As línguas se encontravam com fervura, com ansiedade, com sincronia enquanto as garotas estavam naquela cama. Haviam passado a manhã inteira se beijando e só pararam para o almoço, realização da higiene bucal e logo voltaram para a cama de Carol voltando a se enroscarem uma na outra.
- Sua pele é tão macial... - Bárbara murmurou, acariciando a pele da barriga de Carol por baixo da camisa. A menor resfolegou e arrastou as unhas da mão esquerda na nuca de Bárbara.
- Está calor aqui ou é só impressão minha? - Carol perguntou, vendo o sorriso de Bárbara se abrir. Seus olhos analisaram a vermelhidão dos lábios da maior e o inchaço e presumiu que os seus não deveriam estar diferente.
- Muito calor. - Bárbara replicou, descendo a mão que estava na barriga de Carol para as costas dela, apertando a carne da região com vontade. Carol sentia seu coração acelerado bater contra seu peito enquanto apertava com a mão livre a bunda de Bárbara, já que a mior estava por cima dela.
- Caralho, garota... - Bárbara murmurou em um quase gemido. - Não me provoca desse jeito.
- Provoco sim. - Carol disse, soltando uma risadinha provocante. - Se está aqui há três anos e nunca ficou com ninguém... - Ela sussurrou arrastando os dentes no pescoço de Bárbara antes de deixar um beijo provocante contra sua pele. - Deve estar sedenta por sexo...
- Na verdade não. Me acostumei! - Bárbara respondeu e Carol arqueou uma sobrancelha.
- Você vai gozar tão rapidinho... - Carol falou, distribuindo beijos pelo pescoço de Bárbara. - Tão gostoso...
- Carol... - Bárbara gemeu baixinho sentindo sua respiração pesar ainda mais. - Para de provocar. - Pediu. Gemeu um pouco mais alto quando sentiu a perna esquerda de Carol pressionar a sua intimidade. Bárbara olhou para além das grades apenas para ver se ninguém olhava ou se não havia policiais.
- Que tal a gente colocar aquele lençol nas grades, hm? - A menor provocou e Bárbara pegou suas duas mãos, as prendendo ao lado de sua cabeça enquanto distribuía beijos pela clavícula de Carol.
- Você quer mesmo transar com uma praticamente desconhecida? - Bárbara perguntou e Carol riu.
- Ah! Como eu quero! - Carol proferiu, mordendo o lábio inferior ao sentir uma mão de Bárbara descer para seu seio, por cima da camisa, antes de apertá-lo com carinho.
- É uma pena então você precisar ir trabalhar com a médica. - Bárbara falou, dando um demorado selinho em seus lábios antes de se sentar na cama. - Está na hora de você ir, Carol. - Caro abriu a boca sem reação.
Realmente precisava ir, mas se via em uma situação complicada onde sua calcinha estava encharcada e sua intimidade pulsando devido à troca de carícias quentes com Bárbara.
- Argh! Inferno! - Carol vociferou, se sentando atrás de Bárbara antes de envolver os braços ao redor do seu corpo. - Não quero ir. - Carol choramingou, distribuindo beijos pelo pescoço de Bárbara até chegar no lóbulo de sua orelha. - Mas preciso. - Sussurrou, fazendo Bárbara assentir.
- Eu sei. - Bárbara disse e Carol suspirou.
- Desculpe. - Carol pediu fazendo uma careta.
- Não se preocupe. Temos mais alguns meses dentro dessa cela. - Bárbara disse sorrindo compreensiva e Carol assentiu, se levantando.
- Pode me responder algo que eu esqueci de perguntar? - Carol indagou e Bárbara a fitou, esperando sua pergunta. - Como sabia que Milena me disse que você não gosta de encarar? - Perguntou.
E lá estavam as perguntas cujas quais Bárbara não queria responder. A verdade é que Bárbara não teria problemas em responder as perguntas de Carol, entretanto, eram demasiadas perguntas e, como Bárbara sabia que Carol era inteligente, tinha medo dela ir encaixando o quebra-cabeça.
Carol não parecia alguém que traria problemas para Bárbara, mas e se descuidadamente ela contasse para alguém? Bárbara tinha mais dois anos ali e sabia que se soubessem a verdade ela passaria a apanhar todos os dias até sair finalmente daquele imferno.
