Capítulo 17

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As línguas se encontravam com fervura, com ansiedade, com sincronia enquanto as garotas estavam naquela cama. Haviam passado a manhã inteira se beijando e só pararam para o almoço, realização da higiene bucal e logo voltaram para a cama de Carol voltando a se enroscarem uma na outra.

- Sua pele é tão macial... - Bárbara murmurou, acariciando a pele da barriga de Carol por baixo da camisa. A menor resfolegou e arrastou as unhas da mão esquerda na nuca de Bárbara.

- Está calor aqui ou é só impressão minha? - Carol perguntou, vendo o sorriso de Bárbara se abrir. Seus olhos analisaram a vermelhidão dos lábios da maior e o inchaço e presumiu que os seus não deveriam estar diferente.

- Muito calor. - Bárbara replicou, descendo a mão que estava na barriga de Carol para as costas dela, apertando a carne da região com vontade. Carol sentia seu coração acelerado bater contra seu peito enquanto apertava com a mão livre a bunda de Bárbara, já que a mior estava por cima dela.

- Caralho, garota... - Bárbara murmurou em um quase gemido. - Não me provoca desse jeito.

- Provoco sim. - Carol disse, soltando uma risadinha provocante. - Se está aqui há três anos e nunca ficou com ninguém... - Ela sussurrou arrastando os dentes no pescoço de Bárbara antes de deixar um beijo provocante contra sua pele. - Deve estar sedenta por sexo...

- Na verdade não. Me acostumei! - Bárbara respondeu e Carol arqueou uma sobrancelha.

- Você vai gozar tão rapidinho... - Carol falou, distribuindo beijos pelo pescoço de Bárbara. - Tão gostoso...

- Carol... - Bárbara gemeu baixinho sentindo sua respiração pesar ainda mais. - Para de provocar. - Pediu. Gemeu um pouco mais alto quando sentiu a perna esquerda de Carol pressionar a sua intimidade. Bárbara olhou para além das grades apenas para ver se ninguém olhava ou se não havia policiais.

- Que tal a gente colocar aquele lençol nas grades, hm? - A menor provocou e Bárbara pegou suas duas mãos, as prendendo ao lado de sua cabeça enquanto distribuía beijos pela clavícula de Carol.

- Você quer mesmo transar com uma praticamente desconhecida? - Bárbara perguntou e Carol riu.

- Ah! Como eu quero! - Carol proferiu, mordendo o lábio inferior ao sentir uma mão de Bárbara descer para seu seio, por cima da camisa, antes de apertá-lo com carinho.

- É uma pena então você precisar ir trabalhar com a médica. - Bárbara falou, dando um demorado selinho em seus lábios antes de se sentar na cama. - Está na hora de você ir, Carol. - Caro abriu a boca sem reação.

Realmente precisava ir, mas se via em uma situação complicada onde sua calcinha estava encharcada e sua intimidade pulsando devido à troca de carícias quentes com Bárbara.

- Argh! Inferno! - Carol vociferou, se sentando atrás de Bárbara antes de envolver os braços ao redor do seu corpo. - Não quero ir. - Carol choramingou, distribuindo beijos pelo pescoço de Bárbara até chegar no lóbulo de sua orelha. - Mas preciso. - Sussurrou, fazendo Bárbara assentir.

- Eu sei. - Bárbara disse e Carol suspirou.

- Desculpe. - Carol pediu fazendo uma careta.

- Não se preocupe. Temos mais alguns meses dentro dessa cela. - Bárbara disse sorrindo compreensiva e Carol assentiu, se levantando.

- Pode me responder algo que eu esqueci de perguntar? - Carol indagou e Bárbara a fitou, esperando sua pergunta. - Como sabia que Milena me disse que você não gosta de encarar? - Perguntou.

E lá estavam as perguntas cujas quais Bárbara não queria responder. A verdade é que Bárbara não teria problemas em responder as perguntas de Carol, entretanto, eram demasiadas perguntas e, como Bárbara sabia que Carol era inteligente, tinha medo dela ir encaixando o quebra-cabeça.

