Carol teve o resto do dia tranquilo na medida do possível, tomou seu banho sem ninguém incomodar, sequer vira Passos na quele horário e as outras detentas tampouco incomodaram, seu medo ainda se baseava em Alex. Ela sairia em poucos minutos da detenção e iria para a cela delas.
Carol se desencorajou da cama e se levantou quando viu que seria revistada. Tudo ocorreu bem e o horário chegou. O mesmo sorriso prepotente da noite anterior brincava nos lábios da garota.
— Sentiu minha falta? – Ela perguntou, se aproximando.
— Por favor, me deixe em paz. – Carol disse, um pouco mais temerosa do que gostaria. Estava cansada de lutar, no entanto, sabia que ainda tinha muito mais pela frente.
— Sabe que ficar em um quarto escuro por vinte e quatro horas não me agradou muito? – A mulher disse, vendo Carol se levantar e ir pro canto da parede.
— Eu não quis...
— Chega de conversa. – A garota disse, puxando Carol pela cintura com força. A menor tentou se soltar, mas a garota imobilizou suas mãos e precionou sua pélvis contra a menor, não deixando-a ser capaz de chutá-la. – Sua pele é muito macia. – A garota murmurou, distribuindo bejos pelo seu pescoço.
— Bárbara não gostaria disso. – Carol disse em seu ímpeto, fechando os olhos fortemente e, como num passe de mágica, a garota se afastou, a olhando confusa.
— O que ela tem a ver com isso? – Alex perguntou e Carol respirou fundo. Teria que dizer aquelas palavras em voz alta, seria estranho, primeiro porque teria que fazer parecer ser verdade, segundo porque não sabia até onde a outra sustentaria a mentira.
— Bem, ela me escolheu para, huh, ser a mulher, você sabe, dela. – Carol disse bastante hesitante, experimentando o sabor estranho daquelas palavras em sua boca e Alex estreitou os olhos.
— Desde quando?
— Esta tarde. – Disse firmemente e a outra passou a mão na nuca, parecendo um pouco desnorteada.
— Acha que tenho medo dela? – Alex perguntou e Carol negou rapidamente.
— Eu só, bem, estou te avisando. – Carol disse, vendo Alex a olhar ainda cética.
— Amanhã falarei com ela, mas se isso for uma mentira, espero que saiba que não serei carinhosa na noite de amanhã. – Carol assentiu e suspirou aliviada quando a outra subiu no beliche e se calou.
Deus que tivesse misericórdia dela, se descobrissem a mentira ela estaria em maus lençóis.
[...]
O corpo magro corria desesperado pera a cantina no dia seguinte, procurando pelos olhos castanhos. Assim que encontrou, foi em direção à Bárbara, se sentando na mesa sem pedir autorização.
— Você disse para eu dizer aquela merda, então por favor, não volte atrás em sua palavra, caso contrário eu estarei bem, bem, bem fodida. – Carol disse eufórica.
— Quem te mandou sentar? – Bárbara perguntou rudemente.
— Eu só... Só precisava falar com você antes da, huh, Alex. – Carol disse fitando suas mãos.
— Já falou. – Bárbara disse friamente e Carol suspirou, assentindo e se levantando.
— Desculpe, eu não quis te atrapalhar. – Ela pediu cabisbaixa.
— Esteja na minha cela no mesmo horário de ontem e deixe os outros saberem disso. Vá sorrindo. – Passos disse seriamente e Carol assentiu, indo para a fila.
— Hey, não teve problemas ontem à noite? – A voz fina de Maellen soou preocupada assim que parou atrás dela na fila.
— Não. – Carol disse, vendo Alex surgir na porta sa cantina.
Carol viu o exato momento em que ela marchou em direção à mesa de Bárbara e se debruçou sobre ela, apoiando as duas mãos na mesa.
Aparentemente aquela era a nova atração do lugar, porque Carol viu todos os pares de olhos voltados para as duas. Bárbara a olhou friamente antes de dizer algo que Carol não pôde ouvir devido à distância.
Alex pareceu irritada e Bárbara disse mais alguma coisa, fazendo Alex dar um soco na mesa. Bárbara se levantou e deu a volta na mesa, ficando cara a cara com Campbell. Ela disse algo com o minúsculo do maxilar enrijecido e Alex bufou antes de abaixar os olhos, assentir e ir a passos duros até a fila, ou seja, bem atrás de Maellen.
Carol viu Bárbara se aproximar dela e então sorrir. Caramba! era a primeira vez que via seu sorriso.
A menor não se atreveu a olhar para Maellen, afinal Alex estava bem atrás dela e não sabia o que ela tinha conversado com Bárbara.
A surpresa de Carol aconteceu quando sentiu um braço delicadamente se enlaçar em sua cintura antes de colar seus corpos. Era Bárbara.
Carol prendeu a respiração ao se atrever a olhar pra cima: Os olhos castanhos fixado nos verdes e um sorriso lindo brincando em seus lábios.
— Nos vemos mais tarde? – A voz rouca e sexy fez Carol engolir em seco e assentir, totalmente paralisada ante àquela visão.
Bárbara se iclinou e deixou sua boca a centímetros de distância da de Carol, fazendo seus narizes se tocarem e seus olhos mergulharem um no outro. A menor podia jurar que sentiu seu corpo tremer e seu coração disparar em seu peito.
— Então eu te espero na minha cela. – Bárbara disse ligeiramente mais baixo, apertando um pouco mais Carol contra seu corpo antes de se inclinar um pouco mais e relar seus lábios suavemente sobre os de Carol, em um selinho demorado.
A maior se afastou e Carol sentiu seu corpo inteiro tremer; ele ainda era capaz de sentir a chama que se acendeu em seu interior graças ao calor dos lábios macios de Bárbara.
— Menina, o que foi isso? – A pergunta de Maellen trouxe Carol de volta.
— Eu não sei. – Carol disse levemente desnorteada, se virando e olhando para Maellen com a expressão paralisada.
— Como não sabe? – Maellen perguntou confusa.
— Meio que desde ontem nós... Estamos juntas. — Carol falou, olhando para a figura de Bárbara, que se afastava enquanto olhares se abaixavam para não cruzar com o dela.
— Ela escolheu você? – Maellen perguntou retoricamente. — Uau, parabéns. Você é a primeira garota que ela arruma aqui dentro. Ela sempre renegou todas e eu só não achava que ela fosse heterossexual por causa do meu gaydar.
— Salada? – A mulher na frente delas perguntou e Carol assentiu.
— Espere! Você é tipo minha patroa agora? Porque se é a mulher da Passos e tudo que a Passos pede todas fazem, faram isso para você também. – Maellen deduziu.
— Oh céus, eu devo te chamar de senhorita?
— Você deveria calar a boca desse assunto e irmos comer. – Carol disse rindo, mas viu Maellen assentir freneticamente antes de fazer o que ela pediu .
Apesar da conversa que engatou com Maellen após isso, a única coisa que sua mente conseguia pensar era: O que Bárbara queria com ela mais tarde?
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Presa Por Acaso | Babitan
Fanfic| + O que você faria se, por um golpe do destino, você fosse presa mesmo sendo inocente? Carolina Voltan Marzin não se assustou tanto quando foi mandada ao julgamento, afinal sua familia tinha a conta bancária transbordando dinheiro o suficiente pra...