capitulo 7

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꒰⑅ᵕ༚ᵕ꒱˖♡ Ciúmes???

🍃Mateo🍃

Algo em tudo isso não está me cheirando nada bem.
Meu faro diz que tem coisa errada aí, e ele não costuma falhar.
Se os homens que atiraram contra a gente na casa, ainda estivessem a espreita porque não nos atacaram lá?
Por que nos seguir?
Frente a casa seria muito mais fácil e mais vantajoso ao menos para eles.
Só uma mente muito burra pensaria em atacar alguém em um aeroporto cheio de testemunhas, e polícias é claro.

E aqueles tiros.
Faça me o favor.
Até meus cachorros atiraram melhor.
O jeito que atiravam para qualquer canto.
Sem mira, sem jeito algum.
Esse tiroteio não foi nada parecido com aquele mais cedo, aquele sim foi coisa  profissional.
Tenho certeza que não são os mesmos homens.
São amadores, que mal sabem segurar uma arma.

Más agora isso já não importa, estamos longe. Bem longe.  Longe de todo perigo do Brasil.
Assim espero.

Isabelle relaxou completamente, até cair no sono sobre meus ombros.
Ela dorme tão serena que olhando assim de perto, até parece um anjo.

Tento fazer o mesmo, relaxar meu corpo e minha mente. Não pensar no desejo irracional que está mulher desperta em mim.
Algo tão intenso que foi capaz de me fazer esquecer Ana por um tempo.
Há Ana. Droga!
Porque fui pensar em você?
Não sei se deveria voltar, já que disse que sumiria para sempre.
Não posso vê-la ainda. Não agora!

Viajo em meus pensamentos e sentimentos conturbados, até o avião pousar no México.

__ Ei Isabelle... Isabelle, chegamos. __ Digo a chacoalhando.
Ela acorda depois de tê-la chamado umas vinte vezes.
Conforme se espreguiça no acento, seu vestido que já é bem curto deixa cada vez mais suas belas pernas amostra.

Isso é maldade mulher!
Quer mesmo me deixar louco é?
Isso não é uma atitude racional.
Não tem ideia do perigo que corre.
Tento desviar meus olhos de seu corpo, mais como se se tivessem vida própria eles insistem em se fixar nele.
Admirando estas curvas desenhadas neste belo pedaço de pano vermelho.

Que espetáculo senhor!

Ela se levanta primeiro que eu, passando a minha frente.

Isso é crueldade Isabelle!
Parece que quer me provocar, me ver pirar. Me ver babado. E realmente estou.
Como não ficaria? Se ela praticamente esfregou seu corpo na minha cara.

Tento me concentrar em algo que não seja sua bunda passando quase colada em meu rosto. Mais tá difícil.
Ela não ajuda.

Descemos, e seguimos até o carro que já deixei reservado para nós.

__ Seu País é maravilhoso. __ Ela diz admirando da janela a beleza mexicana.

__ Sim. Ele tem suas belezas escondidas, assim como o seu. __ Respondo com um sorriso provocante nos lábios.
Ela fica vermelha automaticamente.

__ Será que podemos andar por aí, qualquer dia desses. É claro, se isso não for atrapalhar você. __ Ela pede educadamente, disfarçando o nervosismo que minhas palavras a fizeram sentir.

__ Meu trabalho é servir você Isabelle, no que quiser. __ Respondo, a deixando ainda mais vermelha.

Ela sorri, abre a boca para dizer algo mais se cala novamente. Voltando a olhar o horizonte.

Não vamos para minha casa principal, se puxarem minha ficha acharão este endereço.
Por isso optei por uma de minhas propriedades no campo.
Afastada um pouco da cidade.
Juntando o útil ao agradável dei um jeito na situação de estar de volta ao México.
Não sabem que ela existe, e lá não correrei o risco de cruzar com Mikael e Ana.

Quando chegamos Isabelle desce observando atentamente o lugar.

__ É seu? __ Ela pergunta.

__ Sim, e agora é seu também. Fique à-vontade. __ Respondo lhe dando passagem.

Entramos, e ela ainda observa tudo.

