Capítulo 1 - Sangue e Ferro

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Um bando de pombos brancos selvagens dividiam os céus com enormes aeronaves que lembravam vagamente navios piratas, com seus mastros todos erguidos, canhões apontados na lateral e suas majestosas bandeiras piratas chacoalhava ao bater do vento, sobrevoavam os céus num dia ensolarado como aquele, acima deles o sol do meio dia estava a pico e sem nenhuma nuvem e quilômetros de distancia e abaixo deles, a majestosa cidade Imperial.

Viva, pulsante, um verdadeiro ponto de encontro de todas as diferentes raças que ali existia no vasto mundo de Evânia. Um verdadeiro cadeirão de étnicas, espécies e raças de todos os três continentes. Há quem diga que ela é uma das grandes capitais do mundo que movimenta a economia, outros uma verdadeira capital mundial, e se você preferir uma metrópole que possui um verdadeiro sentimento de poder. Suas ruas movimentadas fatiavam os bairros e quarteirões da capital Imperio. A primeira visita pode até lhe causar estranheza com seus grandes prédios perfeitamente retangulares com milhares de janelas perfeitamente escupidas para todos os lados. Mesquistas com abóbodas bem detalhadas e refinadas para todos os seres que ali tivessem alguma religião. Seus laboratórios astrológicos se encontravam perto das periferias para que tivessem uma ótima vista para o céu nortuno em busca de descobrir os segredos do universo. Hospitais, galerias de arte, prédios comerciais e antigos, escolas, delegacias entre outros grandes edificações ali contribuíam para a vista da grande cidade Imperio, em meio as áreas verdes e fontes de chafariz que ajudava a refrescar os seus cidadãos em dias como aquele.

E bem no meio da grande cidade, estava ele: o grande Castelo Imperial, com suas enormes torres de marfim brancos que davam a visão de 360 graus aos seus soldados. A porta de entrada era feita de um enorme hall com grandes e imensos portões de ouro que reluziam a luz solar, e para chegar lá não era tão difícil: primeiro que o Castelo você pode enxergar de qualquer lugar da cidade e segundo: basta você pegar a avenida principal da cidade que ela lhe conduz através de lojas, comerciantes ambulantes e enfeitada por enormes palmeiras ao longo de cinco quilômetros até o portão principal.

Suas ruas sempre foram bem movimentadas e vivas, uma mistura de cores, sons, ritmos, vozes, cheiros de comida novas e velhas, perfumes caros e baratos. Seus enormes prédios faziam sombra de um lado, enquanto do outro comerciantes suavam tentando vender suas mercadorias. Uma verdadeira mistura de tudo que há, enormes lonas de seda eram estendidas acima da rua, nas pontas de um edifício ao outro na tentativa de amenizar a temperatura. O movimento sempre foi agitado todos os dias, cães antropomórficos realizavam suas atividades normais naquela região, povos conversavam, debatiam, trocavam, vendiam e uns e outros furtavam barracas de maça e banana. Os suínos eram os melhores comerciantes em ramos de alimentos, apesar do mau cheiro que lhes atribuíam todos sempre buscavam barracas vendidos por eles, pois todos sabem que seus aimentos são de melhor qualidade. Mas não há somente cães e porcos, povos da raça dos lagartos iam e viam peas ruas carregando enormes caixas de alguma coisa, podiam ser para revender ou abastecer, quem sabe¿ Suas escamas verdes e amarelas reluziam a luz solar, em outra barraca mais a frente da sétima avenida, o comerciante lagarto de escamas vermelhas tentavam convencer uma velha senhora felina a coprar seus melões, com a justificativa de que o Sr. Pigometrius comprava sua mercadorias e revendia mais caro, e a velha felina ficava em dúvidas sobre a veracidade disso.

Os cidadãos da Capital Imperio era um verdadeiro caldeirão de etnias, mas era majoritariamente formadas por cães, gatos, raposas, bois, alguns pequenos roedores, primatas como gorilas e chipanzés. E todos eles, por ser de raças diferentes, tinham sua devida função para o funcionamento da capital: Cães eram mais designados para guarda, atuando mais na policia e no exercito, os gatos e as raposas eram ótimos batedores de carteiras, Gorilas e Bois faziam mais a parte mais pesada dos trabalhos, eram marceneiros ou ferreiros das forjas reais, mas não significa que cada casta era exclusiva, onde nem todo cão era um guarda ou todo gato fosse um ladrão. Era mais como o estilo de vida que aquele ser escolheria para se tornar.

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