Meu Guarda-Costas

capitulo 71 "Mateo" " O resumo de tudo até o meu amor"

A polícia invadiu a casa tão rápido que mal tivemos reação.

Tudo que vi foi meu corpo sendo levado ao chão.

__ O que vocês estão fazendo? O que estão fazendo? Estão loucos.

Os gritos de Isabelle poderiam ser audíveis em mil quarteirão.

Ela estava desesperada.
E eu morrendo por dentro por vê-la assim.

__ Mateo você está preso pelo assassinato de Demétrio solares. Você tem o direito de permanecer calado, tudo que fizer e disser poderá e será usado contra você.

É, aquelas palavras fizeram nosso chão cair.
E eu, aqui, no Brasil, eu não podia falar nem fazer nada.
Tão pouco Mikael, neste momento não éramos nada, não tínhamos poder algum aqui.

Me arrastaram porta a fora ignorando os gritos de Isabelle que foi contida por Mikael.
Ela não podia fazer nada, neste momento o que precisavam eram manter a calma e juntar as provas necessárias para que este não seja o nosso fim.
O fim, do nosso tão sonhado felizes para sempre.

Me colocaram naquela carroceria apertada algemado pelas mãos e pés.
Não tenho autoridade, mais para minha ruína eles sabiam bem quem estava sendo preso ali.
Eles sabiam quem eu era, quem éramos, todos ali, e também do éramos capaz, que apenas uma palavra minha tudo aqui iria para os ares.
Afinal, aquelas poucas viaturas não eram o suficiente para nós.

Más não.
Um tiroteio com minha mulher grávida no meio mais uma vez não, está não era a saída.

Ligaram a viatura e fui vendo Isabelle em lágrimas diminuir e se afastar de mim.

Deus, por que tem que ser assim?
Porque não podemos ser feliz?

Eu me perguntava isso o caminho todo.
Será que escolher uma mulher proibido era o meu pecado e seria também a minha ruína o meu desgosto?

Não Mateo, você não pode pensar assim.
Eu repeti.
E repeti.
Isabelle nunca foi proibida, não para mim.
Desde o início ela eram infeliz eu também e foi isso que nos uniu, foi isso que a fez perfeita para mim.
Nós nos completamos, nos curamos um no outro.

E eu sei que ela não irá desistir.
E eu também não vou.

O camburão chegou na delegacia, me desceram dele como se estivessem lidando com um predador, com um animal feroz.

Na mesma hora a delegacia foi rodeada por repórteres, câmeras e mais câmeras querendo desesperadamente filmar
" O Assassino fuzilador "

É, isso mesmo.
A notícia já vazou, da mesma forma que vazou  que Demétrio e todos ali não morreram em um incêndio e sim foram mortos pelo tão fuzilador.

Depois de ser arrastado para longe dos repórteres acabei em uma sala pequena, com um delegado mal encarado, uma escrivã novata, e dezenas de soldados.

__ Assume Mateo, já sabemos que foi você.

- O delegado falou, berrou, bateu na mesa, jogou cadeira, se ele não tivesse me jogado em uma cela qualquer possivelmente ele morreria de infarto, meu silêncio o teria matado.

Ali, naquela cela escura e com tempo de sobra tive tempo para pensar, para raciocinar sobre tudo, tudo o que os meses eufóricos não me deixavam fazer, até hoje era como se eu estivesse em piloto automático.

Quando por fim relaxei sentado naquela cadeira de concreto duro, um filme se passou na minha cabeça.
Tudo, desde o início até então...

Minha vida sempre se resumiu a solidão.
Meu querido pai foi quem me fez ser assim.
Na verdade, eu até gostava. Ou achava que gostava.
Para um rapaz jovem, bonito e rico, baladas, mulheres e s£xo eram facilmente encontrados por aí.
Más e o amor?
Amar era algo impossível para mim.
Eu não sabia o que significava está palavra, eu nunca soube, até pensar que sabia com Ana.