Meu Guarda-Costas

capitulo 51

🍃Mateo🍃

As facilidades da vida costumam transformar nós, seres humanos mais fracos. Com tudo  as dificuldades passadas é capaz de fazer justamente ao contrário, bom era assim que eu pensava, antes dela.
Sempre bati de frente com todos problemas que pudesse afligir minha vida, com isso fui me tornando cada vez mais forte, porém quando se trata de Isabelle, por mais que eu tente bater de frente com estes problemas, por mais que eu deseje me fortalecer curiosamente eles me enfraquecem.
Isabelle desperta uma fragilidade em mim, que até então era desconhecida.

Ser rude foi a maneira mais fácil que encontrei para afasta-la de mim, de fugir.

Lembro-me das palavras nada doces de Firat quando eu disse que deixá-la ir era a melhor  solução, ele todo debochado como sempre me respondeu sem um pingo de cordialidade.

... É meu caro, quem te viu quem te vê, logo você? O tal Mateo, o cara mais afrontoso do México está fugindo... Fugindo de uma mulher... Sei o intuito disso, conheço o significado de suas palavras, ele queria me fazer lembrar quem eu sou, ou melhor, quem eu era. É claro que foi em vão.

Isabelle não merece carregar este fardo, ele é meu.
Se antes já não me considerava digno dela, agora este sentimento se ampliou mil vezes.
Assim como aquelas palavras trágicas de Firat, que cada vez mais se amplia em minha mente.

É, está é minha nova realidade.

Firat me mandou fazer alguns exames na cidade, em uma clínica especializada.
Eu recusei, é claro.
Confio plenamente em seu diagnóstico.

Isabelle deixou o quarto, envolto em meus pensamentos e sentimentos conturbados peguei no sono.

Flashback... Em meus sonhos. 💭😴

Firat entrou no quarto e Isabelle saiu, foi aí que meu mundo caiu, suas palavras, a elas foram tão certas que me deram certezas também.
Tive vontade de sair da cama, pegar minha arma e atirar em minha cabeça, porém só depois de atirar na cabeça de Demétrio. Aquele maldito conseguiu. Ele conseguiu.
Ele me disse, ele me disse que ela não seria minha. E é impossível que ela seja agora.
Seu plano nunca foi atirar em minha cabeça, isto agora está claro para mim.
Aquele maldito manipulador, manipulou a nós dois.
Ele não queria meu fim, e sim o nosso fim.
Agora está vivo, em qualquer canto desta cidade comemorando, se alimentando da nossa dor.

A revelação 😯

__ Você e Isabelle já conversaram sobre ter filhos? __ Sua pergunta me fez rir.

__ Estamos a tempos correndo de um lado para o outro, fugindo de um ex marido lunático e um bando de russos, então não. Não tivemos temos para pensar em filhos.
__ Minha resposta banhada no deboche, ironia e descontração não mudou sua cara.

__ Você sabe se ela pretende tê-los? __ Sua insistência nisso acaba com o que restava do meu bom humor.

__ Não, eu não sei. Más acredito que sim, acredito que quase todas as mulheres sonham em ser mães, bom eu acho. Não sei Firat, porque?

Foram as palavras seguintes, em uma frase  rápida, curta e sem rodeios como pedi, que acabaram com minha fé na vida.
Foi neste momento que eu desejei a morte.
Pois ali, com aquelas palavras meu pai postiço me matou.

__ Filho eu sinto muito, más pela minha experiência e anos de carreira tenho certeza que você está estéril. Mateo você nunca poderá ter filhos.

E q****uando pensamos que tudo está acabado, a bomba final explode nos soterrado junto a nossa dor.

__ Talvez, você também esteja... Ele faz uma pausa, não querendo dizer. Más tira forças de onde não há para continuar. __ Talvez, que fique claro, não estou afirmando, más você pode estar impotente. Ainda não tenho certeza, mais é uma possibilidade. Relutei em dizer, más não podia esconder isso de você.

A dor que senti ali, aqui, naquele momento e agora é tamanha, que chega ser passada para meu corpo em um surto de ansiedade.

