capitulo 31

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🍃Mateo🍃

Sabe aquela sensação de estar em um beco sem saída, aquela hora que paramos e  pensamos bem então acabamos chegando a apenas uma conclusão. Aquela que diz que está tudo perdido, que não tem mais jeito.

Olho para tela mais uma vez e é está sensações que toma meu corpo. Vejo a mira correndo o corpo de Isabelle, dos pés a cabeça. E eu aqui, sem poder fazer nada.

Qualquer uma das opções que eu escolha tirará ela de mim.

__ Lembre-se Mateo, não tente dar uma de espertinho, pois eu saberei. Vocês dois, não vai rolar. __ Demétrio ameaça.

O que ele ganha com isso? Estamos em pleno século vinte e um meu Deus. Este negócio de divórcio ser um bicho de sete cabeças é passado.

Tem algo aí. Ah se tem.
Tem alguma coisa por trás deste desejo dele em manter seu casamento.

__ Tique... Taque Tique... Taque. __ Ele volta a me prescionar, me deixando cada vez mais nervoso.
Deus! O que eu faço?

Vejo Ramiro tentando impedir que Isabelle se aproxime. Más ela é teimosa de mais para fazer. Será que ele percebeu alguma coisa? Tomara que sim.

__ Onde prefere o tiro? __ Na cabeça? __ A mira de move para cabeça de Isabelle que já está bem próxima da porta. __ Se você não quer quebrar o lindo coraçãozinho dela, não me importo de matá-lo de vez por você. É vai ser lá mesmo. Bem no seu peito. P.e.r.f.e.i.t.o..... Escolhido. O seu doce coração está batendo tu, tu, tu... Oh não! Na verdade ele estará é parando, em 3, 2, 1, A...Ti...

Infelizmente noa tenho mais tempo. Não posso esperar que Ramiro faça alguma coisa. Não dá.

__ Não! Espera Demétrio. Eu escolho a segunda opção.

__ Perfeito! Não atirem. A Deixem entrar.

Não tem outra alternativa, pode ser só um jogo. Más não posso me dar ao luxo de arriscar. Não quando se trata de sua vida.   Prefiro fazê-la sofrer agora, do que perde-la para sempre.
Ao menos o que estou prestes a fazer pode ser remediado, sua morte não.

💕 Isabelle 💕

Quando ouvi Mateo gritando, achei que ele pudesse perder o controle mais uma vez.
Não podia deixar isso acontecer.

__ Senhora, devemos esperar aqui. __ O homem que me acompanha tenta me manter aqui.

__ Ele vai mata-la. Sei que deveria estar feliz, más não consigo. Então vamos. __ Respondo firmemente.

Após dar mais alguns passos, ele me para abruptamente.

__ Senhora, não se mecha. __ Ele pede.
Não consigo evitar sorrir.

__ Ficou louco? Não me toque, e outra você não me dá ordens, você não manda em mim.

Seu olhar que estava fixo no meu, agora percorre meu corpo todo.

O que ele pensa que está fazendo, porque me olha assim?

__ Você é muito descarado. __ Grito. Já caminhando novamente.

__ Senhora, por favor. Fique parada aqui. __ Ele pede, com tanto medo na voz.
Isso me deixa encabulada.

__ Porque? O que está acontecendo lá que não posso ver? __ Pergunto, já sem paciência.

__ Nada senhora. Apenas fique aqui. __ Ele segura meu braço novamente. Isso me irrita ainda mais.

__ Já disse, não encoste em mim. __ Grito, puxando meu braço novamente.

Começo a correr em direção da casa, que parece tão longe. Mesmo não estando.

Este homem está estranho de mais, tanto que me deu medo.
E se ele for um dos homens dos russos ou de Demétrio, se ele estiver infiltrado para saber de todos nossos passos.

Graças a Deus, consigo chegar até a porta.
O louco quando viu que não tinha jeito, ficou lá atrás.

Giro a maçaneta, já vendo Mateo e Vanessa bem próximos.
Ia abrir a boca para chamar pelo seu nome, más a cena seguinte a calou imediatamente.

Sabe aquela sensação enlouquecedora de estar a beira do abismo, aquela aflição que nos tira até mesmo a respiração.
Eh! Está sensação estava bem presente em mim.
Quando ele a girou e a beijou, foi um baque tremendo para mim. Ver os lábios dele tocando os dela naquele beijo intenso, me fez sentir como se as pedras daquele abismo estivessem se soltando agora, e eu. Ah eu estava caindo. Estava mergulhando neste abismo sem fim.

Não consegui dizer nada, não consegui fazer nada.
Congelei ali.
Quando os dois se soltaram, ainda estava ali.  Tão imóvel quanto aquelas estátuas que vira e mexe vemos no centro da cidade.

Apenas uma pequena parte do meu corpo teve alguma reação.
E ela foi capaz de mostrar a eles toda a minha decepção.
É, foram meus olhos, há eles me traíram quando mais precisei que permanecessem firmes.
As lágrimas rolaram sem dó, elas demonstravam a minha tristeza mas davam a Vanessa um ar de uma vitória gigantesca.

Já Mateo, ele estava com um olhar inexpressível. Como se aquele momento, aquele beijo, como se eu mesma não significasse nada.
Por sorte as malditas pernas travadas conseguiram reagir.

Olhei pela última vez para aqueles malditos olhos que tanto me encantava. Más eles ainda estavam iguais, tão frios quanto gelo.
Depois sai correndo, pois essa era a única coisa que podia fazer.
O pior é, correr para onde?
Talvez devesse me jogar neste mar imenso, quem sabe assim está dor não morre afogada.

Meu Guarda-CostasOnde histórias criam vida. Descubra agora