Capítulo 13 - Capitão Spike

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Flora estava cansada. A magia de água que ela usou para derrubar os soldados nos esgotos a usavam muita energia dela. Aquilo não era magia arcana, era magia elemental. Então, Sírius e Gerlon tiveram que derrubar todos os javaporcos que eles encontravam pelo caminho. A parte boa desses encontros era que eles não era dentro de ringues.

Com corredores largos e longos para correr dos carcereiros, eles passavam por inúmeras salas vazias para se esconder. Algumas delas parecia mais um necrotério do que prisão. Outras tinham apenas tesouros sem valor pra eles no momento. Mas foi em uma delas, fugindo de javaporcos que Sirius farejou armas. Elas estavam dentro de enormes baús de madeira no segundo andar.

-Ah! O repositório de prisão de relíquias e roupas arrancadas. –Falou Sirius com a mão no nariz. – Acha que as nossas coisas estão aqui?

-Se você diz. Vamos procurar.

Eles rasgaram sacos de roupas, abriram baús de armas e as encontraram. A escopeta de cano curto de Gerlon e encima de um comodo ele pegou um pequeno saco com moedas de ouro, e os socos ingleses com laminas e a espada de Sirius. Flora pegou um besta e uma aljava de flechas no canto.

-Tamo bonito. Vamos embora. –Assim que eles saíram da sala, no final do corredor. Os dois guardas javaporcos apareceram grintando. Gerlon tirou sua escopeta e deu dois tiros no teto, fazendo desabar uma parte do teto encima deles.

Eles seguiram correndo até se deparar no segundo andar de outro grande salão da fortaleza. Grandes prédios erguidos em todo o espaço. Várias cabanas espalhadas. Era um enorme assentamento, porém não havia quase nenhum soldado. Eles correram para a escada no final da passarela e desceram sem serem vistos.

Com os poucos soldados, eles corriam de pilastra em pilastra sem serem vistos. No final do grande salão, vários soldados estavam seguindo um de armadura cinzenta e capa negra: o marechal .

Gerlon fez a contagem de quantos soldados havia ali embaixo, ele só contou nove deles. Mas estavam muito espalhados para serem uma ameaça. No centro do grande salão um pequeno templo erguido.

-Há mais que carcereiros aqui... Eu já fiquei preso tempo o suficiente. Vamos pisar leve, ok? Flora, preciso que você faça mais uma mágica.

Flora assentiu. Ela fechou os olhos. Seus pelos começaram a se arrepiar. De repente ela começou a emanar uma aura azulada e estendeu a mão para eles. Gerlon a segurou e desapareceu.

-Mas que porr... – Sirius ficou supreso.

-Cala a boca pulguento! Pegue na mão dela! Rápido! – Disse Gerlon em algum lugar do lado de Sirius.

Ele a tocou na mão de Flora, mas não sentiu nada de diferente mas ele começou a ver Gerlon. Flora começou a recitar algumas palavras complicadas. Eles agora estavam invisíveis. Mas nesse período Flora fica indefesa e ela precisa manter a concentração. Ela subiu nas costas de Gerlon. Sirius agarrou a cauda dela. A magia só funciona quem estiver em contato com ela.

-Estamos apenas invisíveis. Então não faça nada que chame a atenção e tire a concentração de Flora, ok? A magia só funciona enquanto ela tiver concentrada e se você em contato com ela. Mas eles ainda podem nos ouvir e sentir nossa presença. –Explicou Gerlon.

Entre as pilastras, eles caminharam. No alto, no segundo andar vários soldados armados apareceram carregando flechas e espadas. Eles seguiram com cuidado entre o assentamento na direção do corredor que o marechal tinha entrado. Sírius tropeçou nas cabanas umas quatro a cindo vezes.

Subindo as escadas, eles ouviram mais passos no final do corredor. Eles se esconderam atrás do muro. Lá na frente, o marechal andava cercado de soldados e outros oficiais do exercito thieldiano. Um deles era da raça das panteras e usava um enorme casaco verde musco com o símbolo do império nas costas. Na frente deles, uma parede mágica os impedia de prosseguir, alta e grossa, ela tinha vários detalhes ornamentais em azul e emanava uma aura dela. O oficial pantera parou de frente a ela e começou a dizer palavras em outra língua. As orelhas de Gerlon e Flora ficaram em pé. Nas mãos da pantera, uma esfera de luz branca surgiu e ele a colocou na parede. A parede azul mudou de azul para branca e ela se abriu ao meio.

As Crônicas de EvâniaOnde histórias criam vida. Descubra agora