__ Mateo, acorda... Acorda, por favor... Acorda... __ Ouço a voz de Isabelle choramingando de longe.

Sinto o suave toque de suas mãos, que não estão tão suaves agora pois estão me chacoalhando.

Abro meus olhos dando de cara com os dela.

__ Você está queimando em febre Mateo, meu deus. __ Sua voz é desesperada, ela não sabe o que fazer.

__ Firat corre aqui. __ Ela grita, porém meu subconsciente só deseja permanecer aqui, sob seus olhos. Nem que seja pela última vez.

Isabelle começa a tirar minhas roupas, ignorando meus sorrisos provocantes.
Agarro seu corpo, juntando ele ao meu, beijado seus lábios.
Porém alguns segundos depois ela recua.

__ Me ajuda Mateo, precisamos tirar estas roupas, não é hora para pensar nisso.

Isabelle se livrou de minhas roupas me deixando só de cuecas, Depois se levantou e segue rumo ao banheiro. Neste momento Firat entrou no quarto.

Isabelle explicou a situação para ele, que saiu e voltou segundos depois com uma injeção.
Aplicou a mesma e saiu...

__ Vamos! __ Ela se aproximou e me pediu a mão.
Estendi a ela.
Me levantei com sua ajuda, e com ela continuo a seguir em direção ao banheiro.

Entramos nele, indo em direção a banheira.

__ Você vai me dar banho? __ Pergunto, ainda meio grogue e sonolento.

__ Só vou entrar se você vier comigo. __ cambaleio, ela me segura firme.

Me deixei levar a situação, acho que pensei que ainda estava sonhando. Pois Abraça-la, beijá-la, e dividir uma banheira com ela era uma atitude meio ridícula, já que meu intuito  era afasta-la de mim.

Só que sonhando ou não, fiz mesmo assim.
E com o sorriso de sempre ela tirou suas roupas e se juntou a mim.

A água estava de morna a quase gelada, por conta do meu estado febril.
Isabelle me ajudou a sentar com cuidado, e se sentou atrás de mim.
Suas mãos molhadas passeavam em meu corpo, em meu rosto principalmente, naquele momento tudo que ela queria era abaixar aquela febre.
Seu toque é mágico, e o que estava quebrado  suas mãos tocaram, deixando novamente perfeito.

__ Como você está amor?
__ Vamos, diga.
__ Me diga que está melhor?

__ Sua voz serena entra em meus ouvidos,  devolvendo aos poucos minha lucidez.

É impossível afasta-la, se a quero o mais perto possível.
Mesmo contudo, ela me devolveu as forças, com simples gestos me trouxe amor e paz.

Não posso deixa-la.
Não sei se é egoísmo da minha parte, más simplesmente não posso.

Me viro, envolvendo minhas mãos em sua cintura, a arrastando para frente.

__ Não se esforce Mateo. __ Ela ordena. Sorrio em primeira resposta.

__ Estou bem. Muito bem. __ Respondo.

Ela me olha brava.

__ Você estava alucinando a alguns minutos, então não diga que está bem.

Sorrio mais uma vez, só que desta vez não digo nada.
Apenas olho para ela com total admiração.

__ Eu te amo. __ Sua declaração repentina me faz sorrir feito um adolescente bobo.

Isabelle passa suas pernas por cima das minhas, já as precionando contra o chão da banheira, levantando levemente seu corpo para não colocar seu peso em mim.

Ela está perto o suficiente para que eu possa sentir o cheiro inebriante de sua pele, perto o suficiente para que eu possa quase sentir o doce gosto de seus lábios.
Tão perto, que eu não consigo evitar.

Deslizo minhas mãos por sua nuca, segurando firme em seus cabelos, quebrando de uma vez a distância de nossos lábios.

Como sempre um beijo maravilhoso, assim como ela. Porém, a onde esperava que causasse algum efeito, nada aconteceu.

Será que é possível minha cabeça estar me privando de fazê-lo reagir? Ou...

__ Será possível eu estar mesmo impotente?