capitulo 42

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💕 Isabelle 💕

E lá estava eu, ansiedade a mil, coração acelerado, mãos trêmulas e um medo tremendo. Minha cabeça já doía tanto que desejava tirá-la de meu corpo. E a vontade de sair dali então, nem se fala. Ela era tanta que estava quase me enlouquecendo.

Porque fui jurar que não iria fazer? Porquê?

__ Por que você deve confiar nele. Não ferra tudo Isabelle. __ Respondo a mim mesma.

Minhas pernas se movimentavam apressadas por um corredor apertado, meu nervosismo me fazia andar de um lado para o outro, falando sozinha, parecendo com uma maluca. Um tempo aqui, e sem poder fazer nada, uma ideia brotou em minha mente. O único remédio era imitar aquela velha mania das fofoqueiras de plantão, o velho hábito de tentar ouvir por de trás da porta.
Era o único jeito de descobrir algo, se é que conseguirei ouvir por de trás desta barreira de ferro puro.
Sem exitar, levei meus ouvidos de encontro a parede de ferro, ela estava tão gelada que soltei um gemido assim que minha pelo tocou nela. Más infelizmente apenas essa sensação fria e estranha inundaram meus ouvidos, pois não pude ouvir nada.

Voltei a caminhar pelo corredor, chegando a um cômodo pouco mais distante da porta.
Um quarto para ser mais específica.

Nele avia uma mesa enorme, com uns aparelhos bem modernos.
Vendo tudo aquilo me senti dentro de um filme de ação, achando a cabine de controle da missão.
Ao lado avia também uma cama gigantesca  onde me sentei por alguns segundos, más não consegui permanecer ali por muito tempo. Minhas pernas sacudiam pedindo por movimentos, então me levantei pronta para bisbilhotar mais.

Alguns metros a frente avistei um banheiro grande, e minha boca foi ao chão ao ver a banheira de hidromassagem belíssima lá dentro.

Isso é mesmo um quarto do Pânico? Ou um  hotel de luxo?

Finalmente pude sorrir, depois de um quase surto.

Alguns passos a mais, dei de cara com a  cozinha, digna do quarto hotel 5 estrelas. Uma geladeira que mais se parecia um armário de tão grande, armários embutidos com  muitas prateleiras lotadas de comidas enlatadas, e até área gourmet e tudo.

Nem o chalé de meus pais tinha tanta sofisticação como esse tal quarto do Pânico, que de quarto não tem nada.

Depois de um tempo, já avia andado pelo lugar todo.

__ Será que agora consigo ouvir alguma coisa? __ Pergunto a mim mesma.

__ Quem sabe, não custa tentar. __ Percebo que minha sanidade se foi, quando começo a responder minhas próprias perguntas.

E como uma boa brasileira, não desisti e voltei lá para tentar ouvir por de trás porta.
Minutos e mais minutos se passaram, e mesmo com o ardor causado pela baixa temperatura do ferro frio meus ouvidos não deixaram a porta, eles estavam vermelhos e  queimando mais também estavam mais atentos que nunca.

__ Merda! É impossível. Não ouço nada.

Meu único desejo era ouvir algo, qualquer coisa que me dissesse que Mateo está bem já bastava, más por mais esforço que fizesse nada pude ouvir.
Voltei ao quarto, e me sentei novamente na cama.

Fiquei olhando para aquela máquina sofisticada por um tempo, até tomar coragem e me atrever a mexer nela.
Talvez ela tenha algum tipo de câmera, que mostre a parte de fora.

Uma eternidade depois consigo ligar o computador, que me mostra várias imagens divididas em pequenos quadrados.

Vou olhando uma por uma, até que finalmente posso vê-lo.

Mateo! Meus olhos chegam a brilhar vendo que ele está bem.
Um alívio tremendo percorreu meu corpo todo, fui relaxando imediatamente, ao menos agora sei que não o levaram preso.
Más minha felicidade vai se esvaindo quando percebo que ele está na companhia de um policial bem aqui, no escritório.
E o mesmo está com as mãos a centímetros do livro falso que abre o quarto.

O rosto de Mateo está sério e atento, e suas mãos segurando a arma nas suas costas deixa claro que estamos a segundos de uma tragédia.

__ Preciso ouvir o que eles dizem.

Começo a procurar por um teclado imenso, algo que traga som a imagem.
Quase que uma década depois, encontro um único e exclusivo botão que faz a voz dos dois ecoar no quarto.

Após uma bela troca de alfinetadas, perguntas e respostas, uma pergunta em particular é lançada no ar. O cara tá desconfiado, más não foi nisso que me foquei e sim na resposta de Mateo.

__ Algo escondido aqui? Então né... Possivelmente sim, algumas calcinhas, talvez um punhado de sutiãs. Más não espero que entenda. Não acho que você é do tipo que recebe estes mimos. __ Mateo tem um tom irônico nervoso, mesmo acreditando que sua resposta foi dada apenas para se livrar do cara, ela não me deixa nada feliz.
Pensar que uma quantidade gritante de mulheres passaram por aqui, por sua vida, não me deixa feliz.

__ Senhor, o juiz chegou! __ Uma voz diferente ecoa na sala.

__ Aquele verme está aqui? __ Mateo é quem responde imediatamente, muito alterado.

No mesmo momento o imbecil do meu marido adentra o escritório.
Ele ficou louco de vez, só pode.

Meu Guarda-CostasOnde histórias criam vida. Descubra agora