Capítulo 15 - A ordem de Ferro

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Piratas são piratas em qualquer que estejam. Seu trabalho é apenas pilhar qualquer objeto de valor para obter riquezas e poder. Seja ele onde estiver, ele rouba para sí para beneficio próprio. A fortaleza de Yanilad fica localizado na cordilheiras que separam o reino de Henry do reino de Cela. Defendido por altas cordilheiras e areias estéreis, por muito tempo permaneceu firme contra gerações de agressores. A fortaleza de Yanilad e a cidade mercante que surgiu em sua sombra tornaram a área um ponto focal para o comércio local, por ser importante por causa da rota que mercadorias, principalmente entre os dois reinos, caravanas mercantes e beduínas do povo do sul a utilizavam com frequência. Vários bandidos de estradas se escondiam ao longo do caminho para furta-las.

E com eles não foi diferente, eles só chegaram aos portões leste da capital Império graça a uma carroça puxada por touros mecânicos. Gerlon não explicou muito como ele conseguiu convencer aquele mercador a entrega-lo o veículos, Sirius lembra dele ter dito algo relacionado a sua escopeta sem bala. Mas sei lá, piratas nunca revelam seus segredos.

Ao longe, eles já enxergavam os altos prédios, templos e o gigantesco castelo real, brilhando a luz do sol. Mercadores vinham e chegavam de todas as partes, barracas de comida e bugigangas se estendiam enfileiradas desde do inicio do calçadão de pedras até o portão, cerca de cinquenta metros para dentro da cidade. O touros mecânicos tocavam puxaram a pesada carroça, Gerlon estacionou numa oficina na lateral do muro que cercava a cidade. Uma toupeira se aproximou.

-O dono dela vira buscar mais tarde. Cuide dela pra mim, ok? –E jogou uma moeda de ouro.

Spike encarou o portão da cidade. Há cinco anos ele não adentrava na capital Imperio, ele havia se esquecido de muita coisa, e temia de não reconhece-la mais após a invasão. Um ar de nostalgia e melancolia o invadiu e ele não sabia muito bem como deveria reagir. De certa forma, ele estava feliz por retornar, mas pouco confortável.

-Como você vai transitar pela cidade sem ser reconhecido? – Perguntou Sirius. Spike surgiu entre as mercadorias.

-Não se preocupe, eu tenho o meu jeito.

Eles desceram da carroça e seguiram para o portão. Era mais um dia normal. Cada passo que Spike dava era como estivesse caminhando para o desconhecido, com medo e receio do que ele encontraria a cada passo. Seu estomago parece que tinha borboletas. Ele se virou para o grupo.

-Eu lhe agradeço, muito obrigado.

-Eu evitaria multidões, se eu fosse você. Nesta cidade você ainda é um traidor, você sabe. –Disse Gerlon.

-A resistência certamente irá me encontrar em breve. Caso contrário, eu irei procura-los. Nós nos encontraremos novamente. Gostaria de prestas minhas homenagens ao seu irmão. –Ele se despediu e saiu.

-Você é um fugitivo agora, também. Fique quieto por um tempo. – Disse Gerlon a Sirius.

-Quanto a vocês? Vão ficar bem?

-Somos piratas. Somos fugitivos em mais de quinze reinos e seis impérios. É o que fazemos. – Comentou Flora.

-E quanto o tesserato?

-Faça o que quiser. Não preciso dessa coisa. -Gerlon deu de ombros.

-Lamentamos. Buscamos essa joia e só encontramos preocupação. Mais uma pra nossa conta. – Falou Flora.

Gerlon se virou para ele.

-Você nos oferece?

-É minha.

As Crônicas de EvâniaOnde histórias criam vida. Descubra agora