Carol caminhava de um lado para o outro ansiosa; estava morrendo de saudades de Bárbara, afinal mal tinha podido se despedir decentemente de sua namorada. Ela subiu as mangas de sua camisa branca social e ajeitou os cabelos. Será que deveria ter trocado de roupa antes de passar ali? E se Bárbara não se atraísse por ela vestindo social?
Negou com a cabeça e riu para si mesma. Bárbara não era esse tipo de garota, jamais se incomodaria com o tipo de roupa que ela usava. Não mesmo.
— Poderia se sentar? Está me deixando nervosa. – Tainá disse e Carol a fitou, rindo baixinho.
— Desculpe, é que estou ansiosa. – Ela disse esfregando as mãos em sua calça.
— Jura? Eu não poderia perceber isso se não tivesse me avisado. – Tainá foi irônica, fazendo Carol negar com a cabeça.
— Não use de sua ironia comigo. Você só está aqui para que eu não precisasse ficar nua na frente daquelas mulheres. – Tainá riu.
— Ou seja, eu vim segurar vela. – A loira iria dizer algo, entretanto o ruído da porta se abrindo fez Carol virar o rosto na mesma hora.
Seu sorriso morreu quando encontrou Milena com uma cara não tão boa.
— Por favor, não me diga que ela está com aquela frescura de que eu não deveria vir. – Carol pediu, vendo Milena se aproximar.
— Desculpe, mas ela não quer te ver.
— Por quê? – Carol indagou confusa e Milena riu com escárnio.
— Por quê? — Milena perguntou irritada.
— Como "por quê?" Você saiu sem mais nem menos. – Informou.
— Não deu nem um tchau, a abandonou. Aquele dia ela te esperou por horas. Se atreveu até a ir à enfermaria ver se você não estava por lá. – Milena falou, respirando fundo.
— Ela te procurou por todos os lados achando que tinham aprontado algo com você e quando disseram que você foi solta e que preferiu não vê-la...
— Ôh, ôh, ôh! – Carol disse, erguendo as mãos na frente de seu corpo ao ouvir o tom acusatório na voz de Milena.
— Primeiro que eu não sabia que eu sairia. Segundo que eu não tinha como avisá-la desde que jamais me avisaram que eu sairia e ela deveria deduzir isso. – Falou firmemente.
— E terceiro que eu dei dois mil dólares para uma policial apenas para ela lhe entregar um bilhete. – Milena se calou, a olhando surpresa.
— E pelo jeito a vadia não deu a ela meu bilhete. – Deduziu, respirando fundo.
— Você não... não a deixou? – Milena indagou, tentando comprovar que o que ouviu era real. Tudo não havia passado de um mal entendido.
— Como eu poderia? – Carol disse.
— Eu estou aqui, não estou? – Milena assentiu.
— Eu poderia estar em qualquer lugar do mundo, desfrutando da minha liberdade, mas ao invés disso estou bem aqui, em uma prisão no meio do nada, unicamente para vê-la. – Milena viu a forma como os olhos de Carol brilharam e como a ternura invadiu seu ser.
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Presa Por Acaso | Babitan
Fanfiction| + O que você faria se, por um golpe do destino, você fosse presa mesmo sendo inocente? Carolina Voltan Marzin não se assustou tanto quando foi mandada ao julgamento, afinal sua familia tinha a conta bancária transbordando dinheiro o suficiente pra...