Meu Guarda-Costas

capitulo 18

💕 Isabelle 💕

Estava bom de mais para ser verdade.
Estava tudo tão perfeito, tão bom. Porque este imbecil tinha que aparecer justo agora?
Maldição. Maldito seja você.
Amaldiçoou Demétrio de todas as formas possíveis, em meus pensamentos.

Ele consegue ser incoveniente até quando resolvo botar lhe um chifre daqueles.

Tanto eu quanto Mateo estamos imóveis na porta, olhando Demétrio sem entender o que diabos ele faz aqui.

__ Você está bem Isa? Não machucaram você? __ Ele pergunta se levantando.
Como é sínico este homem senhor.
Sério que ele quer que eu acredite nesta sua preocupação?

__ Estava, até cinco segundos atrás. __ Respondo tão seca quanto ao deserto do Saara.

__ É bom te ver também querida. __ Ele responde, sem esboçar reação.
Já voltando ao seu estado normal.
Como se fosse o dono do quarto ele vai se sentando novamente em "MEU" sofá, no "MEU" quarto de hotel. Seus sentimentos se foram rapidamente, más isso não me surpreende. Não é novidade ele ter um déficit deles.
O que me surpreende é sua presunção, se apoderando de meu quarto como se fosse seu. Como se estivesse-mos juntos.

Olho para Mateo, tentando entender o porquê meu marido está aqui. Apenas ele poderia me exclareçer isso. Já que Demétrio é o seu chefe, com certeza ele deva passar relatórios dos meus dias, ou alguma coisa parecida.

É claro que os últimos dias ele deva ter omitido algumas coisas. Ou quem sabe não.

Algumas coisas começam a passar em minha cabeça.
Será mesmo que estão em um complô juntos? Tudo para me humilhar.
Será possível que Mateo não foi em frente no carro, e quis vir para cá, pois sabia que Demétrio estaria aqui?

__ O que ele faz aqui? __ Pergunto a Mateo, e não para meu marido.

Mateo me olha sério, depois balança a cabeça.

__ Ainda estou aqui, não acha que pode fazer está pergunta para mim Isabelle? __ Demétrio pede. Más o ignoro.

__ Você quem chamou Demétrio aqui? Porque? Foi pelo que fiz no chalé, e o que ouve mais cedo? __ Seu silêncio me deixa irada. __ Porra responde Mateo? __ Grito perplexa.

__ Isabelle não chamei seu marido aqui,  consigo lidar com seu temperamento muito bem não acha. __ Ele responde, e eu fico tipo assim. Sem entender nada.
Lidar com meu temperamento? É sério isso?
Realmente, pensando melhor ele lidou muito, muitooo bem com meu " TEMPERAMENTO"

Os pensamentos me fazem sorrir.
E demérito percebe. Talvez deixamos transparecer coisas até de mais.

__ Tá rindo do que palhaça. __ Ele grita, alterado. Suas ofensas não me atingem, não mais. Idiota! Ele está tipo a uva, passou e nem notou.
Será que ele já percebeu as galhadas crescentes em sua cabeça? Por isso está tão nervosinho.
Sorrio de novo, com mais este pensamento.
Ele balança a cabeça, ignorando meu riso.  Isso sempre acontece. Podia aparecer nua na sua frente, e ele sempre me ignorava irritado.
Foda-se ele!
Tudo que eu quero é que ele evapore daqui imediatamente.

__ Não estou com saco para o seu mau humor, se veio aqui só para ferrar com o que resta da minha noite, vamos indo né. __ Repondo gesticulando o caminho da saída.

__ Não, eu não vou a lugar nenhum.

Sua resposta faz minha cara fechar, e a de Mateo também.
Depois desta conversa nada amigável, estas caras e bocas e esta torta de climão tenho certeza que assim como eu Mateo não faz a mínima ideia do que meu marido faz, ou pretende aqui.
Tem alguma coisa aí, e não estou gostando nada disso.
Demétrio não deixaria o Brasil, seu amado escritório e suas assistentes gostosas, apenas porque estava preocupado com minha segurança.

