capitulo 69

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Mateo estava visivelmente descontrolado depois de todas as coisas absurdas que aquele homem havia dito, nem mesmo ele estando aos seus pés praticamente sem vida foi capaz de acalmar seus nervos, a vaga ideia de que alguém que não fosse ele ao menos pensasse em me tocar era capaz de fazê-lo perder as estribeiras.
Isso lhe tirou completamente a paz.

Me aproximei dele e o segurei pela cintura.

__ Acalme-se amor, está tudo bem agora. - Disse calmamente ao pé do seu ouvido.
Ele se virou me olhando fixamente.

__ Você é minha, só minha querida. E o homem que ousar tentar mudar isso não será mais um homem e sim um pedaço de carne estirado no chão. - Ele disse firmemente e depois me deu um beijo doce.

Um sorriso brotou em nossos lábios meio aquele beijo, finalmente desta vez tudo parecia estar em paz agora.

Bom, e quase estava.

Se não fosse pelo fato do canalha abaixo ainda mesmo que pouco estar respirando.
Não sei como, más mesmo sendo quase que imperceptível Mateo conseguiu ouvi-lo.

__ Oh não! Desta vez nenhum miserável voltará do inferno para nós atormentar. - Ele disse se afastando. __ Diferente de como foi com Demétrio desta vez irei me certificar que este aqui nunca mais volte. - Ele completou se virando para aquele homem que por mais que pouco aida respirava com dificuldade.

__ Tenha uma ótima viagem, mermão. - Mateo disse descarregando todo o pente da sub metralhadora no corpo dele que parecia se desfazer a cada bala. Quando finalmente Mateo acabou, não havia mais vestígios de um homem ali, apenas um monte enorme de carne e sangue.

Por mais que já tivesse presenciado tais acontecimentos várias vezes este ano, está cena em particular era forte de mais para meu estômago fragilizado pela gravidez.

Virei meu rosto evitando olhar.
Mateo imediatamente percebeu e veio até mim.

__ Me desculpa amor, perdi a cabeça, deve ser de mais tudo isso para você neste estado. - Ele disse e me abraçou.
__ Bora! Vamos sair daqui.

Não pensei duas vezes em fazer, tudo que eu quero agora e uma boa chuveirada e uma cama quentinha onde eu possa adormecer em seus braços.

Pegamos nosso carro e finalmente Mateo começou a nós tirar dali, passamos pela estrada sinistra novamente, saímos do caminho rural até chegarmos na estrada de onde viemos.

__ Droga! - Dou um grito ao ver a enorme barreira policial a nossa frente.

É realmente parece que a nossa paz sempre dura pouco.

__ E agora Mateo? Vão nos pegar. - Questionei, Mateo sorriu.
Como ele consegue?
Nem mesmo uma possível prisão por sabe-se lá quanto tempo, é capaz de amedrontar este homem.

__ Sem flagrante, sem provas amor. - Ele disse apenas isso, esticou seus braços, apertou um botão e as placas do carro de trocaram imediatamente.

Logo em seguida ele se virou para mim.

__ Pega aquelas armas ali atrás.

Fiz o que ele pediu sem questionar.

Do nada um repartimento secreto abriu todo abaixo dos seus pés.

Fiquei de queixo caído com toda aquela tecnologia, até hoje muitas coisas que ocorreram nos últimos meses eu pensava que existisse apenas em filmes, Mateo sempre fez questão de mostrá-las ao vivo e a cores.

__ Taca elas ai. - Ele mandou, e obviamente eu obedeci.

Ele levantou o pé, depois abaixou forte pisando no mesmo que se fechou.

__ Tudo limpo querida, agora só haja naturalmente. - Ele disse com um sorriso largo.

Sua calma nunca deixava de me surpreender.

__ Como se fosse fácil. - Respondi ironicamente.

__ É é amor. Você é a minha querida esposa grávida, estávamos no rancho mais você não se sentiu bem e precisamos voltar para a cidade. Há alguma mentira nisso? - Ele debochou sorrindo.

Balancei a cabeça ainda incrédula com sua tranquilidade.
A barreira só se aproximava cada vez mais e para falar a verdade eu estava com medo.
Mais meu medo durou apenas até sentir sua mão tocando a minha.
Uma paz me atingiu, como se a sua confiança fosse passada para mim através daquele toque.

E não é que funcionou, passamos, paramos e no fim fomos liberados em poucos segundos.

Por Deus a paz finalmente voltou a reinar.

__ Só espero que daqui a uns anos eu não descubra que você é um robô. - Brinquei, ele me olhou sorrindo.

__ Você é tão apaixonada por está máquina aqui que nem se importará não é querida.

Meu Guarda-CostasOnde histórias criam vida. Descubra agora