capitulo 35

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🍃Mateo🍃

__ Isabelle...

O grito alto que dei chamando pelo seu nome pode mostrar com clareza todo meu desespero.
Sentia como se a vida estivesse sendo tirada de mim.
E na verdade esteva, pois está mulher é tudo para mim.
Ela é tipo um furacão, um daqueles bem grandes que entra em sua vida revirando tudo. Más também é a esperança depois da tempestade. É a minha esperança de um final feliz que está sendo levada para as profundezas do oceano.

__ Mateo, não! __ Só ouvi de longe o grito de Ramiro antes de me jogar no mar agitado procurando por ela.

Mergulhei fundo, más não consegui encontrá-la.

__ Isabelle... Isabelle... __ Grito por seu nome já de volta a superfície, completamente desesperado.

Más nada. Ela não está em lugar nenhum. O mar a levou, ele a levou para longe de mim.
Para um lugar inacessível, onde nenhum poder humano é capaz de alcançar.

💕 Isabelle 💕

Tudo aconteceu tão rápido, que quando dei por mim já estava afundando na imensidão deste mar.

O impacto foi tão grande, que quando tentei reagir já estava bem lá no fundo.
Estava afundando minhas dores, assim como desejei minutos atrás.
Estava a beira da morte, e só o que eu pensava.
Nunca mais irei vê-lo.
Nunca mais irei tocá-lo, beijá-lo, amá-lo.
Deus?
Como posso pensar em algo assim, e não me preocupar com minha vida.
Ele nem merece isso.
Não merece que eu morra pensando nele.

Neste momento foi como se a sena daquele beijo passasse na minha mente, e curiosamente ela me deu forças para reagir.

__ Eu não vou morrer aqui, não vou morrer por ele, pensando nele. Não vou! __ Meus pensamentos parecem impulsionar meu corpo cada vez mais para cima até por fim conseguir respirar já fora d'água.

Foi então que o vi, ele está aqui, se jogou aqui, está me procurando.

__ Ele devia isso a você sua imbecil. __ A parte diaba da minha mente autoritária quase que gritava.
__ Não! Ele te ama. Está desesperado. Não vê. __ A parte anjo dela, tentava me convencer do contrário.

__ Calem-se! __ A falta de oxigênio fez a  loucura ser tamanha que consiêntemente eu já estava respondendo. Quem sabe o oxigênio não tenha nada ver com isso e esteja louca de verdade?

Meus pensamentos me maltratavam mais e mais, e quando a falta de ar passou e minha voz voltou deveria chamá-lo.
Más não fiz.

A minha insensatez era tamanha, que para mim tudo que ele fazia era por remorso.

Minha raiva então, nem se fala. Não consegui dizer absolutamente nada, apenas tomei fôlego e mergulhei em sua direção.

🍃Mateo🍃

Mergulhei de novo, e de novo me recusando a acreditar que a perdi.
Minha esperança já estava acabando quando a vi.

Ela não foi levada pelas águas do mãe, não estava se afogando, ela estava era gozando com a minha cara.

A vejo subindo majestosamente até estar quase cara a cara comigo.

A diaba sabe nadar. E muito bem por sinal.

Me sinto um tremendo idiota agora.

Começo a nadar até ela, que começa a nadar rápido rumo ao barco.

__ Está se divertindo Isabelle? __ Grito, indo atrás dela.

__ Muito! __ Ela debocha, conseguindo chegar  lá primeiro que eu. __ Seu desespero era reconfortante. Sério Mateo! Foi maravilhoso vê-lo se sentindo tão culpado assim, você mereceu.

Ela sobe com ajuda de Ramiro, que também me ajuda a subir.

Meu desejo agora era pegá-la no colo e lhe dar umas belas palmadas.

__ Você ficou louca Isabelle? __ Grito indo até ela.

__ Louca estou desde o dia em que te conheci. __ Sua carinha manhosa não vai ser capaz de me amolecer, não desta vez.

Pego em seu braço a levando para a parte interna do barco.

__ Você poderia ter morrido ali, nós dois poderíamos. Você se jogou de propósito? Onde estava com a cabeça mulher? __ Pergunto a colocando contra a parede de ferro puro.

__ Nossa! __ Ela arqueia as costas quando a sensação fria do metal atinge sua pele úmida.
Seu corpo se aproxima ainda mais do meu, e seus lábios estão tão próximos que fica impossível resistir a eles.
Mesmo bravo essa mulher consegue acabar com toda minha sanidade mental. Meu único desejo e me perder neste inebriante labirinto que é seu corpo, me perder aqui e agora. Me perder sem me importar em achar a saída.

Más assim que toco seus labios, sou empurrado para longe.

__ Não, eu não me joguei, foi um acidente. Só não te devo satisfação alguma se estou viva ou não.  __ Ela responde seria, más um leve sorriso surge em seus lábios no final. __ E não ouse tentar me beijar. __ Seu rosto é mais sério agora.

Não é novidade ela pregar uma peça em mim, mais me rejeitar sim.
Ela reverteu a situação de uma tal forma, que já nem bravo estou.
O que você faz comigo, com meu psicológico,  não é normal mulher.

__ Me deixe explicar tudo Isabelle, por favor. __ Peço, tentando me aproximar novamente.

Ela tenta sair, mais pego em seu braço a levando rapidamente de volta a parede fria.

Seu corpo arquea novamente, só que desta vez minhas mãos estão prontas para pegá-la antes que ela possa se afastar.
Seguro firme em sua cintura, e aproximo meu rosto do seu.

__ Aquele beijo...

__ Não me fale daquele maldito beijo. __ Ela grita me interrompendo.

Tapo sua boca com minha mão livre, e aproximo minha boca de seu ouvido.

__ Você acha mesmo que eu beijei aquela mulher por que quis? Acha mesmo que sou tão frio a ponto de declarar meu amor só na cama? Não Isabelle, um eu te amo não sai da minha boca tão fácil assim. __ Minhas palavras parecem aquecer seu corpo e sua alma agora.

Ela da um suspiro fundo, já não tendo forças para lutar contra este nosso sentimento.
Seu corpo relaxa todo já se extremeçendo em meus braços, e seu olhar triste se vai por um momento.

__ Más eu não entendo, não entendo Mateo.  Então porque você fez? __ É está pergunta que ainda perturbava sua mente.
E eu preciso responder claramente, fazê-la ver que a amo e que ela pode e deve confiar em mim.

__ Por você Isabelle. Desde o dia que te conheci tudo que faço é por você. Sua vida estava em jogo. Demétrio mataria você se eu não fizesse. E acredite em mim, tive que por você no fundo de meus pensamentos, tive que mentalizar você ali, imaginar seus lábios ali, para só assim conseguir fazer.

Tento transpassar a sinceridade em cada palavra, já que não temos muito tempo, estamos bem perto do pier e precisarei agir.

__ Eu acredito em você. __ Suspiro aliviado.
__ Mais da próxima vez que minha vida estiver em perigo nem ouse usar seus lábios para me salvar. __ Não consigo conter um sorriso.

Queria abraça-la de uma vez, beijá-la e amá-la imediatamente, más foi impossível pois da pequena janela que temos ao nosso lado vejo um barco e dois homens nele. Demétrio e o atirador.

Meu Guarda-CostasOnde histórias criam vida. Descubra agora