Capítulo 35 - O Parlamento das feras

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A destruição da frota imperial correu rápido por todo o império de Thiel, onde as autoridades e o mais alto escalão do exercito não recebeu bem a noticia da perda do Tesserato Esmeralda. Piadas entre os outros marechais sobre a falha de Urie se tornava frequente nos quartéis, se ele ainda estivesse vivo talvez morresse de ira ou tentando trazer sua honra de volta, morreria tentando como um patético, como dizia alguns marechais.

Apesar de tudo o que aconteceu, o parlamento de Thiel se reunião as presas no dia seguinte a destruição. Os senadores exigiram uma reunião as presas com o Imperador no salão das feras. O imperador acatou a ordem, pois até ele mesmo buscava orientação depois de perder uma poderosa frota. Alguns generais sugeriram mover outras frotas do front de batalha de Sinédrio, mas que foi rejeitado.

Garant adentrou numa sala escura e se sentou no trono ao centro da sala, que por sua vez era oval, construído com mármore negro brilhante. Mesas de pedras perfeitamente lisas e mórbidas completavam o cenário. Na parede, uma grande estátua da cabeça de um enorme leão e uma pata esquerda segurando o punho de uma espada. As cadeiras dos senadores eram tão imponentes quanto ao trono de Garant.

Os velhos leões mais poderoso daquele império aguardavam de pé ansiosos e só se sentaram quando seu imperador repousou.

-O Império de Élnides reuniu um vasto exército sob o pretexto de exercícios marciais. Temos certeza de que esperar o momento adequado e então, quanto mais cedo for, farão o primeiro ataque contra Thiel. –Começou dizendo um dos senadores, um leão velho que alinhava sua barba frequentemente.

-A perda da Bearthorn e sua frota a essa altura vem como um golpe gravíssimo! Precisamos suprir essa força o quanto antes, pois se Élnides invadir, a batalha será difícil. Temos que mostrar que não fomos abalados apesar da perda, desestrutura-los com confiança e coragem seria um golpe duro e um fator favorável a nós. –Disse outro senador.

Um terceiro interveio.

-O senhor Leore não implantou a frota tão caprichosamente como esperado, não seria diferente agora que nos encontramos em tal circunstancia perigosa.

Todos os senadores ficaram com os ânimos a flor da pele e uma discussão se iniciou, Garant soltou um poderoso e alto rugido que os fez se calar novamente. Ele tossiu um pouco, sua garganta não vinha demonstrando sinais de melhoras a alguns dias.

-Senhores, vamos conter os ânimos, Leore se explicará sobre o ocorrido e...

-Senhor Leore deve ser pego para responder por seus atos! –Gritou um outro senador

– Essa é a vontade do Senado! E o Senado deve ser respeitado! –rugiu outro.

-Excelência, ainda que seja o seu filho, a justiça deve ser feita.

Garant cerrou os punho com força, suas garras perfuraram a palma de sua mão.

-Uma coisa conveniente, a justiça... E então eu devo agora fazer uma escolha... entre o meu trono e o meu filho.

-A situação é mais lamentável para todos nós.

-Oh? Pelo Senhor Leore, talvez, mas certamente a Senhora Selena será uma boa imperadora – retrucou o primeiro senador.

Garant analisou cada palavra dita por aquele senador, não acreditando na tática que eles estavam tomando. Se uma coisa que Garant ensinou a seus filhos, é que se não deve confiar em feras, pois no momento certo ela fincarão suas garras em suas costas e lhe substituir como um móvel velho. Para evitar isso, você deve domar as feras.

-Selena adora seu irmão, e ela ainda é jovem.

-Mas ela não vai ser jovem para sempre. Já que ela se ocupa seguindo os passos do Senhor Leore, a Senhora Selena encontrou seu papel a desempenhar, e persegue-o com entusiasmo, não acha? – respondeu o terceiro senador.

Garant cerrou seus olhos, suas pupilas se tornaram selvagens.

-Ah, sim... e quem seria colocado para fazer suas tarefas?

O senador deu uma gargalhada falha.

-O que houve? O próprio Senhor Leore uma vez viu seus irmãos mais velhos que o levou a gosta de justiça, não foi? Um pedido de Vossa Excelência, se bem me lembro.

Garant o encarou por alguns segundo e tossiu uma tosse seca. Um outro senador interveio.

-Você pode ficar a vontade, Imperador Garant. Enquanto o senado zelar por ela, o bem-estar de Thiel nunca vai ser assegurado.

-Por sua vontade – disse após sua crise de tosse cessar – vou solicitar o retorno de Leore a Arghar.

As Crônicas de EvâniaOnde histórias criam vida. Descubra agora