Maratona 4/5
(...)
— E aí a Scar ganhou a última cicatriz dela. – Maellen contava enquanto a água caía sobre elas. Tomavam banho cercada de várias outras detentas, tendo Maellen explicando sobre seu primeiro dia na prisão.
— Ela te defendeu sem te conhecer? – Carol perguntou verdadeiramente confusa.
— Ela tinha comido comigo nesse dia mais cedo e eu lhe ofereci o leite, já que não gosto. Acho que viramos amigas pelo brilho nos olhos dela quando aceitou o leite. – Maellen disse rindo baixinho.
— Não entendo para que toda essa agressividade aqui dentro. – Carol disse suspirando e Maellen assentiu.
— Mas dessa vez foi sem querer. – Maellen explicou. — Elas não iriam me agredir, só estavam me chamando de trator ou porca e rindo da forma como eu dou risada às vezes. – Maellen disse um tanto desconfortável. — Como se eu tivesse culpa. – Falou desligando o chuveiro. — E a Scar não gostou.
— Não ligue para elas, eu acho fofo sua risada e Bárbara também. – Carol disse e Maellen riu, soltando seu tão conhecido ruído pelo nariz e boca.
— Quando você adiciona a parceira até em uma conversa dessa você já deveria encomendar o anel. – Maellen disse rindo. — Você pensa nela o dia todo, não é? – Carol mordeu o lábio inferior antes de abaixar o tom de voz.
— Eu, hum, penso bastante. -- Confessou ruborizando.
— Não precisa corar, amiga. Core só quando me disser algo que eu não saiba, tudo bem? – Maellen disse rindo, retirando o plástico de proteção da toalha antes de usá-la.
— Hmm, é que eu não deveria deixar-me sentir nada por ela. – Carol falou, afundando o rosto entre a água e fechando os olhos para protegê-los da mesma. — Mas não é como se desse para controlar, sabe? Dividimos a mesma cela e ela faz coisas tão doces por mim.
— Ninguém manda no coração, Carol. – Maellen disse. — Essas pessoas que se afastam de alguém por medo de sofrer acabam sofrendo também em seus próprios interiores.
— Sentir algo por ela não me trará nada de bom, Maellen. –Carol disse tristemente. — Agora pode até ser tudo lindo caso ela corresponda, mas e lá na frente? E quando uma de nós sair daqui? Eu corro o risco de ficar vinte e dois anos aqui se tudo der errado, não quero ela tendo que perder a vida vindo me ver, tendo que ser revistada de forma... hm, íntima, sabe?
— Mas se tudo der certo você sai em seis meses. – Maellen disse positivamente e Carol suspirou.
— E ela em dois anos. Quer dizer, não temos futuro juntas. – Carol disse e Maellen sorriu tristemente.
— Não esperaria por ela?
— Esperaria. – Carol disse sinceramente. — É claro que eu esperaria, mas conheço a Bárbara o suficiente para saber que ela não admitiria esse tipo de vida para mim. Ela terminaria seja lá o que tivéssemos.
— Então o que fará? – Maellen perguntou e Carol deu de ombros.
— Não há nada a se fazer. Não consigo ficar perto dela sem beijá-la e não vou fugir disso, nem conseguiria. – Confessou rindo fraco. — Mas já sei o fim dessa história e já me prevejo triste nele.
— E então a Scar me disse isso. – Maellen disse rindo alto, fazendo Carol franzir o cenho confusa.
— O que... – Carol se calou quando sentiu um par de braços abraçá-la por trás e logo percebeu que Maellen havia disfarçado.
— Posso me juntar a você? – Bárbara perguntou, se afastando apenas para retirar sua roupa. Maellen riu baixinho e piscou para Carol.
— Já terminei meu banho mesmo, então estou indo. Até mais, meninas. –Maellen disse e Carol corou ante ao olhar malicioso e sugestivo de Maellen.
Era óbvio que não fariam nada, até porque não estavam sozinhas ali.
— Eu já estava de saída. – Carol disse e Bárbara riu, se enfiando em baixo do chuveiro com ela sem falar nada.
— Você está corada por me ver nua? Você não corava antes... Ao contrário, ainda encarava meus seios descaradamente. – Bárbara disse rindo e Carol sorriu, saindo de baixo do chuveiro para deixar Bárbara começar a se lavar.
— Antes eu não podia te tocar. – Carol falou mais baixo. — Agora sei que você quer tanto quanto eu e, bem, ver você nua... – Seus olhos acompanharam as mãos de Bárbara percorrendo seu corpo enquanto se ensaboava. Carol engoliu em seco e desligou o chuveiro, vendo Bárbara lhe olhar confusa. — Para não gastar água a toa, sabe? – Disse rindo sem graça e Bárbara assentiu.
— E então... o que dizia? – Bárbara disse provocando e Carol riu, estreitando os olhos.
— Que eu malicio e, mesmo sem querer, é inevitável não desejar você. – Carol disse, vendo Bárbara lavar suas partes baixas antes de voltar a abrir o chuveiro para se enxaguar.
— Vai ficar com frio aí. – Bárbara disse, puxando Carol para seus braços, fazendo seus seios baterem um pouco acima dos dela. — Melhor aqui, hm? Mais quentinho... – Bárbara disse, se inclinando para dar um selinho em Carol.
— Você e eu estamos nuas, Bárbara... – Carol sussurrou, olhando em volta. — Ficar me abraçando e usando esse tom rouco de voz não me faz feliz.
— Não faz? – Bárbara perguntou arqueando uma sobrancelha e Carol mordeu o lábio inferior ao sentir os dedos suaves e molhados da maior deslizando por suas costas.
— Não aqui. – Carol se explicou, prendendo o lábio inferior de Bárbara entre seus dentes. — Onde eu não posso fazer nada além de me excitar vergonhosamente. – A maior sentiu seu corpo acender diante do som arrastado que emanou de Carol em sua fala.
Você tem só mais cinco meses aqui... – Bárbara sussurrou contra os lábios de Carol. — Então deveria não usar esse tom sexy para falar comigo... – Ela disse e Carol prendeu os braços ao redor de seu pescoço. — Se não eu não me responsabilizo por me comportar até lá.
— Eu não quero que se comporte... – Carol falou, erguendo ligeiramente a ponta dos pés para mordiscar o lóbulo da orelha de Bárbara antes de se afastar bruscamente. — Quero que tome logo esse bendito banho e me encontre na cela. – Bárbara sentiu seu coração acelerar e respirou fundo, mordendo seu lábio inferior.
— Tem certeza? – Bárbara perguntou Carol maliciosamente , pegando uma das toalhas e abrindo a embalagem.
— Você que tem que ter. – Ela disse, envolvendo a toalha ao redor de seu corpo. — Afinal, dessa vez você não poderá usar a desculpa de que tenho que ir para a enfermaria. – Carol concluiu, mandando um beijo no ar antes de ir em direção a porta. Bárbara riu graciosamente; adorava aquele jeito espontâneo e sexy de Carol. Definitivamente adorava. —Tem certeza? – Bárbara indagou e Carol sorriu maliciosamente, pegando uma das toalhas e abrindo a embalagem.
Eitaa 👀👀
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Presa Por Acaso | Babitan
Fanfiction| + O que você faria se, por um golpe do destino, você fosse presa mesmo sendo inocente? Carolina Voltan Marzin não se assustou tanto quando foi mandada ao julgamento, afinal sua familia tinha a conta bancária transbordando dinheiro o suficiente pra...