Carol não parecia alguém que traria problemas para Bárbara, mas e se descuidadamente ela contasse para alguém? Bárbara tinha mais dois anos ali e sabia que se soubessem a verdade ela passaria a apanhar todos os dias até sair finalmente daquele imferno.

- Ela é minha amiga. Me conhece e sabe que é verdade. - Bárbara respondeu friamente, lendo no olhar de Carol que ela não havia engolido aquela história.

- Sabe, eu queria mesmo saber porque você se importou em me proteger. - Carol comentou e Bárbara assentiu, umedecendo os lábios antes de se levantar e ficar cara a cara com Carol.

- Já conversamos sobre isso. - Bárbara falou, e Carol colocou um bico triste nos lábios, abraçando a cintura de Bárbara.

- Você disse que eu sou destemida como sempre. Seja sincera... Você me conheceu fora daqui? - Carol perguntou e Bárbara riu da insistência da menor.

Responder aquilo não seria problema, mas quanto mais peças Bárbara entregava à Carol, mais visível ficaria a imagem toda.

- O que eu faço com você, hum? - Bárbara perguntou rindo e Carol sorriu amplamente.

- Eu tenho um leque de sugestões... - Carol disse sugestivamente alçando as duas sobrancelhas.

- Você vai se atrasar. - Bárbara disse, sentindo Carol dar de ombros.

- Por favor, por favorzinho, Bárbara. - Carol insistiu. - Só responde sinceramente a minha pergunta.

- Que pergunta? - Bárbara se fez de desentendida e recebeu um tapa na bunda acompanhada de uma expressão séria de Carol.

- Você me conheceu fora daqui? - Bárbara suspirou e então finalmente se deu por vencida.

- Sim, Carol. - Bárbara disse. - Mais ou menos na verdade.

- Como assim? - Carol perguntou confusa.

- Bem, nós nunca fomos apresentadas. - Bárbara explicou e Carol sorriu.

- Sabia! Eu teria me lembrado desses olhos. - Carol disse em um flerte e Bárbara sorriu.

- Agora vá. - Bárbara disse empurrando sutilmente Carol, que se segurou mais em Bárbara, negando com a cabeça.

- Só mais uma perguntinha. - Carol disse e Bárbara negou.

- Não, Carol. - Bárbara disse veemente.

- Por favor. - Carol insistiu. - Eu só preciso saber se você sabe sobre, hm, a minha condição financeira. - Carol perguntou e Bárbara lhe fitou.

- Sim. Sei que é podre de rica. - Bárbara assumiu e Carol a olhou confusa, se afastando um pouco dela. - O que foi?

- Na-nada. - Carol respondeu com uma expressão decepcionada no rosto.

- Então por que está me olhando assim? - Bárbara perguntou confusa.

- Eu sei que, pelo pouco que eu conheço de você, não parece que seja, mas, hm, por favor não se ofenda...

- Fala logo! - Bárbara exigiu.

- Você me proteger ou, hm, fica comigo não teria nada a ver com meu... meu dinheiro, não é? - Bárbara a olhou friamente. - Não me interprete mal, eu só não sei nada sobre você, mas ainda acho que o dinheiro não tenha influenciado você a...

- Dê o fora daqui. - Bárbara não gritou, porém sua fala foi rude ao ponto de Carol ter se sentido extremamente mal.

- Eu não quis...

- Você é realmente estúpida ao ponto de perguntar à alguém se ele está interessado no seu dinheiro? Que tipo de pessoa responderia "sim" ? - Bárbara se exaltou e Carol se encolheu. - Vá atrás daquela médica, Carol. Sai! - Bárbara disse irritada e Carol negou.

- A cela também é minha. - Falou. Queria se desculpar com Bárbara, falou sem pensar. Só queria descobrir o motivo dela ajudá-la sem querer nada em troca.

- Ótimo. Então fique aí com ela. - A maior falou, se esquivando de Carol para sumir entre o corredor. A menor suspirou, sabendo que precisava ir até a enfermaria, mas também estando ciente de que foi uma completa idiota e infeliz em sua pergunta.

Calma que logo logo vocês iram entender tudo. Votem por favor :)

Presa Por Acaso | BabitanOnde histórias criam vida. Descubra agora