— Estou ansiosa, sabe? Em pouquíssimos meses saio finalmente. – Maellen comemorou e Carol sorriu, olhando em volta.
Elas estavam na mini-arquibancada onde apenas Bárbara se sentava enquanto a maior havia ido ao banheiro. O dia estava ensolarado e já fazia quase dois meses que a menor estava presa e quanto mais tempo ali, mais curiosa ela ficava sobre Bárbara, mas não a pressionaria.
— Você também deveria estar. Faltam quatro meses. – Maellen disse sorrindo e Carol forçou um sorriso, assentindo.
— Estou, afinal verei minha sobrinha. – Carol disse, sorrindo, dessa vez, sinceramente.
— Olha só como nos olham. – Maellen disse olhando em volta.
— Como as rainhas do mundo. Céus! Eu nunca havia sentado aqui antes. – Falou animada e Carol riu.
— Acho que ninguém daqui, na verdade. A única pessoa que sentava aqui era a ex-amiga de Bárbara. – Carol franziu o cenho.
— Ex-amiga? – Carol perguntou confusa.
— Sim, a ex líder. – Maellen explicou e Carol a olhou surpresa.
— Bárbara derrotou a própria amiga? – Carol perguntou e Maellen deu de ombros.
— Não se surpreenda com algo assim, estamos na cadeia. – Maellen disse, porém Carol ficou ainda mais intrigada. Bárbara disse que não queria amigos aqui dentro. Seria culpa?
— Séria assim por quê? – Bárbara perguntou, fazendo Carol negar com a cabeça e sorrir fraco. A maior suspirou e subiu na mini-arquibancada, sentando-se ao seu lado.
— Não ficou contente com o que fizemos mais cedo?
— Muito. Obrigada. – Carol disse, deitando a cabeça em seu ombro.
— Eu estava com saudades de falar com ela.
— Falaram em um celular? – Maellen perguntou chocada e Bárbara olhou em volta, verificando seu não havia policiais por perto.
— Vocês são doidas. Carol, você está prestes a sair, não deveria arriscar.
— Eu não deixaria ela levar a culpa. – Bárbara disse solenemente.
— E é melhor não tocarmos nesse assunto, não quero dar brecha para alguém nos ouvir. – Avisou.
— Olha só o que eu trouxe para nós. – Falou, retirando de baixo de sua blusa um cacho de uvas roxas.
— Como conseguiu? – Carol perguntou erguendo a cabeça, vendo Bárbara retirar uma uva do cacho e levar até a boca da menor.
— Sem perguntas. – Ela disse, dando um selinho em Carol assim que ela capturou a fruta entre seus dentes.
— Chata. – Carol disse rindo, mastigando e engolindo a fruta antes de passar dois braços ao redor do pescoço de Bárbara e apoiar seus seios no braço dela.
— Mais uma. – Pediu, abrindo a boca e Bárbara riu, levando mais uma fruta até seus lábios.
A menor segurou a fruta entre seus dentes e a direcionou até a boca de Bárbara, fazendo a maior roubá-la e comê-la. Carol sorriu e pincelou seu nariz no de Bárbara antes de apoiar sua testa na dela.
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Presa Por Acaso | Babitan
Фанфик| + O que você faria se, por um golpe do destino, você fosse presa mesmo sendo inocente? Carolina Voltan Marzin não se assustou tanto quando foi mandada ao julgamento, afinal sua familia tinha a conta bancária transbordando dinheiro o suficiente pra...