Bárbara chegou no apartamento de Carol completamente cansada. Fazia vários anos que não andava igual naquele dia, porém se sentia imensamente satisfeita por ter entregado o máximo de currículos que pôde.
Ela havia usado a chave que Maria lhe havia dado para entrar e, naquele momento, se jogou no sofá. Ela retirou seu calçado e olhou em volta. Carol realmente a amava, porque para colocar uma ex-presidiária em seu lar, deixá-la lá sozinha e com um bolo enorme de dinheiro na gaveta de sua cômoda deveria existir mesmo amor e, além de tudo, confiança.
Saber daquilo enchia o coração de Bárbara de alegria. Em toda a sua vida ela jamais ganhara créditos sem precisar dar algo em troca, uma garantia de que não estragaria as coisas. No mundo onde ela viveu a confiança era algo valioso e quase nulo, mas Carol depositou toda a sua em Bárbara e ela jamais decepcionaria a garota.
A maior riu de repente ao se lembrar de ter aberto a gaveta de manhã e se deparado com um montante maior do que ela ganhava em árduos cinco meses de trabalho. Carol definitivamente não tinha noção de quanto uma pessoa de classe baixa precisava.
Ela suspirou bobamente ao notar que já sentia saudades de sua namorada e não via a hora de poder abraçá-la novamente. Seus pensamentos foram cortados ao ouvir o som da chave na fechadura, algo que a fez sorrir instantaneamente e se sentar no sofá.
Alguns segundos mais tarde a porta foi aberta e por ela passou uma Carol que aparentava cansaço, carregando uma garota bem agasalhada, por já ser noite, em seus braços.
— Amor? – Carol chamou sem sequer olhar em volta, fechando a porta desajeitadamente. Assim que ela se virou para a frente ela sorriu, deixando seu olhar pousar em Bárbara.
— Precisa de ajuda? – Bárbara indagou, se levantando e indo até as duas garotas.
— Sim, mas primeiro deixa eu apresentar vocês pessoalmente... – Ela disse animada.
— Sophia, essa é a Bárbara. Bárbara essa é a minha sobrinha Sophia. Todas nós vamos morar juntas por um tempo, está bem? – Indagou à Sophia, vendo a garota assentir.
— Mas a Bárbala não pode roubar meus pilulitos. – Bárbara riu com vontade ao ouvir aquilo.
— Se eu não roubar seus pirulitos está tudo bem em viver comigo também? – Bárbara perguntou e Sophia assentiu.
— A titia disse que você não ronca igual a vovó. Então sim. – Dessa vez tanto Carol como Barbara riram.
— Hey, gatinha, preciso que corra até a porta do final do corredor e me espere lá. Você precisa de um banho que, infelizmente, não tivemos tempo de te dar hoje. – Carol disse e Sophia assentiu.
— Está tudo azedo. – Ela disse, sentindo sua tia colocá-la no chão.
— Espere na cama da titia que eu só vou pegar suas coisas. – Carol disse e Sophia assentiu, correndo para o local o qual Carol pediu.
— E então, em que precisa de minha ajuda? – Bárbara perguntou e Carol passou os braços ao redor de seu pescoço antes de plantar um beijo manso em seus lábios.
— Pode me ajudar com as coisas dela? Deixei no carro.
— Claro. – Bárbara disse e Carol sorriu agradecida.
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Presa Por Acaso | Babitan
Fanfic| + O que você faria se, por um golpe do destino, você fosse presa mesmo sendo inocente? Carolina Voltan Marzin não se assustou tanto quando foi mandada ao julgamento, afinal sua familia tinha a conta bancária transbordando dinheiro o suficiente pra...