Meu Guarda-Costas

capitulo 11

Rastreados ?? 😮
Será que estou apaixonado?? ❤️

🍃Mateo🍃

Em tão poucos dias trabalhando como seu Guarda-Costas, Isabelle conseguiu me enlouquecer mil vezes mais que todas minhas clientes juntas.
Não me surpreenderia se eu acabasse louco, antes mesmo de finalizarmos este serviço.

Está mulher desperta em mim um misto de sentimentos devastadores.
Desejo! Paixão! Raiva! Loucura!
E todos estes sentimentos estão se colidindo hoje.
Em menos de vinte quatro horas ela conseguiu me fazer sentir cada um, alternadamente.

Onde você está Isabelle? Que droga!
Não posso me destruir assim. Não posso!
Isso poderia te levar a morte. Nunca me perdoaria se algo assim acontecesse.
É meu trabalho proteger você, se bem que já nem sei se faço apenas pelo trabalho.

Não adianta. Não podemos ficar juntos.
Isso é um fato que tenho que aceitar.
Já basta quase ter provocado uma tragédia com Ana, não farei tudo de novo.
Mesmo desejando muito tê-la, não irei errar com ela. Não irei ferrar com tudo, não desta vez.

Caminho pelo jardim, está tão escuro que não consigo ver nada.
Voltar em busca de uma lanterna não é uma opção. Só proporcionaria mais tempo para Isabelle, não posso deixa-la fugir.
Então continuo procurando, assim. No escuro mesmo.

Ouço alguns galhos se quebrando, deixando claro que ela ou alguém está por perto.
Para meu azar, minha arma ficou caída na cozinha.
Mais uma prova de que Isabelle me tira a razão. Não poderia nunca estar aqui assim, desarmado e vulnerável.

Estava decidido a voltar para pegá-la, mais alguns barulhos estranhos me fazem prosseguir.
Alguns minutos depois, escuto um tiro.
Meu sangue ferve, mil coisas passam por minha cabeça me deixando apavorado.
Sem exitar, corro na direção do som que se intensifica, desta vez com mais dois disparos.

__ Merda! Não pode ser.

Pela primeira vez em todos estes anos, minhas mãos estão trêmulas.
Acho que mesmo se estivesse portando uma arma agora, não conseguiria usar.
Sinto como se estivesse sendo sufocado de dentro para fora, quase sem ar caminho para trás de alguns arbustos, totalmente transtornado.
Isabelle já deve estar morta agora.
E é tudo culpa minha.

Porque tudo que toco sempre acaba destruído? Será um carma? Uma maldição?
Será que estou pagando por todos os anos  de blasfêmia, de pecados, onde só plantei o mal, o desamor.
Será agora a hora de colher os frutos?
Já os imagino. Negros, vazios e ferrados assim como minha alma.

Minha vontade era sair daqui só para não ver a tragédia que meus sentimentos provocaram.

Más quem feriu Isabelle não saíra daqui vivo para contar a história.

💕 Isabelle 💕

__ Fique bem quietinha se não quiser morrer aqui agora. __ O homem sussurra em meu ouvido.

Enquanto me contém com uma mão, e se apodera de uma arma com a outra.

Vejo Mateo de longe, ele está me procurando.

__ Espero que tenha aproveitado o tempo com seu querido Guarda-Costas Isabelle, vi como estavam se entendendo bem na cozinha. E uma pena, pois foram os últimos. Acho que seu marido não gostara nada disso.  __ O homem diz, elevando sua mão para frente. Já pronto para atirar.

Em um surto de coragem, consigo desviar o tiro e tomar a arma das mãos do cretino que me segurava.

Ele se afasta um pouco.
Más depois dispara rapidamente em minha direção.

Lembro-me como Mateo me conteve na cozinha quando peguei sua arma, foi tão fácil que não tive reação.
Não tenho tempo, não posso esperar que Mateo chegue e me defenda. Ele morreria, e este homem me levaria.
Então antes que o homem me alcance atiro várias vezes, até a arma falhar por falta de munição.

Uma adrenalina constante invade meu corpo quando me dou conta do que acabei de fazer.

__ Merda! Eu matei um homem. __ Minhas mãos começam a tremer tanto.
Nunca me imaginei em uma situação assim, estou em choque. Acabo de virar uma assassina.

Sinto alguém me abraçando.
Começo a me debater contra quem me segura.

__ Me solte. Me solte. Me solte... __ Grito desesperadamente.

__ Calma Isabelle, sou eu. __ Ouvir a  voz de Mateo tem um efeito calmante para mim, como se meu corpo todo relaxasse instantaneamente. Me sinto segura novamente.

__ Eu o Matei. __ Digo já com lágrimas nos olhos.

__ Você só estava se defendendo Isabelle, Não se culpe. Fique calma. Agora estou aqui. __ Mateo responde calmamente, então vai tirando a arma de minhas mãos, me trazendo para junto dele.

Os tremores somem imediatamente, e agora meu corpo convulsiona é pela paixão.
Em todos os momentos, em qualquer situação sou levada a sentir a sensação louca que seu toque provoca em mim.
Más quando ele percebe onde isso iria dar e que talvez eu poderia novamente o beijar, ele se afasta.
Novamente me evitando.

__ Vamos pegar nossas coisas, já não podemos ficar aqui. __ Ele ordena.

__ Para onde iremos? __ Questiono, o acompanhando até a casa.

__ Por agora ficaremos em um hotel, e amanhã decido o que fazer. __ Ele responde.

Subimos ao quarto.

__ Não deixe nada aqui, ok. __ Ele pede tão frio.

__ Porque? Sua namorada não iria gostar de ver coisas femininas aqui? __ Debochou.
Não a outra explicação plausível para ele me evitar tanto. Se não, ser comprometido.

__ Não tenho isso, nunca fui de relacionamentos. É só por precaução. Não quero que mais ninguém saiba que estivemos aqui. __ Ele explica. Más está sua resposta não me convence.

__ Se não tem namorada, porque me evita tanto? Tem medo de que? __ Pergunto me aproximando.

__ De você. __ Ele me afasta. __ Você me deixa louco, irracional, vulnerável. E isso é um problema sério quando sou seu Guarda-Costas. Quando sou o homem que deve te proteger. De todos, inclusive de mim mesmo. __ Ele se alivia completamente, quando solta tudo para fora.

__ Confio em você, sei que não deixará que nada de mal aconteça. __ Respondo, tentando novamente uma aproximação. Más ele dificulta as coisas novamente.

__ Acabei de deixar, não vê isso? __ Ele responde tão decepcionado. Como se fosse pecado errar. Somos seres humanos caramba. Somos falhos, e daí?

__ Vejo que ambos erramos, más se eu não tivesse atirado nele sei que me salvaria.

Ele sorri, mais não de alegria. Está mais para um riso irônico.

__ Acredito que não. Nem armado estava, acabaria sendo morto e ele levaria você.

Sua falta de confiança consigo mesmo é gritante.

__ Já disse que confio em você. Deveria fazer o mesmo. __ Questiono.

__ Ok Isabelle, vou pensar nisso prometo. Más por agora arrume suas coisas já.

Sem mais argumentos, faço o que ele pede.
Minutos depois, com tudo pronto seguimos até um hotel.