__ Muito bonito. __ Ela elogia.

__ Obrigado!

__ Não você... É claro que você é... más... __ Ela se embaralha toda.

__ Eu sei que está falando da casa Isabelle.
Obrigada pelo elogio a ela e a mim.

Seu rosto já não tem espaço para vermelhidão. Ela está tão atordoada com seu comentário, que ao dar o próximo passo tropeça.
Me lanço rapidamente em sua direção, impedindo que ela vá ao chão.
Meus braços estão entrelaçados em sua cintura, nossos corpos, nossos lábios, tudo está tão próximo, tão junto. Tenho vontade de beijá-la aqui mesmo.
Más não faço, recupero meu juízo. Recusando me deixar levar sentimentalmente outra vez por uma mulher casada.

As outras não tinham emoção, nem afinidade, era só sexo e nada mais.
Então não tinham importância.
Era apenas uma aventura e um corno a mais.
Más Isabelle, há tem algo nesta mulher que me encanta, que me fascina.
__ Não posso! Não posso! Não posso!
Repito a mim mesmo. Me recompondo, nos levantando, e a soltando de meus braços.

O restante do dia Isabelle me evita o máximo.
Até a noite chegar. É quando ela volta a falar comigo.

__ Será que podemos ir em algum lugar? Tô cansada de ficar aqui trancada. __ Ela pede.

__ É claro. __ Aceito seu pedido, também preciso sair daqui, de perto dela nem que seja por um instante, e é claro de uma bebida forte, bem forte.

__ Onde fica o meu quarto? __ Ela pergunta.

__ Então! Infelizmente aqui só tem um, o meu. __ Ela quase que se engasga com a própria saliva após minha resposta.

__ Você pode ficar na cama, dormirei no chão. __ Explico.

__ Há sim, obrigada. __ Ela sai, subindo imediatamente.

Preparo meu psicológico, para a próxima roupa.
__ Que não seja um vestido de matar.

Alguns minutos depois ela volta.
Tão estupidamente gostosa que a vez anterior.

__ Puta merda. __ Quando vejo as palavras já saíram.

__ Algo errado? __ Ela pergunta com um sorriso travesso. Sabendo que me refiro a ela, pois meus olhos viajaram seu corpo todo antes de minha boca dizer.

__ Nada, só preciso checar algo do carro. __ Justifico, mentindo descaradamente.
Ela sorri ainda mais. Me provocando.

Saímos para o quintal, abro o capô do carro fingindo mexer em algo nele, e logo fecho.

__ Vamos! __ Digo já abrindo a porta para ela.
Mesmo sendo um ogro as vezes, tenho meus momentos de cavalheirismo.

Ela entra, e faço o mesmo.
Então partimos para o bar de um amigo meu, que não é longe daqui.

Assim que adentramos o lugar, os olhares são voltados a ela.
Todos os marmanjos aqui estão babando, e secando minha acompanhante.
Automaticamente passo as mãos em sua cintura.
Com olhos arregalados Isabelle me observa.

__ Se pensarem que está comigo, não iram incomodar você. __ Tento justificar minhas mãos que seguram firme suas costas. A deixando mais junto a mim.

Ela sorri.

__ Não se preocupe, conhecer alguém até seria bom. Sabe. Aqui tão longe já nem me considero casada. __ Ela retira a aliança, a guardando na bolsa.
E depois minhas mãos de sua cintura.

Sua resposta, sua atitude me surpreende. E me deixa irritado.
Ela então começa a caminhar na minha frente, parando no balcão do bar.
Bem nas garras do gavião.
O galinha mais cobiçado deste ligar.

Henrique a notou imediatamente, saindo do balcão com uma bebida chique em mãos.
__ Inferno!

Caminho rapidamente, tentando impedir que ele chega até lá antes de mim. Mais foi tarde de mais.
Suas garras já estão cravadas nela.
Todo sorridente.
Um perfeito Dom Ruan.

Os dois me ignoram ao lado, se comprimentam, conversam, brincam, como se eles se conhecem a anos.

Meu Guarda-CostasOnde histórias criam vida. Descubra agora