capitulo 73

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Eu sei que muitos aqui nesta rua, neste bairro nobre e chique, depois desta cena toda, acham que minha derrota na verdade é a humilhação de te encontrar atrás das grades, se enganaram.

Os comentários inundaram o bairro.

__ Olha lá, a mulher do juiz arrumou um amante mesmo!
__ Nossa que mulherzinha fútil!
__ Meu Deus! Como ela pode deixar o amante fazer isso?
__ Será ela sua cúmplice?
__ Foi por dinheiro. Com certeza foi por dinheiro!

Muitas suposições!
Muitas afirmações!
Más pouco conhecimento.

Se elas soubessem.

Haha! Más eu nem ligo, não pra isso.
Não para esses comentários, não para essas pessoas desinformadas.
Mal sabem elas tanto sofrimento que a vida me ofertou ao lado daquele monstro imundo.
Mal sabe elas que na verdade minha derrota é não poder te ver, não poder te beijar te tocar como eu queria.
Há como eu queria!

O advogado da família chegou na manhã seguinte, vinte quatro horas longe dele, já estava enlouquecendo.

Me arrumei, e fui vê-lo.
Primeiro tentaria-nos o modo fácil, tentaria-nos agir dentro da lei, más ela é falha, como é, e na verdade não estou nada segura que isso dará certo.

As palavras daquela mulher não sai da minha cabeça.
Os tais cúmplices de Demétrio?
Se os russos estão mortos, quais seriam eles?

Chegamos a delegacia, o delegado mal encarado mal me olhou.
Seu desdém era visível, ele nem disfarçava.
Para todos aqui eu era a mulher perversa que estava prestes a defender o amante assassino.

Foda-se todos!

Fechei a cara e continuei.
Seguimos para a sala do mesmo que ainda esbanjava seu deboche.
Ele nem nos deixou falar.

__ Eu sei quem são vocês, eu sei o que querem, más já adianto, não tem jeito. Seu amante irá mofar na prisão, e reze, reze muito para isso não se virar contra você. - Ele disse firmemente.

Minha paciência chegou ao fim, assim como a raiva chegou ao nível extremo.

__ Você não sabe de porra nenhuma, e eu aconselho você a abaixar sua bola. - Gritei com ele. Ele sorriu sem se importar.

__ Quer se juntar ao seu amante senhora Solares? - Ele debochou.

__ Sim, eu quero. Más não me juntar a ele, e sim tirá-lo daqui, eu quero vê-lo agora. - Respondi ainda mais firme que ele.

__ Creio que ambas opções sejam impossíveis.

Meu sangue ferveu.
Minha vontade era mata-lo, matar todos, e acabar com essa merda de uma vez.

Mikael estava ao meu lado, ele segurou em minha mão quase implorando por minha tranquilidade.

Me calei e deixei que o advogado entrasse em ação.

__ Meu cliente foi preso injustamente, vocês por acaso tem provas da sua culpa? - Ele disse ao delegado que desviou seus olhos de mim e se virou para ele.

__ Más que isso, temos as gravações da câmera de segurança da casa onde o seu cliente matou a sangue frio o juiz Solares.

O homem se virou para mim com a fisionomia pálida. Porém eu estava tão perdida quanto ele.

__ Como assim? Que merda você está dizendo? - Gritei com ele inconformada. Os rapazes limparam tudo, isso não pode ser verdade.

__ Veja por si mesma senhora. - Ele respondeu esticando-se sobre a mesa e me virando o computador.

Meu Guarda-CostasOnde histórias criam vida. Descubra agora