__ Se quiser saber ou perguntar algo senhor Solares, estarei em meu quarto. __ Mateo abre a porta do quarto extra já entrando nele, depois bate a porta me deixando aqui sozinha com este imbecil.

Revirei meus olhos deixando meu corpo cair na cama.
O que posso fazer?
Demétrio não sabe sair quando é indesejável.

Permaneço de olhos fechados, mesmo sem um pingo de sono. Tudo que queria era estar agora no quarto ao lado, nos braços de um homem de verdade. Más fazer o que, nem sempre as coisas saem como planejamos. Alguns minutos depois, sinto a cama se mechendo. Abro meus olhos e tenho a visão infernal do meu Marido de cuecas ao meu lado.
Olhando bem, não consigo entender como fiquei casada com ele tantos anos.
Ele é tão, tão sem sal.

__ O que você está fazendo? __ Pergunta incrédula com sua atitude. Faz o que? Uns dois anos que não dividimos a mesma cama, e agora do nada ele quer dormir comigo.

__ Quero acertar as coisas com você querida. Vamos esquecer tudo, ficarmos juntos. Ficarmos bem. __ Assim que as palavras saem da boca de Demétrio ouço algo caindo no quarto extra.

Mateo está nos ouvindo? Nos espionando? Será que ele está com ciúmes por estar aqui, sozinha com Demétrio?  E este imbecil ao meu lado, será que não ficou claro o que disse na última vez? Quero o divórcio, e não fazer as pazes.

Solto uma gargalhada tão grande, que certamente é audível até no último andar deste prédio.

__ Não seja ridícula Isabelle. __ Demétrio está furioso ao meu lado.

__ E você deveria limpar melhor seus ouvidos demérito.  O divórcio, lembra? É isso que eu quero. E quero pra ontem. __ Respondo firmemente. Bem alto para que Mateo, que está ouvido ao lado escute tudo.

__ Já disse Isabelle, prefiro ser viúvo do que divorciado. __ Ele responde tão ameaçador. Que chego a pensar se não é ele quem está mandando me Mater.
Não! Ele não seria capaz. Ele não é homem para isso. Bom, levando em conta que ele se tornou um homem irreconhecível de uns anos para cá, talvez eu não devesse duvidar.
Será que realmente conheço seus limites?

O pensamento me deixa nervosa.
Me levanto da cama rapidamente me colocando de pé a sua frente.

__ Não vou dividir nem a cama, nem o quarto com você. A única coisa que sinto por você é nojo. __ Digo já me afastando.
Ele se levanta. Me afasto mais ainda. Seus olhos irados me deixam com medo. Eles parecem mais um iceberg, são tão frios que me causam calafrios.

__ Vou dormir no sofá de Mateo, qualquer coisa é melhor que dividir o mesmo espaço com você.

__ Você está transando com seu Guarda-Costas Isabelle. __ Ele investiga.

__ Não seja idiota, não querer dividir o mesmo espaço com você não quer dizer que faça o mesmo que você. __ Minto descaradamente.

Entro no quarto de Mateo assim que a última palavra sai de minha boca. Bato a porta o deixando ali.
Não sei porque. Más me arrepiei inteira pelo modo que Demétrio olhava para mim.
Realmente me deu medo.
Era como se ele quisesse fazer acontecer agora sua ameaça.

Sinto os braços de Mateo envolvendo meu corpo, em um abraço confortante. Seus braços vão passando a segurança que preciso. Em alguns segundos minha respiração que estava acelerada vai se normalizando. Olho para trás vendo que Mateo que já estava preparado para tudo, com sua arma em mãos ele já parecia esperar por mim.
Ele passa seu braço esquerdo pelos meus ombros trancando a porta.

__ Estou começando a achar que não podemos confiar em seu marido Isabelle.