— Pa-ra. – Carol, que já estava vestida e pronta, parou na porta do quarto onde Bárbara estava com Sophia ao ouvir Bárbara falando.
— Paa-laa. – A garotinha repetiu com muito esforço, tendo o riso suave de Bárbara como resposta.
— Pa-ra. Rrra-ra. – Deu ênfase no erre que não saia da criança, ouvindo um suspiro em resposta.
— Eu não sei. Cansei. – Sophia disse, fazendo Carol rir internamente e se encostar na parede do lado de fora.
— Não consigo e você vai ficar bava.
— Hey, não seja impaciente, tudo bem? – Bárbara disse e Carol espiou pela brecha da porta a maior agachada no chão enquanto penteava os cabelos da garota que estava sentada sobre a cama.
— Nenhuma semente vira árvore da noite para o dia. – Avisou brandamente.
— Você planta uma semente e com cuidado diário e muita paciência ela cresce e vira uma linda árvore, não de repente.
— Eu sou igual uma árvore? – A criança perguntou e Bárbara sorriu amplamente, fazendo Carol cruzar os braços esperando pela resposta da maior.
— Todos nós somos como uma árvore em crescimento. – Bárbara disse
— Por isso temos que tratar todos com muito carinho e nunca falar coisas feias para as pessoas. – Ela disse terminando de arrumar o cabelo da garota e deixando a escova sobre a cama antes de puxá-la para perto e plantar um beijo em sua testa.
— Palavras feias podem machucar as pessoas e, bem, seria o mesmo que que arrancar várias folhas de uma linda árvore enquanto ela floresce.
— Então... Eu peciso apender devagar e você plecisa ter muito calma, está bem? – Sophia perguntou.
— Para não machucar as minhas folhas. – Carol suspirou bobamente com um sorriso encantado nos lábios ao ver Bárbara conversar pacientemente com sua sobrinha.
— Eu jamais machucaria as suas folhas. – Bárbara disse, se levantando.
— Nem as da titia? – Bárbara negou com a cabeça, estendendo uma mão para a criança, que segurou a mesma e ficou em pé na cama, rindo quando Bárbara a levantou e a embalou em seus braços para morder de leve sua barriga.
— Nem as da sua tia. – Replicou docemente conforme ria.
— Agora vamos lá porque você tem que começar com a pré-escola e eu preciso ir nessa entrevista agora.
— Se você conseguir esse emplego me compa um sorvete? – Sophia perguntou e Bárbara assentiu.
— Compro, mas você precisa continuar praticando o seu erre. Nada de desistir fácil, hm?
— Combinado. – Sophia disse abraçando Bárbara e fazendo uma careta ao ver Carol do lado de fora da porta.
— Hey, a titia está escutando escondido. Deve ficar de castigo. – Alertou Bárbara, que virou sua cabeça apenas para ver Carol rir com a expressão culpada antes de entrar no quarto com as mãos para o alto.
— Tudo bem, vocês me descobriram. – Falou rindo, soltando um gritinho agudo ao sentir um braço de Bárbara a puxar para si.
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Presa Por Acaso | Babitan
Fanfiction| + O que você faria se, por um golpe do destino, você fosse presa mesmo sendo inocente? Carolina Voltan Marzin não se assustou tanto quando foi mandada ao julgamento, afinal sua familia tinha a conta bancária transbordando dinheiro o suficiente pra...