capitulo 57

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Grávida 🤰?


🍃Mateo🍃

Sai do quarto e fui para o jardim, fiquei ali cerca de vinte minutos antes da amiga de Isabelle vir até mim.

__ Mateo, tudo bem? __ Ela pergunta se aproximando.

__ Sim! __ Respondo apenas isso.

__ Isabelle está te esperando no quarto. __ Ela avisa.

__ Vocês já acabaram de conversar por lá, não quero interromper. __ Respondo.

__ Sim, já acabamos. Agora é sua vez. __ Ela responde sorridente.

Fico meio confuso, más não digo nada.
Balanço a cabeça com um meio sorriso e sigo de volta a casa.

Estava chegando no quarto quando percebi uma pessoa na porta, uma empregada.

__ Com licença, __ Peço, ela se assusta ao me ver.
Olha para mim sem graça, parecia estar bisbilhotando.

__ Desculpe, estava transando um chá para senhora más ela estava ao telefone não quis incomodar. __ Ela se justifica já se retirando.

Ela é muito familiar, porém não consigo me lembrar de onde a conheço.
Más isso não importa agora, e sim saber com quem Isabelle falava no celular e em que celular se ela não tem um. Ou não tinha.

Adentro o quarto, ela está eufórica.

__ Maldito... Maldito...

Seus gritos poderiam ser ouvidos de longe, ela se cala assim que me percebe ali.

Logo depois ela se vira, e olha para mim.
Está com um aparelho celular nas mãos, que estão trêmulas.

__ Vamos me diga, com quem você está falando? Quem te deixou com tanta raiva assim? __ Pergunto, temendo que a resposta seja o que estou suspeitando.

__ Não é nada, não é ninguém importante. __ Ela responde.

__ Sério? Ninguém importante te faz tremer assim? __ Respondo me aproximando, pego em suas mãos que estão mais trêmulas do que quando entrei.

__ Não querendo ser chato nem autoritário, más já sendo, me dá este telefone aqui. __ Completo, tentando pegar o mesmo.
Más ela me impede.

__ Mateo, isso tá errado e você sabe. Você pode ter um celular e eu não, porque em? __ Ela pergunta.

__ Ok. Ok. Você quer um celular. Ótimo!
Quer esconder as coisas de mim. Ótimo.
Talvez fosse melhor eu sair, e você continuar fazendo o que estava fazendo aqui, você não acha? __ Pergunto bravo. Meu sexto sentido me diz que tem alguma coisa acontecendo aqui, e ele não costuma falhar.

__ Não, por favor.  __ Ela pede. __ Precisamos conversar sobre algo sério. __ Ela completa.

__ Mais sério que o maldito com quem você falava? __ Debocho. __ Quem é ele? Quem é o maldito? Me diga, e depois conversamos sobre o algo sério.

__ Mateo, eu tô falando que não é nada. Por favor. Vamos conversar sobre o que realmente importa agora, ok? __ Ela se altera um pouco, e como sempre acabo me rendendo.

__ Está bem, me desculpa. __ Respondo.

Me sento na cama, más ela não faz, em vez disso caminha até a cômoda e pega algo de cima dela, logo em seguida retorna para mim.

Ela se senta em minha frente, pega em minha mão e me entrega um troço estranho.

Olho para aquilo sem entender nada.

__ O que é isso? Um termômetro? __ Pergunto.
__ Você está doente, está com febre?

Ela sorri, como que se eu tivesse contado uma piada.

__ Não, não é um termômetro. E eu não estou doente. __ Sua resposta me deixa ainda mais confuso.

__ O que diabos é isso então? Pergunto.

Ela suspira fundo, este suspense está me matando.

Mais um suspiro sem palavras, seguidos depois por um deus.

O que tá acontecendo aqui senhor?

__ Isabelle você está me assustando, diga logo. __ Questiono.

Ela ainda não diz nada, pega outro negócio e põe na minha mão.

Olho para aquela caixinha rosa, porém não é a cor que me chama atenção. E sim o que está escrito nela.

Teste de gravidez.

Porra, é um teste de gravidez.

__ Não. __ Digo, em choque total.

__ Sim. __ Ela reponde me encarando.

__ Esse sim, é aquele sim, tipo o sim eu estou grávida? __ Pergunto.

__ Ainda vou precisar de um exame sanguíneo, más tudo indica que sim. __ Ela explica.

__ Então quer dizer que isso pode estar errado? __ questiono a possibilidade.

__ Sim, e não. É que este é um tipo bem seguro. Quase que cem por cento seguro. __ Ela explica.

Me levanto, caminho para um lado, e para o outro.

__ Eu sei que não falamos sobre isso.

__ É nois não falamos Isabelle.


__ É tudo novo pra você e para mim também, eu sei.

__ É, e muito novo Isabelle.


__ Más é um filho, um bebê fruto do nosso amor.

__ É Isabelle.


__ Que merda, você não tem mais nada a dizer a não ser, é Isabelle? __ Ela se irrita com minha reação.

__ Isabelle até ontem eu era um Narcotraficante poderoso sem sentimentos, um Guarda-Costas galinha, um maníaco lunático como você mesmo disse brincando, porém não é brincadeira, porque no fundo eu sei que eu era sim. Era um homem ruim e sem amor. E agora, olha para mim, eu tenho uma mulher, uma mulher grávida. E estou perdido, eu não sei o que fazer, o que dizer. Eu não sei.
Um filho, meu Deus. Isso nunca me passou pela minha cabeça. Até a alguns segundos atrás estava crente que estava estéril, que nunca teria filhos, e agora.

__ O que? Você não está pensando que? __ Ela se cala, não querendo continuar. Más já sei o que ela irá dizer.

__ Não Isabelle, não estou dizendo que este filho não é meu.  Não é isso. O tiro, aquele que o Demétrio me deu, ele me deixou estéril. Más se este teste estiver correto, te engravidei antes disso. __ Respondo.

__ E quando você pensava em me dizer isso Mateo? __ Ela pergunta.

Acabei soltando tudo sem querer, falei de mais,  e de um jeito nada bom.
Eu realmente ferrei com tudo.

Ela se levantou irada, caminhou até mim, e olhou no fundo de meus olhos.

__ Quer saber, sai daqui Mateo, eu não quero mais falar com você. Não agora. Pegue um quarto de hóspedes, e fique com ele. Você vai se sentir melhor do que aqui, com a mulher grávida que não estava em seus planos. Vai, vai porra. __ Ela grita, alterada.

Ela está um fera com minha atitude, o que é mais que normal.
Fui um babaca completo agora.

Meu Guarda-CostasOnde histórias criam vida. Descubra agora