🍃Mateo🍃
A paz que Isabelle carregava era contagiante, seu semblante suave e calmo me alegrava eternamente, me partia o coração ter que acabar com ela, más infelizmente para nós os problemas ainda não acabaram.
Ainda temos que voltar para a casa dos seus país, ainda precisamos cuidar da garota que ficará na casa, a amante do seu falecido marido.Como que se ela pudesse ler meus pensamentos eu nem precisei falar para ela se pronunciar.
__ É, ainda temos um problema antes de termos a paz completa né amor. - Disse ela me olhando com aqueles seus olhinhos brilhando de decepção.
Tudo que ela quer é paz.
Na verdade, tudo que queremos e paz.
Viver em paz.
Más sempre tem algo, sempre tem alguém que nos priva isso.__ Não se preocupe querida, resolveremos isso ainda hoje. - Respondi, mesmo não tendo a mínima ideia do que fazer com aquela mulher.
Mata-la na casa dos meus sogros não seria a opção mais viável.
Más e se ela quiser problema?
E se ela resolver abir a boca?
Obviamente só estávamos nos defendendo dela e daquele lunático, más vai explicar isso para polícia?O bandido aqui sou eu, e não aquele cretino com a reputação impecável.
Temos a avó de Isabelle como vantagem, más isso será o suficiente?
Isabelle me conhece bem, ela sabe quando algo não está bem em minha cabeça, quando estou tenso ou preocupado, más ela apenas sorriu de lado não querendo aumentar minha preocupação.
Depois de acabarmos com aquele homem, e também escaparmos das barreiras policiais no caminho finalmente chegamos a casa da família de Isabelle.
Sua amiga havia cuidado bem da nossa prisioneira, mesmo depois de tanto tempo a mulher estava exatamente como havíamos deixado.
Todos também tinham chegado bem, estavam apenas preocupados com nossa demora.
__ O que vocês fizeram com ele? O que fizeram com meu homem? - A mulher gritou totalmente estérica.
__ Como você pode ser tão ingênua garota? - Isabelle gritou perplexa.
__ Ingênua? Fui amante do seu marido por anos e eu quem sou a ingênua? - A mulher debochou com um sarcasmo gritante. __ Você só está com ciúmes Isabelle, você só está com raiva porque ele preferiu a mim. - A mulher afirmou.
__ Olha, se fosse antes, bem antes, eu até que poderia sentir ao menos uma pequena raiva de você sabe, sobretudo seria apenas uma coisa sutil sabe, coisa de um ego ferido, más hoje. Por favor! Hoje eu sinto é um alívio tremendo por ter aberto meus olhos a tempo.
__ Você está mentindo, está mentindo porque seu amante também está aqui. - A mulher disse já com lágrimas nos olhos.
__ Meu amante? Mateo não é meu amente. Ele é meu, é o meu homem, o amor da minha vida, ele sim pode levar o título de meu marido, por ele sim eu odeio você já que você tentou dormir com ele se lembra? - Isabelle respondeu perdendo toda a pena que a pouco ela ainda tinha nos olhos por esta mulher.
Seu rosto escureceu-se imediatamente, como que se a vaga lembrança daquela manhã a deixasse irada novamente.
Ela me ama!
Me ama tanto que até mesmo a possibilidade de que uma coisa do tipo acontecesse acabava com seu humor.Isso é bom! Eu gosto disso. Gosto de saber que seu amor é algo até irracional.
Más também não gosto, ela precisa apagar o mal que Demétrio fez a ela com suas traições e não pensar, nem imaginar que isso poderia acontecer.
Porque não vai.
Nunca, absolutamente nunca na minha vida eu seria capaz.
Sabe por que?
Porque eu a amo, a amo mais que tudo e todos, mais até que a mim mesmo.
E olha que isso já é um grande feito para alguém que um dia só carregava no peito o amor próprio.__ É, e se você não tivesse entrado naquela hora eu não seria a dona de um mais dos dois homens que já existiram na sua vida.
Puta merda!
Está mulher pirou de vez.Isabelle levantou a mão para bater nela mais a impedi.
__ Já chega! - Pedi, ela me olhou friamente.
__ Porque você está defendendo ela? - Isabelle gritou perplexa.
A mulher presa a cadeira deu uma gargalhada gigantesca.
