Capítulo 27

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Carol havia procurado Bárbara por toda a prisão, porém só a encontrou na cela delas. Ela se encostou na parte que dividia sua cela com outra e deixou só a ponta de sua cabeça à vista, analisando Bárbara.
A maior estava entretida com alguns novos livros que havia chegado para ela aquele dia e sequer reparou que estava sendo observada. A menor respirou fundo e arrumou a postura.

— Toc Toc? – Ela disse e Bárbara ergueu a cabeça, fitando-a com um sorriso simples nos lábios. — Podemos conversar?

— Claro. – Bárbara disse sorrindo de canto e Carol se sentou em sua cama.

— Por que se senta no chão? – Carol perguntou.

— Não gosto de usar sua cama sem permissão.

— Não seja boba. Não gosto que se sinta desconfortável. Pode usar minha cama sempre que quiser. – Carol falou e Bárbara assentiu.

— Obrigada. – Disse. A menor umedeceu os lábios e apoiou os antebraços nas coxas ao ver que Bárbara permanecera no chão.

— Bem... Eu queria conversar sobre, u
hm, o que Maellen disse. – Seu rosto ganhou uma coloração mais avermelhada e Bárbara estacou no lugar.

— Não precisamos. – Bárbara disse e Carol assentiu.

— Sim, eu sei, mas eu quero. – Ela falou e Bárbara baixou a vista para seus livros, sentindo-se embaraçada.

— Pois bem, diga. – Bárbara disse e Carol fez uma careta.

— Isso está estranho. – Carol falou e Bárbara ergueu seu rosto, fitando-a.

— Demorou para perceber. – Bárbara disse e logo umedeceu os lábios.

— Eu disse que era melhor mantermos a distância e...

— O quê? – Carol perguntou e logo riu.

— Não. Não me refiro a nós. – Falou, se sentando no chão ao lado de Bárbara.

— E então? – A maior indagou.

— Me refiro à forma como estamos parecendo duas desconhecidas conversando. – Ela falou, retirando os livros do colo de Bárbara para então se sentar sobre ele.

— Gosto de ficar pertinho assim. – Falou com doçura e Bárbara sorriu timidamente.

— Gosta? – Questionou e Carol assentiu.

— Gosto muito. – Confessou e Bárbara sentiu suas mãos começarem a suar.

— Bárbara, eu acho, hum... Não! não acho... Eu sei... – Se corrigiu.

— Que eu estou...

— Maellen ficou lá fora sozinha? – A maior indagou e Carol ergueu a vista para ela rodeando os braços ao redor de seu pescoço.

— Eu estou apaixonada por você. – Carol disse, não dando espaço para Bárbara mudar de assunto.

— Muito. Caindo de amores. Sonho com seu cheiro e penso em você quando não está por perto. – Bárbara se remexeu inquieta embaixo dela.

— Você não deveria, Loirinha. – A voz de Bárbara não passou de um sussurro e Carol comprimiu os lábios, assentindo.

— É... Eu não deveria, eu sei. – Falou. – Mas me apaixonei. O que posso fazer?

— Tentar se afastar de mim. – Bárbara disse, abaixando os olhos. Sentiu um toque delicado erguer seu queixo antes de lábios macios tocarem os seus.

— Eu não quero me afastar de você. Estou apaixonada, não entende? Apaixonada. – Carol disse veemente ao separar-se do beijo casto.

— Quero todo o contrário, quero ficar perto de você o tempo inteiro.

Presa Por Acaso | BabitanOnde histórias criam vida. Descubra agora