- Ela é minha amiga. Me conhece e sabe que é verdade. - Bárbara respondeu friamente, lendo no olhar de Carol que ela não havia engolido aquela história.
- Sabe, eu queria mesmo saber porque você se importou em me proteger. - Carol comentou e Bárbara assentiu, umedecendo os lábios antes de se levantar e ficar cara a cara com Carol.
- Já conversamos sobre isso. - Bárbara falou, e Carol colocou um bico triste nos lábios, abraçando a cintura de Bárbara.
- Você disse que eu sou destemida como sempre. Seja sincera... Você me conheceu fora daqui? - Carol perguntou e Bárbara riu da insistência da menor.
Responder aquilo não seria problema, mas quanto mais peças Bárbara entregava à Carol, mais visível ficaria a imagem toda.
- O que eu faço com você, hum? - Bárbara perguntou rindo e Carol sorriu amplamente.
- Eu tenho um leque de sugestões... - Carol disse sugestivamente alçando as duas sobrancelhas.
- Você vai se atrasar. - Bárbara disse, sentindo Carol dar de ombros.
- Por favor, por favorzinho, Bárbara. - Carol insistiu. - Só responde sinceramente a minha pergunta.
- Que pergunta? - Bárbara se fez de desentendida e recebeu um tapa na bunda acompanhada de uma expressão séria de Carol.
- Você me conheceu fora daqui? - Bárbara suspirou e então finalmente se deu por vencida.
- Sim, Carol. - Bárbara disse. - Mais ou menos na verdade.
- Como assim? - Carol perguntou confusa.
- Bem, nós nunca fomos apresentadas. - Bárbara explicou e Carol sorriu.
- Sabia! Eu teria me lembrado desses olhos. - Carol disse em um flerte e Bárbara sorriu.
- Agora vá. - Bárbara disse empurrando sutilmente Carol, que se segurou mais em Bárbara, negando com a cabeça.
- Só mais uma perguntinha. - Carol disse e Bárbara negou.
- Não, Carol. - Bárbara disse veemente.
- Por favor. - Carol insistiu. - Eu só preciso saber se você sabe sobre, hm, a minha condição financeira. - Carol perguntou e Bárbara lhe fitou.
- Sim. Sei que é podre de rica. - Bárbara assumiu e Carol a olhou confusa, se afastando um pouco dela. - O que foi?
- Na-nada. - Carol respondeu com uma expressão decepcionada no rosto.
- Então por que está me olhando assim? - Bárbara perguntou confusa.
- Eu sei que, pelo pouco que eu conheço de você, não parece que seja, mas, hm, por favor não se ofenda...
- Fala logo! - Bárbara exigiu.
- Você me proteger ou, hm, fica comigo não teria nada a ver com meu... meu dinheiro, não é? - Bárbara a olhou friamente. - Não me interprete mal, eu só não sei nada sobre você, mas ainda acho que o dinheiro não tenha influenciado você a...
- Dê o fora daqui. - Bárbara não gritou, porém sua fala foi rude ao ponto de Carol ter se sentido extremamente mal.
- Eu não quis...
- Você é realmente estúpida ao ponto de perguntar à alguém se ele está interessado no seu dinheiro? Que tipo de pessoa responderia "sim" ? - Bárbara se exaltou e Carol se encolheu. - Vá atrás daquela médica, Carol. Sai! - Bárbara disse irritada e Carol negou.
- A cela também é minha. - Falou. Queria se desculpar com Bárbara, falou sem pensar. Só queria descobrir o motivo dela ajudá-la sem querer nada em troca.
- Ótimo. Então fique aí com ela. - A maior falou, se esquivando de Carol para sumir entre o corredor. A menor suspirou, sabendo que precisava ir até a enfermaria, mas também estando ciente de que foi uma completa idiota e infeliz em sua pergunta.
Calma que logo logo vocês iram entender tudo. Votem por favor :)
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Presa Por Acaso | Babitan
Fanfic| + O que você faria se, por um golpe do destino, você fosse presa mesmo sendo inocente? Carolina Voltan Marzin não se assustou tanto quando foi mandada ao julgamento, afinal sua familia tinha a conta bancária transbordando dinheiro o suficiente pra...