. Bárbara havia insistido para comprar aos poucos, porém Carol estava maravilhada com o fato de poder comprar várias roupas para Bárbara devido ao preço baixo, afinal Bárbara insistia em devolver todo o dinheiro.

Ela deixou as sacolas no chão apenas para enfiar a chave na porta e a abrir, voltando a pegar as sacolas. Entrou em seu apartamento e soltou as bolsas no chão novamente, dando espaço para Bárbara entrar. De repente ela percebeu que havia se mudado havia poucos dias e enrubesceu.

— Desculpe as caixas amontoadas no quarto que você vai ficar. – Pediu enquanto fechava a porta.

— É que me mudei esses dias e ainda não arrumei as coisas no lugar e não quis incomodar a Maria com isso.

— Maria? – Bárbara indagou.

— A senhora que contrato para limpar aqui. Ela vem todos os dias de manhã. – Explicou e Bárbara assentiu.

— De qualquer forma desculpe pelas caixas.

— Amor, não se desculpe. Esta é a sua casa e caso você não lembre eu estava presa. Passei os últimos três anos em um cubículo ligeiramente maior que o elevador desse lugar. – Bárbara disse rindo e Carol se aproximou dela, enlaçando os braços ao redor de seu corpo.

— De qualquer forma eu não deveria me desculpar mesmo. – Carol disse rindo.

— Acabei de lembrar que ofereci minha cama para você dormir comigo e você não quis, sua chata. – Ela falou deixando um bico enfeitar seu rosto.

— Você merece as caixas. – Bárbara riu graciosamente, enlaçando os braços ao redor do pescoço de Carol.

— Não quero me acostumar aqui e dormir com você vai me deixar subconscientemente preguiçosa e adaptada à sua casa e preciso arrumar um serviço urgentemente agora. – Falou.

— Não tem nada a ver. Eu dormia com você naquela cela e jamais me acostumaria a ela. – Carol falou e Bárbara riu, deixando um beijo estalado no rosto de sua namorada.

— Não discuta sobre a minha decisão.

— Não vou. – Carol avisou.

— Até porque estou exausta. Você me fez andar pelo shopping inteiro. Eu nunca comprei roupa em shoppings, são mesmo baratas. – Bárbara riu alto ao ouvir aquilo.

— Amor, o preço em shoppings é um absurdo. – Bárbara falou.

— É que você é teimosa, então entramos em um acordo de comprar lá mesmo, mas vou sofrer para te devolver tudo. – Falou e Carol entortou a sobrancelha.

— Quanto uma camisa deveria valer para você considerá-la barata? – Ela indagou.

— Só preciso reajustar meus parâmetros.

– Bárbara deu um leve tapa no braço de Carol antes de voltar a abraçá-la.

— Bem... bem menos do que você acha, com certeza. – Brincou e Carol franziu os olhos.

— Ah! – Exclamou. — Esqueci de mencionar, amanhã cedo precisarei ir trabalhar e de tarde resolver algo sobre a, hm, internação da minha mãe. – a Bárbara assentiu já completamente ciente da situação, Carol havia lhe explicado tudo enquanto comiam.

Presa Por Acaso | BabitanOnde histórias criam vida. Descubra agora