__ Esta vendo Isabelle, vê como estou certa. - Ela debochou.
__ Cala a boca garota. - Gritei com ela.
Ela se calou imediatamente ao ver o olhar sério que eu tinha sobre ela.
Ou quem sabe foi pela Ak 47 que eu tinha dependurada no pescoço.__ Primeiro, eu não estou defendendo ela.
__ Segundo, eu te amo e você sabe disso.
__ Terceiro, você sabe que eu nunca faria o mesmo que àquele idiota fez.
__ Quarto, você nem precisaria se exaltar por uma coisa deste tipo porque é impossível acontecer.Fui dizendo e dizendo, coisas e mais coisas até vê-la sorrindo.
__ Quer que eu continue? Tenha certeza que eu teria infinitos motivos que lhe confirmaria que isso nunca acontecerá.
Ela sorriu como nunca, se ao menos ela carregasse um mínimo de dúvidas sobre isso elas se foram definitivamente.
A mulher manteve o silêncio, até Isabelle me soltar depois de um beijo daqueles e se pronunciar.
__ Você sabe o que seu homem pretendia? Você tem noção da merda que está por culpa do " SEU HOMEM " - Isabelle gesticulou enquanto falava.
__ Você só quer me confundir. - A mulher gritou aos prantos.
__ Tá vendo isso aqui? - Isabelle tirou algo do bolso e se aproximou da mulher.
Ela abriu e mostrou para ela.
__ Isso aqui é o passaporte que aquele doente me deu.
__ Ah Isabelle você quer que eu acredite nisso. - A mulher gritou. __ O Demétrio não amava você Isabelle, ele só queria te convencer disso para você dar de volta a ele o seu dinheiro. O dinheiro que era dele e não seu, o dinheiro que você roubou. - A moça indagou.
__ Eu o que? O roubei? - Isabelle sorriu alto. __ Você acha mesmo que ele amava você? Você acredita mesmo nisso? Vamos lá, vejo que você não estava muito a par dos planos do Demétrio não é? Deixa eu te contar. - Isabelle disse se aproximando ainda mais.
No fundo ela sentiu pena da ingenuidade daquela mulher, ela se viu ali, ela viu uma Isabelle mais jovem, a mesma que acreditou cegamente no amor falso de um homem que na verdade nunca soube amar.
Depois disso ela contou tudo, absolutamente tudo para aquela mulher.
Ao terminar a mulher estava boquiaberta.
Ela sentiu na pele tudo que Isabelle um dia também sentiu.
A mentira, a traição, a armação e manipulação, a raiva. Sobretudo a raiva.
Ela sentia ela tão intensamente assim como Isabelle também sentiu.Demétrio a enganou, assim como um dia enganou Isabelle.
Ele a fez acreditar que conseguiria uma procuração e depois disso os dois fugiriam para viverem o seu tão sonhado felizes para sempre.Coitada!
Ela foi uma vítima.
Uma vítima igual Isabelle.
Ela estava disposta a tudo, tudo mesmo por aquele amor.__ Aquele maldito me pediu até para dormir com o seu guarda costas se preciso fosse, ele me garantiu que essa era a única opção para salva-lo.
Olhe, olhe o celular que eu te dei e você vai ver que não estou mentindo.
Ele me disse que o tal Mateo o queria morto.
Que você o queria morto.
Que vocês planejaram tudo.
Que o plano de levar você até ele tinha que dar certo de qualquer maneira, pois vocês tinham levado tudo dele e só assim ele seria livre e com o dinheiro poderíamos fugir.
Eu o amava, eu amava aquele maldito miserável.
Como ele pode?A mulher estava inconformada, e assim que Isabelle abriu suas mensagens ela comprovou que a moça não estava mentindo.
Isabelle soltou a mulher, que agora já não oferecia nenhum risco.
Neste mesmo momento um barulho alto invadiu a vizinhança.
Merda!
Era a polícia.__ Por favor, por favor não me entreguem. Eu não sabia eu nunca soube.
A mulher caiu aos pés de Isabelle sem chão, já temendo que a polícia ali seria para ela.
Mal sabia ela que estávamos tão ferrados quanto ela.
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Meu Guarda-Costas
RomanceMeu Guarda-Costas costas, é um romance proibido entre Isabelle, a esposa de um renomado juíz brasileiro e Mateo, um encantador mexicano contratado para ser seu Guarda-Costas pessoal.